Eu passei boa parte da manhã de hoje lendo a respeito do caso de Geisy Vila Nova Arruda, a moça que foi enxotada, quase linchada e agora expulsa da Uniban de São Bernardo do Campo. Geisy, de 20 anos, apareceu na universidade para assistir aulas do curso de Turismo vestida com um micro vestido rosa-choque, fato que provocou a ira da estudantada, que desejava vê-la fora dali. A moça teve de se retirar sob proteção, aos gritos de “puta, puta”. Nem tudo deve ser tão simples. Os estudantes a acusam de mostrar a bunda no corredor, de provocar, de atuar como prostituta fora das salas de aula, etc. E daí?
Bem, aqui, peço licença para utilizar minha experiência… Sabe-se que há moças atraentes de baixa classe média como Geisy — e também de quaisquer classes sociais — que reforçam seus orçamentos com atividades em casas noturnas. Algumas pagam não apenas seus provocantes vestidos com tais rendimentos, mas também as caras universidades particulares. Creio que isto não seja um fenômeno exclusivamente brasileiro, creio ainda menos que os estudantes da Uniban devam ter o direito de expulsar e linchar uma colega por causa de suas roupas e creio os estudantes da Uniban não desaprovem inteiramente as casas que oferecem sexo, assim como a Playboy, a dança da garrafa, as piadas bagaceiras ou as emissoras de televisão. Porém, se ela realmente os provocava mostrando-lhes o traseiro, a universidade deveria ter agido, pois acho que mostrar o traseiro é demasiado para nossa cultura que apenas permite que o traseiro seja visto “casualmente” ou em seus contornos.
Claro, nada é simples. Geisy parece ser uma dessas mulheres que querem desesperadamente aparecer; trata-se de uma candidata natural a um BBB, lutando contra sua origem pobre com as armas que têm (as quais nem são tão letais, pelo que vi). Ou seja, a sociedade chocou-se contra a expressão paroxística daquilo que promove: a escalada social de pessoas de pouco preparadas através da beleza, a sexualização de tudo, a hiperexposição, coisas que são suportadas diariamente. A história natural de Geisy seria ou arranjar um emergente rico que gostasse de seu jeitinho ou as casas noturnas ou o BBB ou a Playboy ou a depressão por não ser bonita o suficiente para nenhuma das opções anteriores. Talvez desconfiada da última opção, estudava. Ora, tudo está no direito dela!
O que é inaceitável é a atitude da diretoria da Uniban ao expulsar a moça da universidade pelos conflitos que criou. Ora, meus caros, quem criou o conflito foi a própria diretoria ao omitir-se quando do aparecimento da estudante e das reações que sua presença provocava. Não acredito que Geisy mostrasse o traseiro se não houvesse filas para vê-la… Todos nós sabemos que o anonimato da multidão faz com que cada um de seus membros masculinos fiquem não apenas eretos, mas que sufoquem seus respectivos superegos. Ela não era uma santa e devia ir vestida daquele modo com a finalidade de produzir o efeito que efetivamente alcançava. Neste momento, quando a confusão começou, é que a diretoria da Uniban deveria ter intervindo. A universidade tornou-se uma extensão da casa noturna, o que é um evidente equívoco de Geisy, dos alunos e da universidade. Ora, os estudantes se sentiram atraídos por aquelas formas do mesmo modo que os neonazistas sentem-se atraídos pelo homossexuais. E como Geisy provavelmente ultrapassou o socialmente aceitável, como suas colegas presumivelmente se sentiram agredidas, a consequência natural foi a passagem para a violência. Culpa de quem? Ora, culpa de quem não controla minimamente seus corredores e que, agora, pensa resolver o problema com a simples expulsão.
Não, meus caros diretores! Isto não é solução. No momento em que vocês criaram a situação, vocês, uma universidade (qualquer universidade deveria estar na ponta-de-lança da tolerância e da democracia), teriam que abraçar, tratar civilizadamente e conversar com Geisy, acalmar a turba e torcer nas internas, mas bem nas internas, que ela seja logo recrutada pela Record e desapareça — fato que, garanto-lhes!, vai ocorrer. Porém a Uniban é tola, mas tão tola, que conseguiu obter foi a ira da sociedade, das feministas e das maiores vítimas da violência e intolerância sexual, os gays. Esses moços, pobres moços, não são nada espertos.
Royalties para ele.
Vi alguma coisa sobre o caso da moça de vestido curto. Espanta-me a intolerância dos “jovens” tanto quanto o reacionarismo e a hipocrisia da instituição (ou “das instituições” de modo geral).
Se houver um índice de moralidade, a média seria bem conservadora, com um quê de perversão: o gozo do olhar escondido, a licensiosidade por debaixo dos panos e choca por concretizar a fantasia de cada um. O que as pernas e algo mais da moça revelaram foi, como você disse, o segredo fajuto da turba. Escancarou, levou!
A expulsão é um condenável e odioso ato de violência contra a mulher que se expõe como objeto sexual. É, por outro lado, sinal de que a velha moral e os mais toscos preconceitos vicejam entre nós. Cáspite!
Milton,
tocaste num ponto interessante que está sendo tratado pela mídia de um maneira muito primária (novidade?).
Alguns transformaram a moça numa heroína depois da barbárie ocorrida. Ser vítima daquilo não permite um comportamento (se houve, meu conhecimento é muito superficial, falo em hipótese) muitas vezes até gressivo.
Tive uma colega que vestia-se de forma incondizente no trabalho, microssaias (é assim agora?), pernas em cma da mesa com calcinhas transparentes, etc. Nós nos sentiamos contrangidos, agredidos e, por que não dizer, violados, se considerar que a violação é, no fundo, uma subjugação. A direção advertiu-a até acabar com isso. Certamente a continuação a demitiria, mas , como disseste, ela “cuidou dos corredores”.
