OK, o japa poderia ter dado uma afofada naquela almofada antes de sacar a foto.
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Um milagre na Câmara. Existem vários absurdos no sistema eleitoral brasileiro. Os piores, na minha opinião, são o modelo de financiamento e as coligações nas proporcionais, que só existiam aqui e que ontem começaram a acabar. Ou seja, se for novamente aprovada pela Câmara em segundo turno, a distribuição dos votos para deputados, em 2018, só levará em conta aquilo que seus partidos receberem, sem permitir alianças. Antes, com as coligações malucas que os políticos inventavam, misturando alhos com bugalhos, você votava em uma candidato, por exemplo, do PT, e ajudava a eleger um do PMDB (porque o PT estava coligado com o PMDB).
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Votação de Aécio em 2016: 51.041.155 votos
Valor encontrado no apê de Geddel: 51.038.866 reais
Uma amiga advogada me repassou esta página. Ela me disse que faz parte dos autos de um processo real. Como disse minha amiga, “Sob qualquer ideologia, creio que estejamos todos concordes sobre o ‘direito de cagar em paz'”… Sobre a peça, acho que o cara poderia ter caprichado mais na exposição do argumento, mas fica minha solidariedade ao causídico.
As pessoas que apoiam ideologias políticas de direita tendem a ser menos inteligentes do que as pessoas que apoiam ideologias de esquerda…
Bem, digamos que o estudo, feito pela Universidade de Ontario, no Canadá, é muito provocativo.
A pesquisa chegou à conclusão de que pessoas menos inteligentes são mais conservadoras, preconceituosas e racistas. De mesma forma, também revela que crianças com baixo QIestarão mais dispostas a tomarem posições preconceituosas quando se tornarem adultas. A pesquisa foi publicada na revista Psychological Science.
A descoberta aponta que as pessoas com menos inteligência orbitariam em torno de ideologias socialmente conservadoras, resistentes à mudança, o que gera preconceitos e resistências. As ideologias conservadoras ofereceriam estrutura e ordem, o que dá um certo conforto para entender um mundo incompreensível.
“Infelizmente, parece que é assim”, disse Gordon Hodson, pesquisador chefe do estudo, ao siteLive Science.
Ele salientou ainda que, apesar da conclusão, o resultado não significa que todos os liberais esquerdistas sejam brilhantes e nem que todos os conservadores são estúpidos. A pesquisa é um estudo de médias de grandes grupos, sublinhou Hodson.
Este último parágrafo é fundamental, não? Vemos cada coisa no Brasil… Uma esquerda sem programa assiste uma direita toda pimpona. Bem, e burra. Porém, como temos muita gente de direita que se diz de esquerda, daremos respaldo ao estudo.
Não sabemos o que passava pela mente de designers e engenheiros quando criaram e construíram estes parques, mas é evidente que algo não está muito certo. É dano físico ou mental. Fonte: https://lemurov.net/.
Num de seus arroubos verborrágicos no Facebook, o prefeito Marchezan Jr., o Juninho do MBL, disse que o Sul21seria um veículo da “esquerda radical” e que seu “dono teria trocado o PT pelo PSOL”. Tal afirmativa me causa frouxos de riso e certa perplexidade. Sempre sublinhando minha qualidade de reles funcionário, gostaria de dizer humildemente que sou o único filiado ao PSOL que trabalha no jornal. Completo dizendo que não sou nada militante.
Talvez esteja sendo imodesto ao me inserir no caso, mas creio que algum assessor tenha feito confusão. Sou o veterano de nossa pequena aldeia gaulesa, mas meu cabelo e barba grisalhas, já quase brancas, não me fazem “dono do Sul21“. Na verdade, meu cargo está mais para o de Chatotorix do que para o do grande chefe Abracurcix, aquele que tinha medo que céu caísse sobre sua cabeça.
Interesso-me muito por redes sociais e a página Nelson Marchezan Júnior, do Facebook, muito me diverte por seu papel de meio de promoção pessoal e ataque a partidos de oposição, sindicatos, servidores e adversários políticos. Mas evitarei dar minha opinião a respeito. Acho que é fácil deduzir.
Completo dizendo que o Sul21não tem apenas um dono.
No próximo domingo, 19 de março, no Parcão, haverá um ato em prol do direito de defesa em Porto Alegre. Ele se chama Armas pela Vida…
É claro que o movimento “Armas pela Vida” — em Porto Alegre capitaneado por um grupo luminar de vereadores — está cheio de razão. Como a sociedade gaúcha e porto-alegrense está tranquila, há pleno emprego, a temperatura está amena e a psicologia de todos está 100%, nada mais adequado do que armar todo mundo. Deste modo, os pequenos entraves da vida diária — brigas de trânsito, entre vizinhos e antipatias de um modo geral — poderão ser discutidas sem a presença do estado, esta coisa pesada e comedora de impostos. Pense, por exemplo, num casal em vias de separação e no profundo ódio que os une. A presença de armas em casa resolveria o problema imediatamente, evitando um enorme investimento de angústia e longos processos.
