Pois é. Tantas vezes já pensei em parar, mas sempre aparece mais um assuntinho e vou ficando. Uma vez até fiz um post anunciando o fim do blog, mas apareceu um cara comemorando… E ele me detestava tanto que resolvi responder. Então, retirei o post de despedida e estou aqui até hoje. Os blogs estão fora de moda, acho que a sobrevivência do meu deve-se ao fato de ele aceitar tudo ou, melhor dizendo, de seu dono meter a colher em tudo. Publico sobre livros, música, futebol e sempre me pedem mais cinema, coisa que eu insisto em esquecer. Ou talvez os blogs não estejam acabando, mas apenas descobrindo seu real espaço de pequena influência. Aliás, noto que a maioria dos sites — mesmo os de grandes corporações — também não apitam muito.
Tenho 765 posts sobre literatura, 628 sobre futebol, 604 sobre música, 451 sobre política, 347 Porque hoje é sábado — categoria extinta em razão das pessoas terem desaprendido, entre tantas outras coisas, a diferença entre erotismo e pornografia –, 266 besteróis, 251 resenhas de livros, 231 sobre cinema, 171 em torno do meu umbigo, 166 crônicas, 166 crônicas familiares, 134 sobre viagens, 48 contos, etc.
O Google sempre me encontra, pois quase todos os textos são originais, ainda que sejam infelizmente meus. Só agora convidei o Samuel Sganzerla para escrever sobre o Grêmio, outro pedido de meus sete leitores. O incrível é que não o conheço pessoalmente.
O blog também me gerou dois processos. O primeiro foi movido por Letícia Wierzchowski contra uma crítica minha. Ela tinha razão, eu cometera uma cavalice. Pedi desculpas, retirei a coisa, ela retirou o processo e tudo acabou em civilidade. Não me orgulho do episódio. Mas me orgulho do processo de Mônica Leal contra mim. É uma medalha, uma demarcação de oposição. E mais não digo para ela não repetir a dose.
Só que o blog me proporcionou conhecer muita gente boa e legal. Todos os sete são.
Então, devo seguir mais um tempo aqui.
Teu blog foi/é importante pra mim. Estava exausta e solitária, depois de um período de muitas leituras acadêmicas. Eu estava num cansaço tão grande de letras impressas que parecia que nunca mais teria prazer na leitura na minha vida. Cheguei aqui e tive acesso a autores que nunca tinha ouvido falar e provavelmente continuaria sem ouvir falar. Vi debates que eu nem sabia que existiam. Conheci pessoas interessantes. Vai soar piegas, mas olho para trás e percebo que minha vida teria tomado outros rumos sem este espaço. Obrigada, Milton.
Puxa, eu é que agradeço!
É um blog fundamental em minha vida. Tive excelentes momentos aqui, e por anos virei posseiro dessas terras alheias e fiz o que queria e não queria, com ampla e muitas vezes ofensiva desfaçatez. Mais do que isso_ e aqui entram os violinos e são desamarrados os pescoços dos coelhos para que eles corram angelicalmente pelos verdes campos_, a simpatia e compreensão e elegância e tolerância do dono do blog. Parabéns e obrigado!
Reconheço, não sou a oitava leitora deste blog. Não pelo menos com a regularidade que seria recomendável, uma vez que sempre é muito bom se reconhecer em letras de algures e, quando não, poder exercer com civilidade e bom humor o contraditório.
Isso mesmo, vá ficando. O tempos andam tão esquisitos que ter algumas permanências faz a gente sentir pertencimento …e menos cansaço. Abraço e obrigada!
Como li uma boa parte deles ,acho que tenho o direito de pedir uma seleção do autor.Sei que é trabalho,mas agente não tá nem aí.Parabéns,véio. Aprendi bastante,me diverti e me divirto muito.Devo muitos momentos legais a este blog.Abraço.
Se não me engano não conhecia o menino lobo também. Para o ano que vem vamos providenciar um convescote afim de comemorar a sobrevida do blog, a abertura de uma oitava vaga entre os leitores, o grenalismo e o que ser na veneta
O q não fazemos os sete leitores. Que venham outros milhares
eu amo esse blog, assim como tu!
parabéns pelo post e por toda vida de blogueiro da internet 🙂
ps.: ESCREVA UM LIVRO.
Milena