Claro que se nós agissemos com o pessoal da Uniban receberiamos um Justa Causa no ato (bom seria uma equipe inteira, ocorreria mesmo?).
Se a moça agia de uma forma consistentemente incoveniente, e consta que ela invadiu salas de aula, eles deveriam ter tomado uma atitude. Agora , no calor da confusão, é burrice e da grossa. Principalmente ao não punir os agressores. Parece apoio.
Branco
PS. Normalmente as discussões (na mídia e muitos blogs) não consideram a hipótese dos contendores, digamos assim, estarem ambos errados, não haver herói e bandido. Vou citar algums exemplos( em minha opinião):
– Quado o bush invadiu o Iraque muita gente defendeu o Sadam. Peraí, o cara era um genocida
– Quandoo bush (sempre ele), invadiu o Afeganistão, houve algumas deputadas do RS que disseram que lá a mulher era mais livre que aqui
– Foi um golpe contra o Zelaya, mas este cara era acusado de mandar matar camponeses, não é um defensor dos oprimidos… É briga de butim.
– John Mcain era considerado “o nosso republicano” por suas posições mais liberais que muitos democratas, não precisava coloca-lo no outro canto do mundo (eu votaria Obama, mas não por causa do Mccain)
– Lula e FHC, por que eles têm que ser opostos, um uma porcaria outro excelente (aqui talvez seja o contrário, para mim, os dois fizeram um bm ao país e dentro do possível, grandes governos, com muitos erros, claro).
Ops, não deixou claro uma coisa:
– Quado o bush invadiu o Iraque muita gente defendeu o Sadam. Peraí, o cara era um genocida
– Quandoo bush (sempre ele), invadiu o Afeganistão, houve algumas deputadas do RS que disseram que lá a mulher era mais livre que aqui
Não defendi o bush nenhuma vez, briga de louco contra louco.
Milton, não entendi. O texto está calhordamente, rodrigueanamente machista. Quase avant-garde da década de 60.
Se for puta não é burra. Estuda. Sabe que o corpinho não vai durar para o resto da vida. Só por isso ja merecia aplauso em vez de vaia.
Se não for puta – e vamos torcer para que não vire uma capa da Playboy mês que vem nos contradizendo – fica pior ainda para os que a vêem como tal.
O que me deprime é ver que uma universidade (não à toa o nome é quase o mesmo que Universo) que deveria conter toda a variedade de seres e ensiná-los a conviver segue a regra da exclusão. Literalmente.
A lição que fica para mim, que desde sempre trabalho com educação superior, é que esses mesmos rapazes que a ultrajaram sentem-se parte de uma nata, pura, imaculada, que comandará de uma maneira autocrática e auto-referente o destino do país. Quer dizer: a democratização do ensino e a inclusão social que ele oferece passaram longe da Uniban. Isso é o pior, uma Universidade que não convive com diferenças e exclui aquilo que não entende.
Tu achas, Cássio? Não acho. Li várias declarações de Geisy. Ela parece estar capitalizando não sobre o AUTÊNTICO ABSURDO daquilo que aconteceu com ela, mas sobre o futuro.
É com base nisso que coloquei todo um cenário que imagino tenha acontecido. Sobre aquilo que cometem as multidões anônimas, que nunca seria cometido por seus membros separadamente… Isso ambos conhecemos, não?
Milton, achei o texto machista porque você diz que o melhor a fazer era enquadrar a moça e depois controlar a turba. Aumentar o comprimento do vestido e diminuir o volume da voz. Não é exatamente democráttico, não?
Vou dar um exemplo pelo outro extremo. O melhor aluno que eu já conheci era meu colega de faculdade e funcionava num nível que genialidade é pouco. Eu o encontrei na rua esses dias. Estava com um cabelão de dar inveja a mim, careca precoce, e uma barba que a qualquer talibã prezaria. Ele é alourado, o que só ressalta o tamanho do cabelo. E ainda veste-se como um estudante.
Nada disso importa, o que importa é que ele publica como um alucinado e é professor de Federal antes de completar 30 anos.
Desnecessário dizer que ele é homem, e a roupa e o cabelo nunca são a questão quando se é homem – ou são?
Sim, concordo, mas teu amigo não faz as pessoas se sentirem agredidas. Há posturas que provocam reações do grupo e se o alvo é suficientemente desafiante a coisa degringola.
Mas veja bem, Cássio. Posso estar errado.
EXATAMENTE! Por que o comprimento do vestido agride? Será que agride mesmo? Alguém já subiu no palco do Terrasamba e congêneres para bater nas moças? Quantos linchamentos há na Praia Grande por indecência? Se é mulher, se resolve assumir-se como sexy e vestir a roupa que quer, então é puta?
Olha, Milton, nem é questão de certo ou de errado. A questão é que a atitute mulher-santa vs. mulher-puta seria, para quem a vê de fora, um clichê tão barato que nem vale a pena discutir. Por sinal, acabei de contar o caso a um amigo que não é brasileiro e viveu a vida inteira na Europa e ele disse que nossa moral é no mínimo ambígua, já que ele nunca viu uma mulher mais despida que a brasileira, em qualquer lugar.
Ricardo (“violado” por uma microssaia? peraí…), não sei se é o caso de discutir a alegada “vitimização” da estudante, pois corre-se o risco de que alguém apressado, numa redução ao absurdo, dizer que tal análise se filia ao mesmo tipo de argumento daqueles que, ao saberem de um estupro, dizem “ah, mas alguma coisa ela fez para merecer aquilo, nada é tão simples”. Claro que não é nada disso, mas até explicar que focinho de porco não é tomada, já estão todos metidos no mesmo saco.
