Ontem, na reunião do G20, Michelle Obama mostrou como se faz para demonstrar privadamente repugnância ou desaprovação a alguém. É uma mulher de classe.
Beijou o primeiro-ministro inglês Gordon Brown.
Fez o mesmo com o holandês Balkenende.
Dançou a balalaica com o russo Medvedev.
Demonstrou à mulher do “This is the guy” o motivo pelo qual nunca seremos campeões no basquete feminino. E nem no masculino.
Seguiu cumprimentando efusivamente o japonês Hatoyama após beijá-lo — vi o beijo no YouTube.
Ouviu Sarkozy dizer ao seu ouvido: “Olha o safado do teu marido cheirando o pescoço da Carla!”.
Beijou também o vizinho canadense Stephen Harper.
Mas, e ainda assim para não ficar muito chato, apenas estendeu de longe a mão ao palhaço Silvio Berlusconi, que, burro, fez questão de deixar clara a rejeição.
O tratamento glacial apontado tolamente por Berlusca rendeu ao italiano um olhar bastante severo do maridão (engraçadíssimo…, vejam só)…
… e tornou a discreta desfeita notícia mundial. Concordo inteiramente com Michelle.
Afinal, não se deve obrigar nenhuma mulher a dar beijinhos num sujeito que paga publicamente prostitutas. Uma primeira dama, então, nem se fala.
E foi assim que Michelle Obama tornou-se a estrela de um Porque é Hoje é Sábado de peitos e bundas tapados. Ela foi perfeita.