A instituição londrina contestou a matéria do Telegraph de ontem, de que planejava descolonizar instrumentos de marfim e cancelar compositores do tráfico de escravos. Aqui está o texto:
Não há planos de descartar instrumentos do acervo da Academia. As análises que faremos estão preocupadas apenas com o armazenamento das coleções no local e como interpretamos os itens em nossas coleções.
Não iremos descartar instrumentos musicais com base em sua proveniência ou associações. Além disso, o artigo do Telegraph afirma que temos uma ‘vasta coleção de manuscritos do compositor Handel’ — não possuímos, de fato, nenhum manuscrito original de Handel.
A Academia sempre treinou seus alunos para os ambientes profissionais musicais. É vital que eles entendam as forças culturais, políticas e socioeconômicas que moldaram as tradições musicais, bem como as questões que as estão moldando no presente, como a pandemia e as questões em torno da igualdade, diversidade e inclusão. Esta formação inclui dar voz a figuras anteriormente silenciadas ou marginalizadas, bem como compreender os contextos em que trabalharam figuras icônicas como Handel e Mozart. Não removemos Handel, ou qualquer outro compositor, do plano de estudos.
Para nós, inclusão significa alargar a rede, não anular figuras e artefatos históricos.