Não há como não entender Jean Wyllys

Não há como não entender Jean Wyllys

“Eu não quero ser mártir. Eu quero viver”, escreveu Jean Wyllys.

Só se vive uma vez e ninguém é obrigado a ser mártir, ainda mais perdendo a vida para um tiro de um miliciano bolsonarista. Todos sabem que os perfeitamente imbecis Jair Bolsonaro e Alexandre Frota são os maiores inimigos de Wyllys. E ele tem sido multi-ameaçado, ainda mais depois que se descobriu que quem matou Marielle Franco — também do PSOL — está ligado até por seus empregos à família Bolsonaro. Sim, dá medo. Dá muito mais medo do que discursar em Davos.

Ele já está no exterior e não irá retornar para o Brasil. Pretende seguir a carreira acadêmica, dedicando-se a um doutorado e ao livro que está escrevendo.

O suplente de Jean é o vereador carioca David Miranda, que também é homossexual assumido e marido do jornalista Glenn Greenwald, fundador do Intercept, com quem tem dois filhos. Sai um LGBT, entra outro.

A luta continua.

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