Ser escritor no Brasil é a mais patética das profissões, diz jornal americano

Ser escritor no Brasil é a mais patética das profissões, diz jornal americano
Vanessa Bárbara está fazendo fortuna com a literatura
Vanessa Bárbara está fazendo fortuna com a literatura

The New York Times cita ainda dificuldades de professores, matemáticos e historiadores

Do R7

O jornal norte-americano The New York Times afirmou, em reportagem publicada em seu site no último fim de semana, que ser escritor no Brasil é a “mais patética de todas as profissões”.

O diário inicia a reportagem dizendo que os escritores brasileiros participaram de diversos encontros literários em países como Alemanha, Suécia e Itália, mas, mesmo assim, a carreira é desprezada no País.

O The New York Times adverte que, se você for ao Brasil, “não conte a ninguém sobre seu real ofício”. A publicação afirma que “não apenas vão negar seu cartão de crédito na mercearia, mas certamente eles irão rir de você e ainda vão questionar”.

— Não, sério, o que você faz para sobreviver?

A publicação, porém, lembra de Paulo Coelho, que é visto como dono de uma vasta, útil e lucrativa coleção de livros publicados.

O jornal destaca ainda que os escritores não estão sozinhos nessa jornada. Segundo a edição 2013 do ranking Global Teacher Status Index (Indicador Global de Professores, em tradução livre), referente à qualidade de vida dos educadores, o Brasil figura próximo da última posição na lista que reúne 21 países.

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O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

O Grande Gatsby Penguin CompanhiaA excelente tradutora Vanessa Barbara, responsável por esta edição da Penguin-Companhia (249 pág.), fez uma engraçada e furibunda avaliação do recente filme de Baz Luhrmann, baseado e homônimo O Grande Gatsby em Gatsby for dummies. Só lá no final deu uma aliviada. Acho compreensível que ela ataque o filme; afinal, o cuidado que demonstrou em sua tradução é indiretamente rebatido pela mão pesada e deselegante do diretor. Uma abordagem agride a outra, só que Vanessa tem a seu lado a própria obra. Mas este parágrafo está aqui por que mesmo? Ah, sim, para elogiar a tradução. Mas talvez não apenas para isso.

O enredo de Gatsby funciona, mas o principal é a qualidade da narrativa. O livro é narrado por um dos personagens, Nick Carraway, amigo de Jay Gatsby, um cara que o conhece no início da história. O narrador não é nada onisciente, ao contrário: é hesitante, têm poucas certezas acerca dos novos amigos e vai deixando lacunas que serão preenchidas ou não, ficando alguma coisa a cargo da imaginação do leitor. Uma das coisas que faz de O Grande Gatsby uma obra-prima é esta narrativa incompleta, e a outra é o enorme charme do texto, cheio de detalhes banais escondendo dramas. Fitzgerald não é seco nem barroco, lê-lo é muito, mas muito agradável. Suas analogias são sempre belíssimas, o homem era uma fonte inesgotável delas. Read More

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