Ontem, assisti apenas os 15 minutos finais do jogo, Zago. Cheguei em casa e o Brenner estava sendo expulso junto com um jogador do Passo Fundo. Então, vi uma pequena parte de um jogo de 10 contra 10. Mas deu para observar algumas coisas.
Para meu horror, jogavam Paulão e Ernando na zaga. Ignoro como esta zaga conseguiu sobreviver ao rebaixamento. Só de ver os dois juntinhos em campo, qualquer colorado já murcha. Depois observei Seijas sofrer um pênalti claro, não marcado pelo apitador. Acontece. E… nos minutinhos finais, notei como o Inter se acadelou. E avisei minha mulher: vamos tomar um gol.
Tentando manter um resultado mínimo de 2 a 1, marcando o PF somente a partir de nossa intermediária e só fazendo isso, convidamos o PF para o nosso campo.
Ora, tal atitude anima qualquer adversário e sei — talvez tu também saibas, Zago — que nos últimos 12 meses perdemos dezenas de pontos nos minutos finais por ficar apenas se defendendo. Dezenas!
Reza a Lei de Bielsa:
O time que abdica de jogar com a bola, multiplica o número de oportunidades que o adversário terá.
E não é que o PF empatou mesmo o jogo? Como? Com uma bola alta sobre Paulão e Ernando. Depois, quando repetiram os gols do jogo, vi que o primeiro gol do Passo Fundo tinha sido marcado em outra bola alta no setor de Fraldão & Cagão, como diz o amigo Dario Bestetti.
É muito pouco amor ao cargo, Zago. São quatro jogos no Gaúcho, com três empates e uma derrota. Estamos em décimo, com a mesma pontuação do primeiro rebaixado, o 11º. Recebeste uma ruína de time, mas está hora de aparecer um novo trabalho. O teu. Podias começar trocando a zaga, Zago. Se continuares assim, já sabes o que vai te acontecer. Bom dia.