Os homens de bem receberiam uma carteirinha e treinariam tiro. Então, em vez de chamar uma polícia que quase não existe, a coisa poderia ser resolvida rápida e certeiramente com um disparo no coração do elemento, dado por um Homem de Bem e Bom de Mira (pode ser mulher, por que não?). Tais BO`s reduziriam o número de bandidos — os presídios se esvaziariam com a morte precoce das pessoas que cometem ilícitos — e o trabalho do Judiciário. Mais: se a população fosse bem treinada nas artes de tiro, não haveria a necessidade de tantos leitos hospitalares! O limpo e digno mercado funerário ficaria tão aquecido quanto nossos revólveres. Lembram de John Lennon cantando “Happiness is a warm gun”?
É óbvio que os roubos e assassinatos diminuiriam sobremaneira com uma população armada. Os bandidos se sentiriam intimidados com a possibilidade das vítimas tornarem-se seus algozes. Os estudantes iriam às aulas portando metralhadoras, impedindo o roubo de suas mochilas e tênis de marca. Eu iria adorar caminhar pela rua vendo os bolsos de todos cheios de armamento letal.
E não deixem que os idiotas digam que não se combate a barbárie com mais barbárie! Bala neles também! Afinal, uma rodinha de violão, um livro, um churrasco ou uma sala de concerto jamais resolveram o problema da segurança. O negócio é transformar Porto Alegre no Velho Oeste.
Esqueçamos por ora do Carnaval, do governo Temer, do Jucá, dos Renans, Maias e Sartoris. Façamos uma pausa na discussão destas Reformas obscenas.
O fato é que este primeiro semestre traz ainda quatro datas que permitem feriadão. E que vão ocorrer logo! O mês de abril terá três finais de semana seguidos com feriados prolongados, levando-se me conta o primeiro de maio.
As folgas consecutivas começam no dia 14 de abril, sexta-feira, quando se celebra a Paixão de Cristo. Exatamente uma semana depois, no dia 21 de abril, obviamente também numa sexta-feira, o calendário traz o feriado de Tiradentes. Mas há mais: o sábado e o domingo seguintes — 29 e 30 de abril — se unem miraculosamente à segunda-feira em que se comemora o Dia do Trabalhador. Um feriado religioso; outro histórico-político e um terceiro cheio de justiça e razão.
Fechando o semestre, haverá mais um feriado chega para animar a festa. Seja lá o que for, teremos a celebração católica de Corpus Christi (sempre uma quinta-feira) em 15 de junho. É um feriado opcional, mas não queremos nem saber.
No segundo semestre, há várias quintas-feiras que serão feriados. Ou seja, haverá todo um leque de possibilidades de folga.
Feriados em 2017
Confira abaixo feriados e pontos facultativos de 2017 a partir de abril:
14 de abril(SEX): Paixão de Cristo (feriado nacional)
21 de abril (SEX): Tiradentes (feriado nacional)
1º de maio (SEG): Dia Mundial do Trabalhador (feriado nacional)
15 de junho (QUI): Corpus Christi (ponto facultativo)
7 de setembro* (QUI): Independência do Brasil (feriado nacional)
12 de outubro (QUI): Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)
2 de novembro (QUI): Finados (feriado nacional)
15 de novembro (QUA): Proclamação da República (feriado nacional)
Nossos tempos são de rigorosa correção política, nós temos razão em tudo. Claro, somos os melhores de toda a timeline da história, então é natural que nós, do presente, ataquemos o restante do tempo. Representamos a evolução. Desta forma, coloco aqui minha contribuição para que o mundo melhore ainda mais, proibindo terminantemente estas marchinhas de Carnaval.
Como disse minha irmã, vai chegar o dia em que ficaremos em silêncio, sorrindo como idiotas.
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“Me dá um dinheiro aí ” – ASSALTO, VIOLÊNCIA URBANA
“Nega do cabelo duro” — ERA SÓ O QUE FALTAVA
“O teu cabelo não nega” – RACISMO
“Cabeleira do Zezé, será que ele é” – HOMOFOBIA
“Você pensa que Cachaça é Água ” – O QUE OS AA DIRIAM?
“Bandeira Branca amor” – TRÁFICO
“Máscara Negra” – BLACK BLOCKS
“Vou beijar-te agora” – ASSÉDIO
“A Turma só me chama de palhaço” – BULLYING
“Você tem que me dar seu coração” – CRIME PASSIONAL, TRÁFICO DE ORGÃOS
“Segura meu bem, a chupeta” – PEDOFILIA
“Maria Sapatão” – APOLOGIA GAY
“Índio quer apito, se não der, pau vai comer ” – EXTORSÃO
“Cidade maravilhosa” – CALÚNIA, PRECONCEITO ÀS OUTRAS CIDADES, TAMBÉM LINDAS
“A pipa do vovô não sobe mais” – BULLYING COM OS IDOSOS
Um grito duplo, lancinante e altamente cômico, algo que o Monty Python não faria melhor.
