Porque hoje é sábado, Charlotte Gainsbourg e Mélanie Laurent

Talvez o senso comum sugira que Charlotte Gainsbourg seja feia…

… e que Mélanie Laurent seja linda. Ok, eu até vejo isso.

Só que o tesão de algumas pessoas funciona de forma…

… talvez errática, talvez inesperada, quem sabe surpreendente…

… e elas passem a considerar tanto Charlotte como Mélanie …

… mulheres igualmente irresistíveis e altamente desejáveis.

Ontem, estávamos eu e o melhor blogueiro brasileiro em nossa habitual tertúlia literária no MSN.

Falávamos de mulheres, um assunto que atrapalha sistematicamente nossa erudita pauta.

E ele disse algo como: sou apaixonado ou sou fascinado ou fico mesmerizado ou …

… quero comer a Charlotte Gainsbourg. Não, minto, ele disse: …

com a Charlotte eu não penso em sacanagem. Penso primeiro em chamar pra tomar um vinho.

Depois é que vem a sacanagem. Claro, achar a Mélanie Laurent linda é fácil.

O problema é ver Anticristo e seguir achando Charlotte maravilhosa.

E nem é pela filiação. Garanto-lhes que nem eu nem o Ao Mirante pensamos …

… no pedigree quando olhamos para uma mulher. Para nós é tudo SRD, mesmo quando …

… a dona do queixão é filha de Jane Birkin. É que há o amor à perfeição …

… e o amor à imperfeição.

Vejam a foto acima e a foto abaixo.

Um vinho com a primeira e o despertar com a outra?

Ou as duas fazendo chuchotage uma em cada ouvido?

Ah, sei lá. Só sei que bebi algumas várias cervejas e são 1h25. Fico com ambas.

24 comments / Add your comment below

  1. Tomaste só umas quatro ou nove? Como dizia a banda Diálogo com a Grama, aí de Porto Alegre – e vale como um comentário sobre a beleza feminina: “Todo mundo é igual depois da quinta cerveja”.

    Não digo que concordo completamente com a assertiva, mas que depois da quinta cerveja as diferenças diminuem, ah, isso diminuem…

  2. Não não, essa coisa de beleza é tão relativa. Quem gosta de mulher não faz essa distinção. Mulher é mulher, feia ou bonita, cada uma tem seu encanto. Ter tesão pelas feias, ao lado das bonitas, não é falta de gosto, eu sempre considerei uma qualidade (que, óbvio, eu tenho). Só se admira as belas descobrindo o que há de belo nas feias. Nem que seja como decorrência de um fato incontestável: quem não pega as feitas, acaba por não pegar as bonitas. É um percurso, e não necessariamente se começa com um tipo e termina-se no outro. Não, é um vai e volta. E a Charlotte, de qualquer modo, tá longe de ser feia. Feiura feminina, pra mim, não é desproporção no rosto, ou corpo assim ou assado. Feiura é falta de charme. E à Charlotte isso não falta.

    Para encerrar minha intervenção, como o Milton dedicou essa semana a falar de sexo, portugueses, religião e mulher feia aqui no blog, cabe-me transcrever um trecho de um blog português há muito desativado, “O Meu Pipi”, que resume todos esses assuntos para fazer a síntese da minha opinião sobre o último tema (com um lirismo fora do meu alcance):

    “Porque é que eu, Pipi, teimo em tentar sacar gajas feias, gajas gordas, gajas com problemas de pele, gajas com queda de cabelo?

    Reflecti sobre isto e cheguei à conclusão que é o resultado imediato de ser um curioso da foda. Para mim, cada cona tem o seu encanto. Um encanto único, especial. E eu quero conhecê-lo a todas.

    Normalmente, aferimos, à primeira vista qual a principal qualidade fodenga da gaja: se é gira, se tem boas tetas, rabo rijo, pernas elásticas para pôr atrás das orelhas, odor agradável. Ou seja, o aspecto físico da gaja é o seu encanto. Nessas não há mistério

    Mas, como disse, cada cona tem o seu encanto próprio. Por isso, uma gaja feia e gorda intriga-me. Partindo do princípio pipiano de que cada gaja tem em si o potencial para ser um dínamo de tesão, onde é que o Criador terá colocado o encanto desta puta? O que é que o Gajo terá escondido no meio desta chincha toda? E, de repente, vejo-me a jogar ao “quente e frio” com Deus. Estou a dar por trás à feia e parece que O ouço dizer “morno, Pipi, morno”. Mudo a pica de buraco e já Ele me incentiva: “a aquecer, Pipi!”.

    Pode ser um movimento original, uma pachacha musculada, uma capacidade de sucção alienígena. Pode ser uma amplitude inaudita, uma noção de ritmo africana, uma luxação auto-infligida que cria um novo buraco para enfiar o nabo. Qualquer coisa de único.

    Claro que, normalmente, não é nada disto, e a verruga no nariz é mesmo o traço mais característico da crica em questão.

