Estava ouvindo rádio ontem em casa, esperando o final da Voz do Brasil para saber quanto estava o jogo do Inter. Então, às 20h em ponto, em vez do meu colorado, entrou um programa do PSDB. Foram dez minutos da mais rigorosa estupidez. Na verdade, acho que a oposição brasileira não lê notícias, estatísticas, nada. Ela não sabe o que hoje é o país e permanece vivendo uma interminável trip nos anos 90. Porque há problemas, muitos, muitíssimos, mas eles não os citam.
Quando os milicos do golpe de 1964 criaram um partido governista (a ARENA) e outro de oposição (o MDB), não foram tão bem sucedidos como o PT com o PSDB. E olha que o PSDB nasceu assim espontaneamente, sem intervenções ou ordens externas. Simplesmente nasceu. É uma oposição inócua, sem sentido, mentirosa e, pior, que não ataca os problemas que todo governo apresenta. Consequentemente, o PT surfa sobre as marolinhas tucanas.
Ontem, tivemos um ressuscitado FHC reaparecendo como grande líder do partido no lugar de Serra. E reclamando de falta de empregos! Ora, o país bate recordes de oferecimento de empregos formais. Chega a faltar mão de obra e as empresas estão investindo em treinar pessoal. Por que não falar na péssima educação, formação, etc.?
E aquela conversinha sobre a censura da imprensa num país em que as empresas de comunicação são de oposição e trabalham incessantemente nisso… O que era aquilo? Para ficar mais patético, não sabem que o Brasil vem subindo nos rankings de liberdade de imprensa… Será que eles acham que enganam alguém com esse discurso? Ou as empresas de comunicação amigas influenciam no discurso?
E a crítica às alianças de Lula quando os aliados do PSDB foram praticamente os mesmos? O PSDB cobra coerência do PT, que deveria apenas se aliar com o PC do B ou o PSTU? Se é isso, cabe perguntar se temos mesmo uma relação adulta…
Mas minhas maiores risadas eram dirigidas a FHC, a nova liderança. A capacidade de renovação dos tucanos é algo que me deixa tonto. Parece um carrossel onde voltam a aparecer sempre as mesmas caras. Fico tonto.
Vou dar uma sugestão ao PSDB. Comece o próximo programa chamando Dilma de Presidenta Lula. Eu até tenho o resto do roteiro oposicionista, pois ando bem informadinho, mas não vou facilitar. Eles que descubram, porra.