Num fim de semana em que houve uma super treta nas redes — na verdade uma confusão de nossa época burra e infantilóide, que confunde a babaquice de um cara com abuso –, ficamos bastante em casa, só saindo para o supermercado e para uma bela festa de fim de ano em casa de amigos. Começamos indo ao cinema assistir o último filme de Woody Allen lá na quinta-feira, mas depois foi isso mesmo, para alegria do gato Wassily, que teve sempre companhia. Não que ele demonstre, claro; afinal, é um gato crasso, cheio de si e com pouca disposição para se preocupar com os outros.
Ontem, enquanto víamos o excelente A Ovelha Negra no Now (Cult Independentes), ele subiu numa cadeira para observar de perto nossa musa Elena, que parou o filme para fotografá-lo.
Sou um chato que não aprova interrupções, mas não posso nada contra o amor que liga gato e dona.
Durante a pausa, pensei que este ano começará em janeiro, com o julgamento de Lula, e não depois do Carnaval. Estarei de férias durante o julgamento, o que talvez me salve de grande irritação. Não que morra de amores pelo ex-presidente, mas por tratar-se de um julgamento político ou travestido de técnico.
Bem, então voltamos para nosso filme que, aliás, já era o chatinho iraniano Táxi Teerã. Fico com pena do cineasta censurado por 20 anos, mas Isto não É um Filme, também de Jafar Panahi, na época em prisão domiciliar, é bem melhor.