Bom dia, Coudet (com o melhor de Inter 3 x 0 Católica)

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Coudet tem a enorme tarefa de limpar da cabeça dos jogadores do Inter os anos em que marcávamos um gol e íamos “proteger nossa casinha”. E, ao menos ontem, essa nojeira implantada por Fernando Carvalho, Roth, Argel, Odair e outros menos votados não apareceu no Beira-Rio.

A personalidade do SC Internacional é vermelha, viva e alegre. Fica mal calcular. Não nos cai bem. Enfiem a calculadora onde quiserem, porque agora, com Coudet, a gente joga 90 minutos do mesmo jeito, dentro e fora de casa.

Alívio | Foto: Ricardo Duarte (Divulgação / SC Internacional)

Dia desses, estava com saudades de Minelli — até lembrei de seus 91 anos — ou seja, estava com saudades de um técnico que não parecesse um inimigo na casamata.

Escrevam: acho que Coudet acabará sendo muito amado pela torcida. Enquanto isso acontece, nos últimos dias, parte da imprensa dedicava seu desconhecimento futebolístico a atacar Coudet.

Por exemplo, ontem, ficou claro para mim que Musto (ou quem jogar naquela função) é um líbero, mas quantos da imprensa gaúcha sabem sobre como jogavam Giacinto Facchetti ou Franz Beckenbauer, que faziam funções atrás, ao lado e à frente da zaga? Não, minha gente, ele não joga de volante, joga como LÍBERO. Quantos viram Figueroa fazendo o mesmo com Minelli?

Só que no passado havia o volante. O volante de Coudet avança conforme o líbero avança. O líbero o empurra à frente. E vou contar um segredo pra vocês: daqui algumas semanas esse cara — o volante móvel — será Praxedes, OK?

Bem, ontem foi um jogo muito enervante. Juca Kfouri disse que a partida deveria ter sido 9 x 0. Pois é. Poderíamos ter feito uns 3 já no primeiro tempo, mas a bola não entrava ou não caía no pé de quem tem intimidade com as redes. Falta-nos artilheiros. Marcos Guilherme é bom jogador, mas me parece exímio em perder gols.

E então, após 60 minutos de massacre, com as nuvens da desgraça do 0 x 0 se aproximando do Beira-Rio, finalmente Guerrero marcou. E poderíamos ter feito mais 5, tal o volume de jogo e a surpresa dos chilenos, que nunca viram atacantes marcando como se fossem defensores. Não, não fomos proteger a casinha. Ganhávamos o jogo, atacávamos e marcávamos na área do adversário. Lembro que no Gre-Nal que perdemos também pressionamos. Com 10 jogadores, pressionamos e atacamos.  É outro treinador.

A atuação de Thiago Galhardo fará Coudet coçar a cabeça em dúvida. Ele pressionou a defesa, armou, correu, chutou, foi inteligente e me pareceu uma boa alternativa a nosso craque D`Alessandro. Essa tem toda a pinta de ser a nova “crise” a ser adubada por jornalistas com pouca farinha no saco: Galhardo ou Dale? Dale no banco? Oh, meu deus!

Na verdade, bom era quando Parede substituía Dale… Não achas, Roberto Melo?

Para terminar, digo que Coudet sabe lançar os guris da base. Faltavam 15 minutos, o jogo era importante e estava ganho. Quem entra? O menino Praxedes. Lembram de como Odair queimava os guris? Colocando-os nos minutos finais a fim de virar jogos. Quantas vezes Papito lançou Sarrafiore e outros no crematório? Pois é.

Até Rodinei jogou bem. O único senão foi Bruno Fuchs. Ele estava nervoso, hesitante e errando passes. Mas nada que não possa ser corrigido. Ele não é Bruno Silva.

Desculpem as referências a treinadores anteriores. É que aguentei anos essas pragas. É natural que lembre do holocausto.

Abaixo, os melhores lances de ontem à noite:

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