Assim, para não pisarmos nesse terreno um tanto pantanoso de examinar se a garota fez ou não algo para “provocar” os colegas, o exame da questão deve limitar-se à abordagem da reação institucional ao fato. As eventuais atitudes da estudante e as registradas macaquices de seus colegas de Universidade são uma coisa, sobre a qual talvez nem valesse a pena falar. Mas outra coisa é quando a universidade se posiciona no conflito e toma uma atitude tal como expulsar a moça. Aí o tema fica interessante, pois a arbitrariedade é evidente, e salta aos olhos o oportunismo de tentar agradar a maioria dos seus “clientes”, em atenção unicamente à vocação mercantilista da instituição.
O que importa, no assunto (principalmente considerando que a Uniban está em 159º no ranking de faculdades que participam do Enade, de um total de 175), é colocarmos em mesa, como sociedade, que tipo de universidade desejamos: aquela que (mal) adestra trabalhadores para o mercado de trabalho ou aquela que se preocupa principalmente em formar cidadãos segundo os princípios humanistas? A atitude da garota e a reação dos seus colegas pouco me interessa, pois representa apenas mais um episódio infeliz de nossa sociedade que ainda engatinha em direção à civilidade. O que me preocupa é a posição da universidade, e os critérios que utiliza para sua atuação institucional.
Lembro de, anos atrás, ter visto na TV a notícia de um estudante de Harvard que foi peladão à universidade, só com a mochila nas costas, argumentando que queria testar os limites da tolerância em uma suposta democracia liberal. Ao que me consta, ele não foi expulso.
Interessa-me ambas as coisas. Concordo inteiramente contigo sobre a lamentável reação institucional, mas, até como ficcionista, me importo demais com o grau de descontrole alcançado pela turba.
Mulher belíssimas, sedutoras ou irresistíveis sempre houve. Convivi com várias na UFRGS. Vi decotes bem legais, saias mínimas e calças e calcinhas enfiadíssimas. Tudo normal. Não lembro de ninguém chamar tais mulheres de putas e nem houve ameaças de linchamento, muito pelo contrário.
A compressão do fenômeno é me interessa demais.
159º lugar no ENADE entre 175? Eu imaginava…
Milton, eu entendo seu interesse, só não sei se a combinação do momento (no calor dos eventos) e lugar (internet) é a ideal para abordar determinados aspectos do fato. Há muitas armadilhas, o terreno é escorregadio. E, por outro lado, no espaço público, o exame da atitude da Universidade é uma deixa sensacional para colocarmos em xeque a moderna visão de “univer$$idade” que se tem no Brasil.
O André aí abaixo é um exemplo escarrado. A ele, recomendo a leitura desse artigo (clique aqui), que faz uma análise sociológica da reação da turba a qual ele pertence.
Ah, eu sei disso, Victor. Os ânimos estão exaltados… Mas é melhor tentar refletir calmamente sobre este assunto do que sobre o Inter.
Ademais, isto é apenas um blog…
Que Inter?
É um time de vermelho lá! Esqueça.
Vitor,
não disse violado pela microssaia, nem que este era o caso. Citei o caso que ocorreu comigo: num ambiente de trabalho abrir as pernas no intuito de causar constrangimento e, com isto, ser superior em discussões é uma forma de violação, de agressão. No entanto, em nenhum momento, pensamos em fazer alguma coisa sequer próxima do que ocorreu. E se ocorresse seria indesculpável.
Afinal, se pessoas que falam alto ao telefone, fazem barulho, fumam são admoestadas por que o caso que citei não? Claro, os talibans, pelo jeito, arrancariam as cordas vocais dos que estavam falando alto. Como se, de fato ocorreu,a moça exagerou seu comportamento e isto pertubou o pessoal, bastava uma reclamação. Foi o que ocorreu no meu trabalho (a diretoria percebeu antes, como era seu dever).
Como disse em meu comentário, a expulsão da moça em cima do conflito parece um posicionamento sim, daí a minha reclamação de sempre se achar que existe um certo e um errado. Ora se a moça agia conforme a UniTaliban afirmava, não teria sido mais adequado adverti-la primeiro, afinal,.para mim ela teria, se verdadeiro, cometido uma transgressão, eles um crime.
Realmente, vi em Berkeley duas moças só de saia (compridas), sem nada por cima, andando de mãos dadas. Mas vi que, ao entrarem na aula, colcoaram uma blusa. Pareceu-me dentro do contexto.
Branco
Eu achei que teu comentário ia causar incompreensão…
É que a moça em questão — acho que sei quem é — era um “caso” de psiquiatria. De manual mesmo! Um caso raro que nunca mais vi igual.
Era aquela que tinha o apelido de Open View, né? Era, não era, Branco?
Exatamente.
É verdade tu conheces,
Não estou comparando com a da UniTaleBan, mas concordas comigo que era ou não uma agressão.
Vitorm, as vezes esqueço que as outras pessoas não conhecem episódio que o Milton e eu passamos e o comentário fica eclipses em demasia.
Branco
Arrã… Coisa sem precedentes nem sucedentes (sic). Ainda bem.
Pô, fiquei curioso… “Open View”? Essa eu queria ter conhecido! Como personagem, devia ser bem interessante.
Já consegui imaginar Ricardo, principalmente depois desse apelido aí, que é eloquente e basta. Claro, nesse caso, pode ser mesmo uma agressão.
VICTOR,
Só agora estou tendo tempo de ler os comentários e não sabe o quanto admiro e me filio profundamente a suas palavras. Nossos comentários saíram iguais!
Atitude totalmene plausivel e coerente da Universidade ter expulsado aquela vagabunda!! mulher assim tem q ser recriminada mesmo!! existe lugar pra tudo…não seria admissivel ou compativel, por exemplo, uma mulher daquelas estar usando um vestido daqueles em uma igreja!! Isso é uma questao de bom senso!! É obvio q gosto d observar uma mulher em um vestido q a deixe gostosa e tal…mas numa faculdade??? isso aí é biscatice, vagabundagem…o mínimo de respeito deve haver entre todos q lah estudam. Deixe pra mostrar o rabo em um local adequado, geralmente naqueles locais em que se admite um certo entretenimento pra q a gnte possa pegar, usar e abusar dessa piranha (bares, baladas, etc)!! Cada vez mais estamos perdendo o respeito um com os outros devido a atitudes que denigrem a moral e o bom costume da sociedade provocado por vagabundos e vagabundas como essa putinha ai!! É LAMENTÁVEL!!
