Há um ano havia flores. Eram magníficas. Mas agora só vemos mato. Ele está presente nas doze fotos tiradas por nosso intrépido fotógrafo Guilherme Santos, o qual invadiu a floresta ospiana apesar dos 3 cachorros que habitam o local. As feras são de propriedade de um cuidador de carros que mora dentro de um veículo estacionado ao lado do portão da futura (?) sede da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Além dos cães, o morador possui um amigo humano, um companheiro. No momento das fotos, enquanto um cuidava dos carros, o outro encontrava-se cozinhando uma gostosa refeição dentro do alojamento dos operários que trabalhariam no local.
Nosso brioso fotógrafo não teme vento nem tempestade. Ele ri da intempérie e faz pouco da Brigada Militar, mesmo quando das reintegrações de posse ou manifestações. Mas tem medo de cachorros. Nem ousou registrá-los. Trêmulo, disse-me que um deles ergueu suas orelhas e ficou parado, observando seu trabalho. Deve ter sido aterrador.
Foi o modo que encontramos de falar sobre a Ospa dos últimos 20 dias. Se a música capenga, o mato viceja.
Com nosso governador Polentón da Massa e seus cortes de gastos e congelamentos de salários, quero ver tirar o mato de lá.
Abaixo, o belo trabalho de Guilherme.