— Ajuda aqui! — diz alguém na cena.
De volta ao estúdio, Cristina Ranzolin diz constrangida):
— Voltamos em seguida com o esporte e o comentário de Paulo Roberto Falcão.
A cena é de um dos virais mais assistidos do Brasil — quando se vê pela vigésima vez ainda é hilariante! — e, se não foi o maior momento da TV no sul do país, ao menos foi o mais eletrizante. Quem não deu gargalhadas com o choque de Lasier Martins na Festa da Uva de 1996? Pois o 21 de fevereiro é a Data Máxima da televisão e da RBS no estado. Quem não chora de rir ao ouvir Cristina Ranzolin dizendo, perturbada, “Voltamos em seguida com esportes”? Quem não conhece a expressão “Aqui do lado, Pederneiras”, ou “Essas, mais de mesa”?
Antes de ser expulso do PDT e de assinar coisas sem ler no Senado, Lasier tomou um choque de 220 volts, ficou desacordado por alguns segundos, quebrou uma costela, foi parar no hospital e, depois, para a mais completa glória, no YouTube.
O choque não o trouxe à realidade, mas foi o momento mais inteligente de Lasier frente às câmeras.
Reveja abaixo a cena completa que hoje chega à maioridade.
Eu nem sabia que a revista Playboy ainda existia. Então, quando surgiu a notícia de que eles colocariam uma gorda na capa, fiquei sem entender se era um relançamento em forma de paródia ou a própria revista. Sim, porque os padrões de beleza das revistas e da TV ignoram totalmente as mulheres acima do peso. E há lindas. Então, achei divertido que a certamente combalida Playboy fosse na direção contrária ao convencional corpo de modelo e também do horrendo — na minha opinião — padrão fitness. Mas o que não entendi mesmo foi o coral daquelas mesmas pessoas que antes reclamavam da objetificação deste gênero de publicações: agora o coro dizia a moça arrasaria, que ia se empoderar. Ri e esqueci da conversa.
Só que a revista recuou e colocou a plus size — termo aparentemente aceitável pelo politicamente correto — apenas na capa da edição digital… Exposta nas bancas, pode-se ver a habitual magra sem graça, fato que chocou a turma que estava aplaudindo e recolocou a revista na posição anterior de objetificadora e machista. Eu achei uma sacanagem com a Fúlvia Lacerda.
Então, quem procurava por isso nas bancas,
encontrou isso.
Ri novamente. Um jornalista escreveu: “A gorda é pra sair escondido. A de andar de mãos dadas na rua é a magra. A Playboy só reforçou isso”.
De minha parte, digo apenas que as fotos da magrelinha fitness me faria procurar os artigos preenchidos por letrinhas na revista. Deve ter, né? Afinal, próximo do traseiro da menina, logo abaixo da envergonhada menção à Fúlvia, está anunciada uma entrevista com o ex-Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Talvez seja interessante.
Nasci dotado de uma característica muito maldosa e infeliz que hoje reprimo minuciosamente. Desde criança eu invento apelidos. Inventei alguns tão bons em meus tempos de colégio que teve gente que não queria mais ir às aulas só para não ouvir. Era a eficiente defesa de uma criança que só apanhava dos colegas. Eu era um palito, só pele e osso. Só os invento para aquelas pessoas que eu detesto. Eles já me criaram tantos problemas que aprendi a me conter. A criação de bons apelidos não é das artes mais apreciadas. O pessoal da Odebrecht também é excelente nisso. Eu me congratulo com os caras e estou aguardando que a internet crie logo um gerador automático de codinomes da Odebrecht.
Quando criança, meu apelido era Qüem. Sim, o som do pato. Tinha os pés desproporcionalmente grandes em relação ao corpo. Me divertia com aquilo. Minha turma de futebol me chamava de Raquítico.
Mas vejam só a arte dos caras. Vejam quanta maldade havia naquelas alegres trocas de dinheiro. De acordo com o ex-vice-presidente de relações institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho, os seguintes codinomes eram usados para receber propinas da empresa:
Caju é Romero Jucá (PMDB-RR).
Justiça é Renan Calheiros (PMDB-AL). Não é genial?
Índio é Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Babel é Geddel Viera Lima (PMDB-BA). Ele não caiu por uma torre?
Bitelo é Lúcio Viera Lima (PMDB-BA).
Primo é Eliseu Padilha (PMDB-RS).
Angorá é Moreira Franco (PMDB-RJ).
Caranguejo é Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Polo é Jacques Wagner (PT-BA).
Ferrari é Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
Botafogo é Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Las Vegas é Anderson Dornelles, ex-assessor de Dilma.
Campari é Gim Argello (PTB-SP).
Cerrado, Pequi e Helicóptero é Ciro Nogueira (PP-PI).
Desenho à mão original de Nelson Moraes. Alguém usou ferramentes digitais a fim de mostrar a todos nós uma versão mais realista de Brasília. Podem roubar e distribuir à vontade. Falo da imagem.