Opa! Também não é assim, né, André?
Milton,
concordo mais uma vez contigo. Ô chato!
Detalhe, sei que tu não o lê, eu o faço embora não o aprecie (como o Hermenauta).
O Reinaldo Azevedo escreveu um artigo sobre este assunto e ressaltou algo interessante na entrevista dada pelo não-sei-o-que da UNIBAN ao Fantástico, que não vi.
O sujeito, SEGUNDO ELE, estava com um cabelo cuidadosamente desgrenhado com gel e toda sua vestimenta denotava também um vontade de aparição do corpo e outros quejandos. Não seria isto uma exposição igual à da moça a quem ele condenava? Leia e reflita.
Branco
O pitboy e o jornalista
Trazia consigo um abaixo-assinado com mais de mil nomes, e estava na frente do conhecido jornalista que esposava todas as teses reacionárias em debate, menos esta. Mas por que? Evidentemente por conspurcar as teses do liberalismo e, via de consequência, o Estado Mínimo, passando pela liberdade de imprensa, mas, principalmente, o direito de toda mulher expor o corpo à venda, sendo ou não o caso, neste caso não importa e… o pitboy não pensou duas vezes: engatou um discurso quadrado com várias pontas do mais fino reacionarismo que confundia o seu utilitarismo com a validade dos preceitos religiosos mais a pretensão acadêmica à sacralidade de seus ambientes e símbolos. Sim, tentou responder o jornalista, não digo que não haja em suas idéias boas razões, mas a luta do bom combate implica na utilização de estratégias diversionistas, pautadas da defesa de nossos interesses mesmo acima de alguns padrões morais, pois estes últimos devem resistir, porém sem superar a liberalidade no âmbito econômico, o que na questão em baila envolve a lei da oferta e da procura de favores algo específicos, que certamente figuram melhor nos ambientes socialmente administrados para tal, mas o manifesto abusivo em contrário denota, talvez, inclinações autoritárias que nós, via de regra, creditamos ao Estado Policial, este fruto das obsessões do planejamento centralizado, então… o pitboy não pensou duas vezes, pois não estava ali para análises complexas e sim para exigir do jornalista fidelidade a seus leitores: pegou o abaixo assinado e esfregou na cara do jornalista, querendo que, desse jeito, ele conferisse os primeiros nomes da lista – era a maneira dele de dar uma carteirada com alheias cédulas de identidade supostas nos números inscritos ao lado das assinaturas. Se não me respeita, veja bem quem você vai desrespeitar, ô pulha! Lista devolvida à mesa, o jornalista pode conferir os nomes postos à testa do documento, prometendo em seguida novo artigo reconsiderando certos aspectos da questão, e da necessidade de discriminar elementos cujos códigos sociais violam preceitos universais de decência, et cetera e tal. É preciso manter um mínimo grau de respeito afinal, não é meu amigo? No mais, quando quisermos vulgaridade, drogas ou prostituição, sabemos quando e onde, procurar e fazer, como todos bons filhos de boa família de boa sociedade, não é, amigo? O pitboy ficou tão calmo que pode, enfim, terminada a conversa, ganir de satisfação.
Onde comprar
Alguns olharam cobiçosos outros com desprezo e assim por diante; a cada um seu parecer, algumas convergências, aquelas divergências de sempre, algo no ar acerca das ocupações extracurriculares da moça. Eulálio acercou-se dela timidamente, elogiou o vestido, as roliças pernas de fora, e Vera ficou com uma impressão não de timidez do rapaz, mas de uma curiosidade difícil de satisfazer.
– Não é nada demais, comprei num desses magazines por aí, bem baratinho. Mesmo neles há coisa boa.
– Verdade?
– Sim – ela respondeu, e arriscou – Quer ir num dia desses comigo na Marisa?
Ele balançou a cabeça ansioso, o coração dele batia como louco e sim ele disse sim eu quero Sims.
HAHAHAHAHA
Na Marisa? Minha mãe tinha seu consultório dentário quase ao lado de uma Marisa. Ela comprava algumas coisas lá, mas não contava pra ninguém…
Ah, Milton… acho que não concordo contigo nessa leitura ao “julgar” a moça…
O que entra em jogo é a questão da tolerância: porque a universidade não seria o lugar para usar a tal roupa? Vivemos numa época em que cada um é levado a se vestir como quiser, e se fica ridículo a pessoa que se manque (ou não, vide certo deputado estadual). E é justamente nesse ponto que a contradição se evidencia: na TV pode, na revista pode, na rua pode, mas na universidade, “lugar por excelência do conhecimento”, não.
O que se viu foi um linchamento moral, e os culpados são os 700 por ameaça, difamação, coerção… e a UNIBAN (-co?) (-didagem?) por omissão e conveniência. “Moral e bons costumes” de cueca para a pqp!
Resumindo: a minha implicância toda é com a tal da Hipocrisia…
Pablo,
como diz minha filha, vulgaridade é postura. Na boa, acho que tudo passa pela moça, mas se for para queimar e Hipocrisia, sou parceiro para incendiar a Uniban.
O fato da expulsão nem merece comentário. A Uniban é uma das maiores falcatruas do ensino superior paulista. Conheço muito bem a escolinha.
Quanto ao comportamento dos alunos e alunas: são os parasitas e carrapatos que mencionei, ontem, no poema “Contraponto”.
Em primeiro lugar vamos parar de chamar aquilo de micro-vestido. Não era tão curto assim. Era feio e vulgar, mas era não tão curto.
