Fui mostrar a Veja para a Juliette Binoche e a Kristin Scott Thomas. Vejam o que aconteceu.
Então procurei Juliette em particular. Déjà vu. Veja, Ju!
Mas ela não quis olhar e demonstrou de um jeitinho todo seu. Amei-a ainda mais.
Então, invadi o quarto da Kristin a qual me disse, tapando o nariz, que Veja fedia.
A politizada e inteligente Vanessa Redgrave simplesmente virou o rosto e nem viu a Veja.
A shakespeariana Kate Winslet demonstrou cansaço de Veja. “Prefiro a mídia alternativa”, suspirou cansada.
Fui embora da hostil Inglaterra indo para a mui gentil França. Irène Jacob tirou a roupa quando falei em Veja — entendera outra coisa — mas, quando soube de minha intenção, fechou os olhos, agastada.
Fiz o mesmo com Emmanuelle Béart. Ela me dispensou, horrorizada.
Pensei que a juventude sem preocupações de Laetitia Casta aceitaria ler a revista, mas ela ficou nessa posição lânguida e declarou que eu era velho demais. Fiquei ofendido.
Na Espanha, Penélope Cruz alegou dor de cabeça.
Dirigi-me à Itália, contudo Sara Tommasi não aceitou a Veja nem como revista de cabeleireiro.
Sophia Loren foi curta e grossa: “Mostre a Veja para a Alessandra Mussolini!”.
La Bellucci jogou mel nos olhos e, bem, tive de limpá-la. Gosto de mel.
Passando pela Sérvia, Ana Ivanovic mostrou-me o que faria se eu insistisse com Veja. Mal-educada!!!
Fui aos EUA em busca de gente republicana, mas Kim Basinger atalhou: “Não quero ficar mais deprimida ainda”.
Quando mostrei a Veja para a Gene Tierney, ela começou a recitar uns mantras esquisitos sobre paz e equilíbrio e seus seguranças me enxotaram.
Desci para Venezuela. Aida Yespica quis saber o que havia sobre Chávez na Veja. Observei seus seguranças atentos e nem mostrei a coisa para ela.
Sônia Braga deu-me as costas.
Voltei à Inglaterra e Helena Bonham Carter fez furos na revista com seu cigarro, enquanto eu ia ao banheiro. Desisti.
Post publicado originalmente em 15 de março de 2008
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