No caminho para a Bamboletras

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Bah, tenho até vergonha de contar, mas hoje eu dei susto num cara que nem lhes conto. Ou conto?
Eu estava caminhando de fones, ouvindo o início de uma das muitas obras que amo: a Cantata BWV 198, Trauerode, de J. S. Bach.

Ela inicia com uma breve introdução instrumental, depois entra o coral e diz: “Laß, Fürstin, laß noch einen Strahl”. Laß é pronunciado como Lass. E eu entrei junto com o coral, sem desafinar, cantando “Lass!”.

Só que o coral entrou quando eu estava chegando na sinaleira para atravessar a Osvaldo Aranha. Eu devo ter quase gritado em meu puro entusiasmo e o cara que estava na minha frente deu um pulo, erguendo os braços. Lass!

Eu? Eu olhei pro outro lado. Será que ele pensou que fosse um assalto? Lass!

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Cantata BWV 198 é uma Ode Fúnebre, severa e sombria. Ele compôs esta cantata a pedido da Universidade como uma ode fúnebre para Christiane Eberhardine , esposa de Augusto II o Forte , o Eleitor da Saxônia e Rei da Polônia . A cantata foi apresentada pela primeira vez em 17 de outubro de 1727 na Igreja da Universidade de Leipzig. O próprio Bach dirigiu do cravo. O texto foi escrito por Johann Christoph Gottsched , professor de filosofia e poesia. O texto é puramente secular, proclamando como o reino está em choque com a morte da princesa, quão magnífica ela era e quão triste será sua falta. Elementos sacros relativos à salvação e vida após a morte estão ausentes.

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Para quem quiser ver e ouvir a Trauerode, aqui está um bom link.

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