Também não acho que o comportamento da Geysi deva ser colocado em questão. Se ela sonhava em ser BBB ou provocava os colegas não me parece importante. Como o Cássio falou, os agressores dela devem se sentir uma nata que têm direito de julgarem e condenarem os outros. Se hoje as pessoas se dão ao direito porque era uma “puta”, antigamente poderia ser por ela ser uma separada ou até mesmo por ser uma mulher num ambiente acadêmico.
Nesses casos, acho que o motivo vem depois do sentimento de superioridade e a vontade de segregar os outros. Eu já fui segregada por não gostar de movimento estudantil e ser um excelente aluna. E aí?
Também não acho curto o vestido, mas todo mundo parece achar.
É interessante, entendo perfeitamente teus motivos e tua contrariedade, mas acho que este sentimento de “maioria” seja algo intrinsecamente humano.
Imagine que fui um nerd que ouvia música erudita e simplesmente nem ia à festas onde tocavam músicas idiotas. Minha sorte é que na minha adolescência e juventude havia Led Zeppelin e os grupos que os cercavam. As diferenças são muito pouco toleradas e menos ainda quando se é jovem. Mas não é normal uma reação violenta dessas.
Tu não deves ter sido chamada em coro de alienada ou… do quê? De filhinha do papai, chutemos. Ninguém te levou sob proteção para casa, creio. Teu sentimento de segregação pode ter sido internamente violento, mas não deves ter sido alvo como esta moça foi. (Eu, na verdade, sempre estive adaptado à minha de solitário e nem me preocupava muito com as festas e meninas que ia perder por não querer ouvir disco. Eu ficava na minha em silêncio).
Sempre que um sentimento normal extrapola… Olha, até gosto.
Algumas vezes, ao procurar emprego, as psis vinham com aquela perguntinha: quais são as tuas qualidades? E eu respondia 3, digamos. E seus defeitos: e eu dizia que meus defeitos eram as qualidades levadas ao paroxismo por um fator externo.
Quando é que um normal sentimento de grupo torna-se ameaçador? Como ele sente-se ameaçado e por quê? Qual é a dinâmica?
Já me disseram para ler Canetti, pois gosto disso… E parece que ele trata disso em Massa e Poder. Alguém leu aí?
Milton,
Tem um probleminha com Massa e Poder que é o mesmo de Totem e Tabu e qualquer bosta do Freud: ele toma por ciência o que é elucubração sutil da razão, numa palavra, literatura. Afloram símbolos que se tornam categorias e a partir delas forja-se a análise que perdeu a lembrança de certa arbitrariedade do signo que a gerou e do discernimento absolutizante do sujeito que quer apreender vida e história num contexto elaborado e de muita riqueza de repertório, porém fruto de idiossincrasias cientificamente idemonstráveis, mas cabíveis de construção duma teoria literária qualquer, tão boa que voc~e deve esquecer tão logo tenha às mãos qualquer romance.
Marcos, lei o Massa e Poder, não só google it. Nada do que falastes procede.
Numa palavra, tudo parece fazer sentido por sociologicamente plausível. Proceder ou não depende do leitor e da forma como ele se põe e apreende e analisa e reflete e interpreta e… enfim, a velha discussão infantil “é” “não é” “é” “não é” “é”…
Milton, o caso não é se a Geysi é garota de programa, se sua beleza está aquém da que ela julga ter. Isto não apenas foge do problema, como é conivente de certa forma com ele. Se a moça é bailarina, se mostrava a bunda (onde está escrito isso?), se ela, a partir do fato, está fazendo promoção de si mesma, são outros assuntos que divergem do quase linchamento físico que as cenas internacionalmente famosas mostraram. Pareceu-me “A Onda”: alunos lobotomizados por uma ideia de supremacia moral, de pertença a uma maioria que se arvora portadora da decência e da retidão, tão aportadas da realidade em exercerem a censura violenta contra a “diferente” que se colocam na região limítrofe onde o pior poderia acontecer. E quem duvida que, se não fosse a escolta de professores, e a consciência distante mas determinante da publicidade das câmeras de celulares, não iriam concretizar o desejo de apagamento literal da Geysi?
A Geysi representa ali um momento de engano que qualquer um de nós está sempre na iminência de cometer. Na faculdade de veterinária, certa vez, só notei depois do almoço no restaurante universitário que usava uma camiseta rasgada das axilas às costas. A primeira constatação que temos nesses momentos é de um terror puro de se ver nu, vulnerável diante todos os outros corretos e irreprimíveis. A certeza da discriminação anula a auto-estima racional de perceber o fato como acontecimento isolado, passível de ser consertado com humor. Quando criança, no ônibus escolar, não aguentei segurar a grande fraqueza dos intestinos e me borrei nas calças. Esse dia se tornou um marco regulador a medir superlativamente todo comportamento visto como vergonhoso, falho, incapacitante, excludente, em que o exterior poderia usar para me massacrar. Elias Canetti escreveu que a reação que temos de rir ao ver alguém cair no chão, é a tradução sociabilizada da rejeição contra a fraqueza do predador convertido em presa,pois cair é atributo daquilo que foi abatido para a alimentação. Ri-se por não poder comê-lo!
Há meses, a televisão noticiou uma cena que assemelha-se ao linchamento moral da Geysi. Uma empregada doméstica, decentemente vestida, é barrada inúmeras vezes pela porta giratória eletrônica de um banco. Ela vai retirando o que o guarda manda. Primeiro a bolsa,o relógio, o celular, as coisas triviais. Mas o detector infalível da máquina continua acusando o potencial perigo desta senhora, cordatamente vestida conforme exige as normas da sociedade, em portar uma pistola ou outra arma de fogo para assaltar o banco. Desesperada, a mulher retira toda a roupa e começa a gritar e a chorar, porque a máquina, não convencida, apita apita apita. É levada pela polícia, solta horas depois, e seu vídeo ganha o entendimento enternecido de todos os expectadores do fantástico. Quem não traz o temor diluído de sempre ser barrado pela porta giratória?
