“Eu não quero ser mártir. Eu quero viver”, escreveu Jean Wyllys.
Só se vive uma vez e ninguém é obrigado a ser mártir, ainda mais perdendo a vida para um tiro de um miliciano bolsonarista. Todos sabem que os perfeitamente imbecis Jair Bolsonaro e Alexandre Frota são os maiores inimigos de Wyllys. E ele tem sido multi-ameaçado, ainda mais depois que se descobriu que quem matou Marielle Franco — também do PSOL — está ligado até por seus empregos à família Bolsonaro. Sim, dá medo. Dá muito mais medo do que discursar em Davos.
Ele já está no exterior e não irá retornar para o Brasil. Pretende seguir a carreira acadêmica, dedicando-se a um doutorado e ao livro que está escrevendo.
O suplente de Jean é o vereador carioca David Miranda, que também é homossexual assumido e marido do jornalista Glenn Greenwald, fundador do Intercept, com quem tem dois filhos. Sai um LGBT, entra outro.
A luta continua.
Uau!!!! É o David Miranda que vai substituir o Jean. Adoro o David, era vereador no Rio, parceiro de luta da Marielle, David é casado com o Glenn Greenwald, jornalista americano que denunciou para o mundo o escândalo do Snowden.
Quando vereador, ele combatia os milicianos.
Agora eu quero alguém se meter com o David, que tem o suporte do Glenn Greenwald, do Assange, do Washington Post…
Isso não é o pior.
O presidente do país, chefe do executivo e responsável pela segurança nossa e dos deputados COMEMOROU no twitter!!!!
Para mim, isto está abaixo do decoro mínimo que o mais baixo dos postulantes ao cargo deve mostrar.
É motivo, sim, de impeachment.
Este sujeito, com este padrão de comportamento incentiva a violência. Pura canalhice!
Mataram Marielle
Tentaram matar Martha Rocha
Planejaram matar Freixo
Ameaçaram matar Jean
A política do Rio de Janeiro inventou as milícias e foi o berço do extremismo que cresce nacionalmente. Torço para que o resto do Brasil não mergulhe no abismo em que nós fluminenses caímos.