O último dia: 12h em Florianópolis

O último dia: 12h em Florianópolis

A vida não é mole e, sem amigos, amor e cultura, a coisa não vai mesmo.

Pulo o penúltimo dia — um dia chuvoso em Bombinhas e ao qual devo voltar logo depois num resumão das férias — para ir ao frutífero e mais prazeroso dia final. Tínhamos 12h em Florianópolis e desejávamos fazê-las as melhores. Para conseguirmos, pedimos sugestões a um facefriend da Elena que mora na cidade: o médico, pianista e ciclista gaúcho Henrique Bente. Pedi amizade a ele a fim de conversarmos os três juntos no bate-papo e qual não foi minha surpresa ao saber que ele era um dos sete leitores deste blog e usuário do PQP Bach. Anos atrás, tinha inclusive enviado colaborações musicais ao blog que poliniza a beleza musical pelo mundo. OK, exagerei, mas deixa.

A empatia foi instantânea. Sob os olhares compreensivos de Obama e de Zuckerberg, tivemos um diálogo muito animado e interessante. O Henrique, como conhecedor de nossos interesses, foi cirúrgico ao nos indicar dois locais quase contíguos e perfeitos para quem não iria às praias da ilha: o Café François e o Paradigma Cine Arte. Nossos banhos em Bombinhas foram sensacionais, inesquecíveis mesmo, mas é claro que estávamos saudosos de um bom filme e de um café. Como ele sabia? Então chegamos à cidade e fomos direto para lá. No Paradigma, vimos o bom argentino O Crítico e o esplêndido canadense Mommy, entremeando as sessões com visitas à sublime — sem exagero — boulangerie.

Depois do trabalho, lá pelas 19h, o Henrique veio até nós. Não o conhecíamos pessoalmente. Meio tímido, filho de um casal que mistura sangues japonês e alemão, o Henrique chegou primeiramente desfazendo a impressão inicial. Fez uma reverência oriental e beijou a mão da Elena. Mas logo a impressão retornou. Mais ouvinte do que falante, observador, gentil, inteligente e reflexivo, deixou-nos encantados. Falamos e contamos piadas como velhos amigos. Saímos do François e passeamos por Santo Antônio de Lisboa, acabando no Restaurante Chico.

Por esta razão escrevi “dia frutífero”. Fizemos mais um amigo. Na saída, ainda soubemos que ele tinha pendente uma diária de carro alugado e que decidira utilizá-la conosco. Não adianta, tenho (temos, Elena) muita sorte. É certo que vamos nos reencontrar.

Por isso que a categoria que fala dos amigos, neste blog, chama-se “Amigos, tudo”.

Este é o tiramisu da Boulangerie François de Florianópolis
Este é o tiramisu da Boulangerie François de Florianópolis devorado antes de assistir Mommy. Não é apenas bonito.
Antes do cinema, a Elena Romanov come um divino pão de centeio com geleia
Antes do cinema, a Elena Romanov come um divino pão de centeio com geleia.
Meu croissant de goiabada com minas
Meu croissant de goiabada com minas.
O baguete de pastrame da Elena
O baguete de pastrame montado para a Elena.
Elena Romanov, indócil no partidor
Elena Romanov, indócil no partidor.
Mas por que não come?
Mas por que não come?
Henrique Bente é um hábil abridor de ostras
Henrique Bente demonstrou sobejamente ser um hábil abridor — e um voraz comedor — de ostras.
Quem pagou por isso?
Quem pagou por isso?
Henrique Bente e Elena Romanov apresentam suas ostras a meus sete leitores
Henrique Bente e Elena Romanov apresentam seus troféus a meus sete leitores.
Elena Romanov e Milton Ribeiro em momento visigodo
Elena Romanov e Milton Ribeiro em momento visigodo.
Henrique Bente, Elena Romanov e Milton Ribeiro
Henrique Bente, Elena Romanov e Milton Ribeiro, todos imitando a corujinha querida ao centro.

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