Eu me enterneci com a Geysi porque também posso usar algo proporcional a uma saia curta vermelha, por vaidade ou distração, em ambientes acreditados assépticos a saias vermelhas. E me enterneço mais ainda por querer sempre ter o direito de poder usar algo assim quando me der na telha, pronto para responder à chacota ou à cara fechada desde que estas tenham o limite de não atentarem contra minha integridade física e moral. Mas o enternecimento não é o que mais me domina neste assunto, mas sim o repúdio absoluto que senti por aqueles baluartes da moral que só serviram a atestar o quanto são primitivos, acelebrados, conduzíves, intrinsecamente violentos, bairristas, infantilizados. O ponto que se perde com a conclusão da “universidade” que dá abrigo à barbárie é da imagem do universitário brasileiro, que se mostra o protótipo condicionado dos escrevinhadores de monografias aberradoramente vazias, prontos para a coaptação a qualquer sistema que os tornem intelectuais do partido, do estado, da manutenção do pogrom, preocupados com suas posições sociais e em serem o mais absolutamente normais e ajuizados possível. A primeira noção de humanidade aparece com as roupagens mais estranhas; a mim se ofereceu como levar a própria merda grudada nas calças por horas para me mostrar no temor do massacre o quanto abençoadamente estou inapto a ser o predador perfeito.
É, pelo visto sou minoria. Vocês não vão me linchar, né?
“…dos escrevinhadores de monografias aberradoramente vazias…”: isto pode causar problemas a quem fizer coisas consistentes!
A inveja grassa no ambiente acadêmico!
O acadêmico que faz coisas consistentes sabe de que lado fica na história. Consistência intelectual, para mim, é indistinguível do humanismo. Mesmo Michel Onfray, em seu prosseguimento disfarçado de um neo-sartrianismo, nos enche de revolta ao descrever as condições da fábrica de laticínios onde seu pai purgara a existência e da qual ele se livrara pela vida acadêmica. O niilista mais empedernido seria incapaz de repetir as ações dos escolares da Uniban. Aquilo é só vazio repleto de lantejoula.
Não entendi a inveja! Se referes a mim, podes crer, não a sinto!
Ora, eu acho que a violência de que foi alvo a moça é um gênero de inveja, sem dúvida!
Ah, sim! Concordo!
Milton, você tem razão em dizer que jamais passei por algo semelhante a essa moça. Afinal, de que poderia me acusar: de alienada, com certeza de acusaram pelas costas; de puxa-saco, CDF? A antipatia dos alunos por mim não arranjava nenhum pretexto pra se mostrar de uma forma mais violenta. Eles não falavam comigo e nem eu com eles – durante 4 anos.
Acredito que no meu caso, assim como no da Geysi, tivesse muito inveja envolvida. Mas a violência contra mim não encontraria uma boa justificativa moral enquanto ela foi pra faculdade com o famoso vestido. Por isso que eu continuo batendo na mesma tecla: o comportamento da Geysi não é importante e sim os alunos se darem ao direito de agirem de maneira bárbara.
No mais, o Charles já falou tudo e mais um pouco.
Caminhante,
creio que o Milton está separando as coisas. Assim eu penso também.
O comportamento dela pode ser questionado sim. Se for verdade o que falam, ressalvo. Se ela estiver atrapalhando deve ser convidada a mudar. Cada lugar impõe um limite para que a convivência seja possível. Isto, no entanto, é uma incoveniência, um desrespeito aos outros, não mais que isso.
O comportamento do pessoal é diferente. É bárbaro e criminoso. É violação pura. Discute-se o motivo. Sei lá, mas é crime. Podemos citar uma lista de leis que infringiram.
São coisas diferentes, mas ambas discutíveis sim.
Justamente está aí o absurdo da Uniban. Ela juntou as duas coisas e condenou a moça. E na minha opinião, pensando melhor, não foi por hipocrisia, mas por covardia e coveniência mercadológica: significa não reconhecer que há criminosos ali.
Falo isto como um cara que estava no movimento estudantil na época da ditadura (eu também discordava dele, mas, naquela época, era um imperativo moral) e era visto com desconfiança por que lia Borges. Havia os esquerdistas vermelhos e os cor de rosa (se havia implicações homófobas neste apelido? havia sim).
Branco
Sim, concordo, são duas discussões. Pra um comportamento inadequado dentro de uma instituição, cabem muitas formas de punição e de aviso. O problema de colar uma discussão na outra, como você mesmo colocou, é a tentativa de diminuir a gravidade do que os alunos fizeram.
Taí, acho que Branco esquematizou bem o problema.
E acho que meu texto não ameniza a ação da turba, basta dizer que comparei-os a neonazistas, não? Não chego a sentir amor por eles…
Quanto a comparar os alunos da UNIBAN com nazistas, aí já é outra polêmica:
hahahahaha para tudo
(R$ 50 pro Cardoso falar bem do Holocausto…)
Meu último comentário sobre a Uniban.
O que aconteceu lá é extremamente patológico pois parece que não existiu a minissaia sobre a terra. A minissaia apareceu na década de 60! Lembro que existia uma modelo inglesa magérrima de nome Twigg.
Em plena ditadura, não lembro de ninguém ter sido chamada de puta pelo uso do vestidinho. E lembro-me que – para a nossa perdição entre tantas bananas descascadas com fervor – a meninada usava a saia curta, mas curta mesmo!
Assim o fato ocorrido deve ser encarado como um terrível distúrbio da sanidade social. Lembro que na Alemanha pré-Hitler, mulheres judias envolvidas com alemães ou alemãs envolvidas com judeus eram terrivelmente estigmatizadas. W. Reich aborda tal tema em seu magistral “Psicologia de Massas do Fascismo”
minissaia só com supermini calcinha ou sem. Senão fica grotesco.
