As 3 vezes que vi Pelé ao vivo

A primeira foi em 68, no Olímpico, contra o Inter, pelo Robertão. Eu tinha 11 anos e era a data de aniversário de Pelé, que completava 28 anos. Levaram um enorme bolo pra dentro do campo. O jogo foi 3 x 1 pro Santos e ele passou o jogo inteiro dando passes geniais. Fez o terceiro do Santos. Não lembro do gol. Lembro do nosso, marcado por Claudiomiro.

Depois, vi-o no Festival de inauguração do Beira-Rio em 69, num amistoso contra a Argentina. Brasil 0 x 1 Argentina. Ele, muito marcado, fez pouco. Lembro que Tostão jogou demais naquela noite de segunda-feira, mas perdemos. E era a grande Seleção do Saldanha. Perfumo anulou Pelé.

Por último, vi-o novamente no Beira-rio contra o Inter. Inter 0 x 2 Santos pelo Brasileiro. Foi entre 71 e 74, sei lá. Mas do resto tenho certeza. Houve um momento em que Pelé foi matar uma bola e ela bateu em sua canela. Todo mundo riu e vaiou. Já vi atitudes mais inteligentes. Logo depois, Edu cruzou uma bola fortíssima a meia altura para a área do Inter. A bola era para Pelé. Ele ergueu a perna e, mais tirando o pé do que chutando, fez com que a redonda batesse na parte interna de seu pé direito, subisse por cima de Gainete e entrasse no gol. A torcida do Inter aplaudiu. Fazer o quê?

Esta última imagem é a que fica comigo quando penso em Pelé. Esta e a daquela cabeçada no Estádio Azteca. Quando ele morrer, tenho certeza de que lembrarei delas e da crueldade do tempo.

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