Há poucos dias, publiquei o que segue: “Já se passaram quase 50 anos e não vi ninguém melhor que Claudiomiro na centroavância do Inter. Um monstro”.
Não sabia se estava doente e ontem recebi de surpresa a notícia de sua morte aos 68 anos. Fez 210 gols com a camisa do Inter, sendo o terceiro maior artilheiro da história do clube, ficando apenas atrás de Carlitos e Bodinho.
Claudiô era um centroavante completo, forte e hábil, capaz de derrubar ou desconcertar zagueiros com dribles. Não era alto, mas era bom cabeceador. Fez o primeiro gol da história do Beira-Rio de cabeça. Seu apelido era bigorna em razão dos ombros largos e da farta musculatura, depois transformada em gordura.
Lembro especialmente de um gol contra a Ponte Preta. O drible que ele deu no goleiro foi uma obra de arte.
Como jogador, foi derrotado pelo peso. Jogou poucos anos, entre 1967 e 73. Em 73, eu tinha 16 anos. Jamais esquecerei de nosso maior centroavante.