    Mas vocês conhecem-me e sabem que eu sou um romântico do pinanço. Um romântico do pinanço que acha que em cada pito por conhecer há uma promessa de perfeição única e misteriosa a realizar. E uma racha jeitosa para foder, claro.”

    (http://omeupipi.blogspot.com/)

    1. Saudoso Pipi!

      Aguardava seus posts — que teriam mais de comentários um dia após a publicação — como a dona de casa espera a novela das seis.

      1. Nem sempre as crianças bonitinhas vingam… Há casos que sim, claro.

        O problema é que Scarlett é muito sexy e isto tem muito de movimento e postura. Nesta versão pré-pubere é uma americanazinha qualquer.

        Abraço.

  3. “Não não, essa coisa de beleza é tão relativa. Quem gosta de mulher não faz essa distinção. Mulher é mulher, feia ou bonita, cada uma tem seu encanto. Ter tesão pelas feias, ao lado das bonitas, não é falta de gosto, eu sempre considerei uma qualidade (que, óbvio, eu tenho).”

    Sem sombra de dúvida, temos um enorme TUCANO em nosso bando!

      1. Victor, não ligue!
        Tive um acesso de Maitê, uma sabedoria instantânea de Ana Maria Braga e uma profundidade filosófica de Xuxa…
        Por falar em tais celebridades, além do projeto Piovani-Universidade de Coimbra, estou também a pensar nos seguintes: Ana Maria Braga-Fernando Pessoa e Xuxa-Camões. Estou também a escrever o arranjo do hino nacional português a ser interpretado por Vanusa. Creio que essa é uma maneira de retribuir culturalmente a primeira missa católica realizada em nossas primeiras plagas (e pregas!) pela comitiva de Cabral.

      1. (Ramiro, não se apoquente meu velho, pois meu “?” não teve toda essa carga que se supõe de sua resposta!)

        Mas, respondendo à pergunta: por favor não me ofendam. Sou muito pior que o PSDB, pois não fico em cima do muro por ideologia. Estou mais para o PT nessa década de Governo Federal: fico em cima do muro só quando me convém… ou quando é bem mais divertido ver as duas partes se esfaquearem até a morte por qualquer bobagem.

  4. o nariz. O NARIZ DE MELANIE. me assombrou dias e dias depois de ver o filme do Tarantino. ainda suspiro. é muita perfeição.

    já a Charlotte não me chama nada a atenção, se não o contrário. em A Ciência dos Sonhos (do Gondry) ela inclusive me irrita.

    1. Sabe José,
      vou lhe confessar uma fraqueza: acho o senador Heráclito Fortes, do Piauí, um verdadeiro Apollo Belvedere.
      Quando o vejo na TV sinto um êxtase semelhante aquele de Santa Tereza De Ávila; é algo inexplicável que faz aflorar em mim uma tendência masoquista para ceder a imposições: minhas entranhas estrebucham de desejos inconfessáveis. Fico a imaginar de que lagoa ancestral surgiu tão perfeito batráquio intelectual.
      Minha salvação é que todo ano vou até Juazeiro do Norte e, de joelhos, subo aquela escadaria toda pedindo perdão por minha devassidão…
      Assim Padim Ciço me perdoa e acabo sempre deixando por lá alguma graninha que faz a felicidade de alguns políticos daquelas paragens.
      Sabe José, sinto um alívio na consciência, porque sei que estou a contribuir com o Papa Bento XVI que, quando ainda era Cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, propôs um estudo sobre Padim Ciço com a finalidade de beatificá-lo.
      É, meu amigo José, assim late continuamente a humanidade…

    1. Foi lançado um livro com o melhor de “O Meu Pipi” em Portugal. Também foi lançado por aqui – mas, infelizmente, os editores brasucas tiveram a ideia “genial” de traduzir (sim, traduzir!) os textos do Pipi, incumbindo Mário Prata de fazê-lo, trocando as palavras de baixo calão lusitanas por nosso limitado repertório de palavrões. Claro, ficou uma absoluta porcaria, não porque o Mário Prata seja mau tradutor, mas porque a graça e o encanto do Pipi é justo o uso de expressões lusitanas.

  5. Por que cargas d’água eu “aportei” aqui? Estava procurando o livro da Letícia e de repente surge “esse território” assim tão tão masculino… Praticamente uma RARIDADE! Um “óasis no deserto”, rsrs! Minha nossa, vou avisar as companheiras de WC FEMININO… Acabei de ler que “homem dando sopa, é homem distribuindo comida aos pobres”… Kakakaka… Me diverti muito com seu texto e com os comentaristas também… Vou guardar seu endereço… Voltarei e vou divulgar com as minhas amigas… É sempre bom saber essas coisas do universo masculino!

    Parabéns pelo blog!

  6. Kkkkkkkkkkkkkkk, decididamente essa é uma conversa de “vestiário masculino”, amei! Sempre tive curiosidade em entrar em uma “concentração masculina”, bárbaro!

    Recebi a indicação desse post, mas vou investigar o blog todo e se as outras postagens forem desse nível, sempre passarei aqui prá “espiar pelo buraco da fechadura”, posso?

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