Sobre o caso Idelber Avelar, o recado de um escaldado

Sobre o caso Idelber Avelar, o recado de um escaldado
Fazer o quê? Não resisti à imagem de um pinto triste
Fazer o quê? Não resisti à imagem de um pinto triste

Quando, avisado por um amigo, li o post de Lola Aronovich, fiquei estupefato e estupefato. Estupefato pelo conteúdo que é, no mínimo, altamente privado, e estupefato pela tolice de Lola. Pensei imediatamente nos malefícios da vaidade e no amor aos cliques da paladina. Pois aquilo, na minha opinião, foi um impulso bobo em busca de uma fama que apenas a levará ao pagamento de uma bela indenização. E o pior é que ela, desculpando-se e lamentando falsamente o desassossego que causava a seus leitores, ainda escreveu mais dois ou três posts a respeito do caso. E ainda não os deletou…

Tenho certa experiência nesta coisa de blogs x justiça. Certa vez, ofendi a escritora Letícia Wierzchowski em uma crítica a uma coluna que ela publicou em ZH. Fui processado por ela. Nos primeiros dias, cheio de razão, fiquei indignado, mas logo depois meu travesseiro começou a me dizer umas coisas estranhas e convenci-me de que, bem, ela tinha toda razão em ofender-se. Por um milagre, semanas depois, ela propôs retirar a ação, desde que eu sumisse com os textos. Aceitei imediatamente. Pura sorte, porque iria bailar muitíssimas canções polonesas na justa.

Depois fui processado pela atual vereadora Mônica Leal e, não obstante tivesse boa dose de razão, fui condenado. Paguei a ela um valor bem alto para um pelado como eu. Não pretendia pagar, mas até o inventário da minha mãe estava embargado…

Fico pasmo que Lola, as(os) autora(es) daquele blog O estranho caso do prof. e outros que se manifestaram em termos definitivos de condenação de um “poderoso machista manipulador” — prevendo até mesmo o final da carreira acadêmica de Idelber — não tenham se dado conta de que uma pessoa que não tenha agredido nem forçado fisicamente suas parceiras, não é um criminoso, segundo nossa lei.

Eles terão que provar ou que houve crime em enviar privadamente mensagens e imagens pornográficas ou que Idelber manteve casos com menores. Se não comprovarem isso, melhor prepararem uma boa poupança. Sugiro que passem seus bens para amigos ou parentes. Essas pessoas necessitarão desfazer esta afirmativa do Idelber, feita hoje em seu perfil do Facebook — Sim, gosto de sexo. Sim, falo muito de e faço muito sexo. Com quatro regrinhas claras: consensualmente, com adultas, jamais com chefes ou subordinadas e em privacidade.

Algo me diz que não conseguirão. Várias(os) já estão chamando o professor de arrogante. Mas nenhum juiz condenará a possível arrogância de Idelber.

Finalizando, acho que o Idelber não tem nada a comemorar, nada mesmo, ele só perdeu; mas quem o ataca não tem noção das leis sob as quais vive. Na justiça, há que produzir provas, provas incontestáveis. Vejamos se aparecerão. Acreditem, aqueles prints não valem nada para efeito de justiça.

P.S. — A maioria de meus sete leitores sabem que sou amigo do Idelber. Ele esteve hospedado em minha casa com seus dois filhos e ninguém de minha família foi assediado. Foram três ou quatro excelentes dias. Nada de pintos.

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