A fim de inaugurar este espaço, convidamos o Sr. P.Q.P. Bach para uma entrevista. P.Q.P. é o fundador do blog coletivo homônino que bate repetidos recordes de audiência divulgando algo bastante impopular: a música erudita. Foi complicado conseguir que ele se aproximasse de nosso microfone, pois teme o assédio da imprensa internacional sobre si. Já os brasileiros, com sua indiferença ao tipo de música que PQP ama, não são tão temidos. Mesmo assim, suas exigências foram extremas. Além do grupo chinês de ursos pandas equilibristas, ele fez absoluta questão de sua voz fosse filtrada, transformando-se em outra coisa – ou, melhor dizendo, transformando-se numa coisa.
Deu certo e a voz do filho do mestre manteve apenas o carregado sotaque tedesco, mantendo-se razoavelmente digna. Porém, o filtro tornou minha voz inteiramente gay. Se tal voz não exprime minha verdadeira opção, o fato de colocar à disposição o podcast demonstra a falta de preconceitos que norteia as atitudes deste autor. Também o filtro incluiu um certo ruído que não conseguimos retirar e que dá um colorido especial à grande entrevista.
P.Q.P. Bach fala sobre música, sobre seus parceiros de blog, reclama dos wagnerianos, das perguntas e, ao final responde ao famigerado Questionário Proust.
Ouça a entrevista na íntegra clicando abaixo (aproximadamente 20 minutos):
Uai.
Evoé, né?
Muito boa a entrevista.
O PQP é um sujeito bastante lúcido para quem já está com os seus 300 anos. Vamos ver quantas décadas aqui no Brasil serão necessárias para que ele perca esse sotaque germânico.
Reclama dos wagnerianos? Ora essa…
Se não fosse pelo blog, certamente faria questão de não conhecer o autor. =)
hummmmmm…
muito bom!!!
parabens!!!!!!!
Nelson, Bruno, Rafaela e Nícolas, vocês são muito legais, pois foi uma baita improvisação de última hora. O sotaque de P.Q.P. deve ser mesmo único…
Muito engraçados os comentários sobre o Marcelino Freire, a Clarah Averbuck e os violentos wagnerianos. Dar uma “cafalgada” na “Falkiria” sem a música da “Falkiria”. A aversão aos italianos “Pucci-Verdi” que gostam de berrar. A ojeriza a Wagner do PQP deveria ter sido mais explorada na entrevista.
Milton, descobri que compartilho com PQP Bach algumas angústias vitais, dentre elas sem dúvida a maior diz respeito ao nosso relacionamento com o tempo. Existirá meio de nos reconciliarmos com ele? O que fazer para que nos deixe em paz? Como caminhar “ao lado” dele, quero dizer, sem que necessariamente ele se dê conta de nossa existência?
E, outra: inteligência sem foco pode ser uma arma letal. Quando associada à cultura, a sentimentos como solidariedade e altruísmo, é sem dúvida uma dádiva a ser cultivada e multiplicada. Gostei da entrevista. Me fez conhecer bem melhor a mente que comanda nosso ilustre amigo PQP Bach.
Caro Milton,
Ha, ha. Imagino sob quantos risos vocês aí do blog deram.
Abraço.
Gente, o PQP na Internet com a multidão de posts dele é um milagre, é uma exceção, é um presente, e…. É verdade, nós a microminoria dos amantes da música temos que trocar idéias… Ele divulgando o universo do pai dele… isso é lindo… tudo o mais é bobagem pura…
infelizmente o link está vazio. E mais infelizmente ajnda é eu estar muito curioso para conhecer o PQP. Pqp!