Porque hoje é sábado, Parker Posey

Ela tem nome de caneta, e é dotada …

… de raro senso artístico num país onde as jovens atrizes parecem meio idiotas.

O que me faz admirar Parker Posey, além da beleza, é sua persistente…

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… e extraordinária participação nos filmes de Hal Hartley.

Ela é conhecida como A Rainha dos Independentes e tal título …

… já basta para que eu a coloque na categorias de Minhas Grandes Heroínas.

Antes dos filmes de Hartley, gostava de fazer filmes que tinham nomes de músicas…

Prova disso são “Dazed and Confused” e “The Daytrippers”.

Hoje, ela já faz blockbusters como Superman, Pânico 3, Frankenstein e Mensagem para Você.

Mas gosta mesmo é dos pequenos filmes, tanto que recusou ser a protagonista …

… de Velocidade Máxima e Jerry Maguire.

Trata-se de uma menina rebelde que, paradoxalmente, …

… costuma figurar na lista das mais elegantes dos EUA (não pelo modelito acima, espero; pelo debaixo, talvez).

Parker_Posey

Estou disposto a desligar qualquer senso crítico …

parker posey

… a respeito destes maus filmes que protagonizou apenas para fazer fortuna.

Afinal, dinheiro é uma necessidade. Hoje à noite, …

… vou tentar rever Fay Grim. Você não viu?

O papel-título é bem melhor que o de Kitty Koslowski, a namorada do terrível Lex Luthor.

Há cada filme que vou te contar… Bom, tchau, deixem eu ver Fay Grim novamente.

Emma-Stone-Woody-Allen-Parker-Posey

Ah, este ano ela esteve em O Homem Irracional, e Woody Allen, fazendo uma acadêmica tarada.

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E estará no próximo, que já está sendo filmado. Allen pode ser tudo, mas não é bobo.

9 comments / Add your comment below

  1. Milton,
    pronto, já me convenceu a ser o mais novo (velho) fã dessa gracinha! Mas cuidado com essa sua mania de brincar com o nome das pessoas…srsrs

    Tenha um ótimo fim de semana, onde estiver!

  2. TEMPO
    by Ramiro Conceição

    A morte,
    que não admite
    hipocrisia, colhia
    fios do velho gentil
    que tecia outros mil…

    De olho no patrimônio
    do velho Adamastor,
    espelhos do Amor
    acercaram-se dele
    que tudo sabia
    mas nada dizia.

    Fazia sol,
    fazia pingo:
    jogo de bingo!
    De belzebus
    atulhada
    ficava a casa:
    todo domingo!

    Passaram-se bimestres:
    Adamastor não partia.
    Passaram-se semestres:
    Adamastor resistia.
    Mas o tempo caminhava
    com asas entre as casas…

    Aos poucos,
    a cambada
    virou a curva
    da estrada…

    E o velho
    Adamastor,
    que tudo sabia,
    mas nada dizia,
    um dia… sorriu!

    Moral da história:
    aqui se cuida; aqui se estraga;
    aqui se canta; aqui se cala;
    aqui se faz; aqui se paga.

    obs:1) este poema é uma homenagem à Avó de Marcos Nune;
    2) Milton estou com uma terrível dificuldade de acesso ao seu blog: aparece sempre “erro de página” e o computador volta à página do Google. É muito estranho…

    1. Por hipocrisia, falei a verdade
      escondendo-me atrás de argumentos
      sinceros. Abjeção maior não há, mas
      o preço a pagar é sempre o mesmo:
      ser para a morte, viver por viver.
      Estranho é o que se vê e se apalpa
      com a retina, estranho é o que se diz
      no texto não mostrado a ninguém, heterônimo
      de toda gente. Falo por mim, poeta pela metade
      Falo com uma voz que não alcança nem descreve
      a sombra.
      A vida é breve, a arte é longa, mas o buraco negro
      me espera na próxima esquina. Me aflige
      a verdade que ainda não inventei.

      1. APOSTILA (11-4-1928)
        by Álvaro de Campos

        Aproveitar o tempo!
        Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
        Aproveitar o tempo!
        Nenhum dia sem linha…
        O trabalho honesto e superior…
        O trabalho à Virgílio, à Mílton…
        Mas é tão difícil ser honesto ou superior!
        É tão pouco provável ser Milton ou ser Virgílio!

        Aproveitar o tempo!
        Tirar da alma os bocados precisos – nem mais nem menos –
        Para com eles juntar os cubos ajustados
        Que fazem gravuras certas na história
        (E estão certas também do lado de baixo que se não vê)…
        Pôr as sensações em castelo de cartas, pobre China dos serões,
        E os pensamentos em dominó, igual contra igual,
        E a vontade em carambola difícil.
        Imagens de jogos ou de paciências ou de passatempos –
        Imagens da vida, imagens das vidas. Imagens da Vida.

        Verbalismo…
        Sim, verbalismo…
        Aproveitar o tempo!
        Não ter um minuto que o exame de consciência desconheça…
        Não ter um acto indefinido nem factício…

        Não ter um movimento desconforme com propósitos…
        Boas maneiras da alma…
        Elegância de persistir…

        Aproveitar o tempo!
        Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro.
        Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto.
        Meu canto (verbalismo!) está tal como está e é triste.
        Aproveitar o tempo!
        Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos.
        Aproveitei-os ou não?
        Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?!

        (Passageira que viajas tantas vezes no mesmo compartimento comigo
        No comboio suburbano,
        Chegaste a interessar-te por mim?
        Aproveitei o tempo olhando para ti?
        Qual foi o ritmo do nosso sossego no comboio andante?
        Qual foi o entendimento que não chegámos a ter?
        Qual foi a vida que houve nisto?

        Que foi isto a vida?)

        Aproveitar o tempo!
        Ah, deixem-me não aproveitar nada!
        Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!…
        Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
        A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
        O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
        O pião do garoto, que vai a parar,

        E estremece, no mesmo movimento que o da terra,
        E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
        E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.

  3. Porque hoje é segunda-feira
    há uma angústia capitalista batendo bem fundo
    nesse peito onde o sangue tilinta com seus glóbulos brancos
    valendo tanto quanto as moedas de um centavo.
    Nesse dia, recebo uma mensagem com atraso
    um álbum de fotografias de sonho
    valores trocados e ilusões líricas como uma pipa no ar
    Nos tempos que correm, não há mais caneta-tinteiro
    e os registros vem saturados de cores
    Não imaginamos mais as curvas de um desenho ou a maciez
    de um corpo. Tudo vem estampado em sua obviedade
    Assim, tudo passa e nada nos redime; nossa imaginação
    é nossa por um desvio de um milímetro, entre
    as emergências de uma tragédia e um bocejo num espetáculo ruim.
    Morro de tédio, mas não morro. Hoje é segunda-feira, uma névoa
    cobre a Baía de Guanabara; nesse gueto, tento pensar no dia seguinte, pois nesta segunda-feira
    estou morto. Pena que ainda
    não morri.

  4. Oie adorei o post,
    hiper, mega fã dela, adorei as suas palavras
    fora isso tah linda. tive a oportunidade de conhece-lá, ela é um amor de pessoa como ela diz “SO SWEET”.
    bjs…
    chauuuuuuuu

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