O domingo vinha bem calmo, bom e rotineiro, Odair, até a entrevista de Renato. Aquele retrato de dor, frustração e despeito me animou de tal modo que acho que bebi demais com a maravilhoso borscht que os filhos da Elena fizeram. Obrigado, Renato! Ao menos hoje, estou agradecido a ti. Tu deste a nossa vitória uma dimensão que ela não tinha — afinal de contas, era só mais um Gre-Nal vencido por nós. Agradecemos.
Pois é, doeu neles e eu nem sei bem por quê.
Antes do jogo, escrevi o que segue: “Se der a lógica, será 0 x 0. São as duas melhores defesas do campeonato. Deverá ser um jogo de poucos gols, com vitória nossa, espero”. E deu 1 x 0 pra nós. Acho que o Grêmio tem que ser MUITO melhor para ganhar um Gre-Nal no Beira-Rio. E atualmente não é.
A entrevista do Renato após o jogo foi a pior e mais primária que ouvi dele como técnico. Cruzei com o gremistão Moysés Pinto Neto no super e ele disse que o técnico tinha ligado o “modo jogador”. Pode ser, e concordo com meu filho Bernardo Jardim Ribeiro que, chutando mais forte, disse quarta-feira que achava uma penitência para os gremistas terem Renato como ídolo.
O jogo foi o esperado. Tudo muito trancado, com os ataques produzindo pouco. Seguimos com um departamento de criação muito insatisfatório. Após o belo gol de Edenílson, a coisa ficou mais aberta e tivemos um bom jogo com grande pressão do Grêmio.
Dourado e Moledo e Cuesta e Lomba voltaram a jogar muito. Zeca voltou a decepcionar e Uendel entrou muito bem no lugar do suspenso Iago, tendo inclusive dado o passe para o gol de Edenilson. Sabemos, nosso time tem uma excelente defesa, mas sua armação e ataque funcionam apenas mais ou menos.
A estatística atualizada do Gre-Nal agora tem 417 jogos, com 156 vitórias do Inter, 131 empates e 130 derrotas. A disputa está no Gre-Pate, como veem.
O Inter segue em primeiro lugar com 49 pontos em 24 jogos, — 68% de aproveitamento. O São Paulo está grudadinho em nós, perde por um gol no saldo, 18 a 17. Acho que o Palmeiras (3º com 46 pontos) é o melhor time do campeonato e será o campeão com Inter e São Paulo na cola. Mas não custa tentar, né?
Os três líderes jogam fora de casa na próxima rodada: o Palmeiras pega o Bahia (domingo, às 16h), o São Paulo o Santos no mesmo dia e horário, e o Inter a Chapecoense na segunda-feira, às 20h.
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De olho no título, o amigo Mahrcos Caniggia dá uma passada nas rodadas até o final:
Tava analisando as rodadas. Em 2016 comecei a analisar as últimas 13 pra não cair, hoje as últimas 14 pra ganhar.
Inter, São Paulo e Palmeiras são os 3 candidatos. Pra mim, eliminamos Flamengo e Grêmio na mesma semana. A partir de agora, cada um tem 7 jogos em casa e 7 fora.
Analisando os jogos fora, os do Inter são os mais acessíveis. Contei 6 vencíveis, contra 5 do São Paulo e 4 do Palmeiras.
Nota: o São Paulo ainda joga os três clássicos, o Palmeiras dois. Ambos jogam contra o Santos fora, São Paulo pega o Corinthians fora e o Choque-Rei entre eles é no Morumbi. No meio disso tudo, Palmeiras tem uma agenda absurda. Porém, não esquecer que os dois pegam o Grêmio em casa e obviamente LOUCO pra entregar, como sempre fazem.
A reta final de São Paulo e Palmeiras é ruim de secar, começa a ficar fácil. Então a ideia é mesmo abrir margem agora.
Se der pra ser campeão com 76 pontos, o Inter precisaria vencer 9/14. 7 em casa + 2 fora. Ou 6 em casa + 3 fora + 2 empates + 3 derrotas = 78.
Muito bem, Guru, também pelo prognóstico de Mr. Caniggia.
Eu adoro a choradeira do Renato Falastrão, o melhor do greNAL. Ganhou um belo presente de aniversário.