Agiu certissima a Universidade UNIBAN de expulsar a aluna, pk na minha opiniao devemos saber quais os tipos de trajes usar e horarios e nao foi isso o que a moça fez. Se ela quer estudar e ser uma profissional tem q se da o respeito pk se nao daqui a pouco ela ia querer defender a manografia pelada. pk sabe q tem gente para passar a mao na cabecinha dela. Agora q da uma inocente. E por isso q o Brasil nao vai para frente. trabalho e uma coisa , estudar e totalmente diferente. Quem estuda quer concentraçao. xau e um big abraçoooo
manografia= mamografia à mão?
ou monografia sem roupa?
Concordo com a Karla, mas quero complementar seus comentários. Ultimamente a TV aberta tem lutado desesperadamente pelo primeiro lugar, ora empurrando a velha receita da nudez, ora alienando a população com ridículas e unilaterais “opiniões” dos ditos “jornalistas”. Matérias repetem milhares de vezes por dia que Geisy “apenas usava minissaia” justamente para tentar criar aquele furor, na luta por tirar a sociedade brasileira de seu torpor, cansada das cenas de tiroteios e enchentes… No caso Geisy, parece que a guerra por audiência agarrou-se aos jargões ainda algemados à mercantilização do corpo feminino e apelos da pornografia, que garantem aos pobres de espírito, o direito de rasgar os dicionários, chamando a futilidade e a vulgaridade de virtudes. Não é na Uniban mas sim no país como um todo que vemos serem aclamadas e aplaudidas pessoas “absolutas” ou que enxergam praias no Alaska… É a TV que coloca prostitutas como dignas de respeito nas novelas e apresenta religiosos sempre como estúpidos fanáticos. Montam-se novelas com famílias de casais sempre adúlteros, enxertando sexo e banalização de crimes, tornando-os exemplos que todos devem seguir. Como o diabo evita a cruz, as crianças estão repelindo e vendo como errado o respeito, a moral, a família. Da dança da garrafa ao funk estamos apodrecendo a imagem do Brasil, sob a desculpa de estarmos refletindo a realidade, a democracia, a liberdade…
E tem mais Karla. Todas as mulheres que se vestem apropriadamente, querem ir a faculdade para estudar e ficaram envergonhadas de ver a tal Geisy exibir seu sexo ao erguer sua vestimenta, foram enquadradas imediatamente como despeitadas, assim como foram rotulados de gays errustidos os homens que se aglutinaram para ver e gravar um mero desvio sexual (exibicionismo) que carece de tratamento psicológico. Todos pareciam crianças juntando-se para ver e filmar um animal raro (mas nojento) num zoológico. Vejo que muitos deste blog consideraram o comportamento daquelas centenas de pessoas como mera hipocrisia amparada pelo anonimato, mas para mim significou um grito indignado frente a ousadia dessas baratas que se reproduzem na pobreza de caráter humano, somando-se a um tissunami de vulgaridades e escândalos do Brasil. Das vaginas da namorada do ex-presidente Itamar Franco e da Luana Piovani na Academia de Letras, entre muitas outras, esta onda vulgar só cristaliza um pouco mais nosso lugar como um dos maiores exportadores de prostitutas do mundo. Ainda falta muito para deixarmos de ser um celeiro de exploração sexual, inclusive infantil, cuja primeira audiência do domingo é nada mais que um Chacrinha remasterizado, mais ousado, porém menos criativo.
Abraços a todos e parabéns Milton Ribeiro pelo seu interesse no assunto.
A expulsão da Geisy é simples. Ela causou tumulto propositalmente, quis “badernar” sim, pois tem declarações dela levantando o vestido e invadindo salas. Ninguém aqui ta debatendo o tamanho do vestido, e sim a atitude dela de ter mostrado a bunda pra dezenas ou centenas de pessoas. O erro da universidade somente foi de não ter expulsado também os baderneiros que ameaçaram ela. Não aguento mais esse discurso politicamente correto e de direitos feministas. Se eu estivesse na boa numa sala de aula e viesse uma louca fuleira levantando a saia e mostrando o c* pro povo inteiro, no mínimo eu largaria um “VAGABUNDA!”. Vamos parar de ser hipócritas. Dou 6 meses para ela pousar pra Sexy… e semana que vem vou para a faculdade sem calça e com uma meia no meu pênis, e balançá-lo pras garotas. Se me expulsarem vou ficar abaladíssimo.
qual o problema de posar para a Sexy?
Nenhum, é apenas um comentário irônico porém realista sobre o que que essa garota está buscando.. Repercussão… e ainda tem gente que acha ela inocente! O que tem de mais levantar a saia em público? A faculdade devia ter dado era uma medalha pra ela, afinal pra que punir a coitadinha? ela só estava com calor nas nádegas!
Os caras da unicamp sao tudo um bando de froxo .. si fosse em viçosa mg nos iriamos adorar por q mulher gostosa tem q mostrar o potencial mesmo .. mas os paulistas sao tcholinhas da mamaew q nao podem ver as mininas gostosas meio sem roupa nao por q eles fikam constrangidos … dalhe gostosaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
o geisa me da uma ligada q eu tiro o restinho desse vestidso…
Geisy Arruda, vira alvo de ataques piratas no mundo virtual. Veja: http://migre.me/bexy
Eu acho que o que foi filmado na tal UNIBAN nao passou de uma baderninha. Nao vi nenhum ato violento, fora uns gritos.
Atiraram uns chumaços de papel na policia e só.
Gritedo normal, do tipo que ocorre em restaurantes universitários quando alguem derruba a bandeija e todos gritam, se um gritar puta(o) uma parte vai seguir e o acidente vira acusaçao sobre a profissao do mao frouxa.
Casos como estes fazem brotar antropólogos e sociológos enrustidos, o que no mínimo causa diversao pelo alvoroço de idéias, especialmente as antagonicas do maiores manifestantes.
O caso vai render uns trocos para a guria, seja da UNIBAN ou de uma revistinha. O pior é surgir um funk com a guria, vestida de mini saia, rebolar como pode ter rebolado no dia do alarido.
Primeiro e segundo parágrafo este texto,
indica um forte declínio mental pela persuação causada
pela conversa malandra do tráfico de drogas .
Terceiro parágrafo ,
advogado tentando se rebelar as custas do ocorrido .
Parágrafo 4,
é uma forma de acitação ao parágrafo 3 ,passando a culpa a terceiros .
Parágrafo 5,
tornando de fato plausível o ocorrido:
confuso os drogados,
prostituta a “vagabunda de vermelho”,
os novos judeus os gays despresíveis,
a nova brincadeira para observar o tudo junto e misturado aos campos,
aguardando também de fato a consciência ao que se forma o país.
Foto ilustrativa,
tantando mostrar a idéia de como seria talvez o uniforme para s induzir
o gado a limpar as cidades por todo o país .
Grato.
Quanta fantasia hein…
Fato é que essa digna garota está fazendo o que todo mundo dizia que não seria bom fazer…
Depois de se exibir publicamente em um lugar onde se deveria agir com respeito(uma instituição de ensino), agora fecha contrato com revistas e filmes adultos…que beleza hein!!!
Tudo isso mostra que ela está conseguindo o que ela queria quando andou quase nua na universidade.
Garanto que a maioria das familias brasileiras apoiam a atitude da universidade(de repressão), pois não querem seus filhos incluidos num ambiente promíscuo e liberal, ao contrário do que muitos apregoam atravéz da rede e pelos meios de comunicação afora.
Não vejo nenhum beneficio na imoralidade pregada pelos que defendem essa “menina”, nem muito memos pelos gays e feministas de plantão…
O que eu vejo é que a mulher demorou séculos para conquistar a liberdade e agora não sabe o que fazer com ela…
Garanto que se fosse como o amigo Realista falou, se fosse um rapaz com uma meia no pinto, tinha dado até cadeia!!! Mas como é mulher, tem de aliviar…
Tô cansado dessa imoralidade e hipocrisia nesse país, onde ensinam à crianças a fazer sexo e encorajam suas filhas à venderem sexo aqui e lá fora.
Esse é o meu BRASIL!!!
Milton, traduzimos seu artigo sobre Geisy para inglês e o publicou em nosso blog, O Mangue, devidamente atribuido a você e linked.
Tem algum problema? Se quiser, podemos remover o material, que é sua propriedade.
Beijos,
Ana e Tadeu
Todo dia dá uma surra na tua mulher. Algumas vezes não
vais saber porque estás batendo, mas ela com certeza
saberá porque está apanhando (provérbio árabe). Numa
coisa os alunos da Uniban estão certos: mulher e eleitor
foram feitos pra levar couro.
Esse seu comentário meu amigo, é uma vergonha.
Essas moças q agrediram a geisy dançam na boca da garrafa, são chamadas de cachorras, eguinhas pocotó e adoram!
Apenas pq apareceu uma q certamente fez mais sucesso q elas, ñ podiam deixar isso barato né???
A intolerância aqui beira o absurdo…
Concordo com a Luciene em gênero, número e grau…
Primeiro: não seria função da Universidade supervisionar os alunos e como eles se portam ou redigir, até mesmo, um código de conduta, para poder exigir como eles devem se portar ou se vestir? Ou ninguém havia notado como ela se vestia antes deste episódio?
E outra coisa, daqui a pouco vão estar dando razão a estupradores e pervertidos… se ela se veste de maneira provocante, merece ser estuprada? Tenha a santa paciência…
É engraçado como decisões simples como a escolha de um vestido – mesmo que seja com outra finalidade – transforme em tanta repercussão. O caso da moça Geisy já foi comentado em todos os lugares, no colégio professores de física discute o fato em sala de aula, chega ao ponto de ser Hilário…
Adorei a expressão do autor, como não cabe a mim e mais ninguém julgar o comportamento da moça, alem de que não tenho toda a relação de acontecimentos na universidade. Eu faço ensino médio, e no meu colégio há uma garota de primeiro ano que usa short que tampa apenas o “traseiro”, eu sinceramente acho um absurdo.
Como já foi dito, os alunos da universidade não deveriam ter agido de tal maneira, e a diretoria deveria ter tomado decisões no momento dado, mas venhamos e convenhamos, uma pessoa deveria “adivinhar” as vestimenta que se deve usar em certos locais.
Basicamente eu apenas repeti o que foi dito aqui e em outros lugares, mas o ocorrido é tão absurdo e “inédito” que para mim não há mais palavras…
Obrigado!
Bom, não acredito que ela tenha tido o propósito de ter fama com isso mas acredito que ela se beneficiará da situação sim.
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Essa piranha quer mais é aparecer. Agora ela já está na mídia. Não tem talento algum. Não é cantora, não toca instrumento, não é atriz. Infelizmente, hoje em dia, beleza se compra em supermercado. Qualquer mulher fica maravilhosa com plástica, e pode pousar nua, como ela vai fazer. Uma pessoa trabalha a vida toda para ter alguma coisa, e uma vagabunda, sem o menor esforço, mostra os peitos de silicone e o que tem no meio das pernas, e ganha o que um coitado trabalharia 30 anos para ter,sem o menor esforço. Ela em sí, continua horrorosa
, só melhorou graças ao talento do cirurgião plástico!
todo mundo se fudeu, por causa dessa merda que todo mundo fez ela virou uma dessas galinhas famosas, que nao tem nada do que fazer e só quer saber de dar e mais nada ¬¬
E agora, Milton?
O que você acha agora?
A Geisy provou finalmente ser uma piranha oportunista.
Posou nua…
Deixou de estudar…
Continua escrevendo e falando mal…
Bateu na porta do Gugu em vez de pegar as folhas amarelinhas de emprego…
Namorou um cearense que parecia que tinha contato com a Record…
Desmanchou porque não conseguiu nada…
Mentiu sobre gravidez…
E agora, Milton????