Porque hoje é sábado, ciúmes de Luiz Carlos Merten

Em primeiro lugar, devo dizer que Merten é, em minha opinião, o melhor crítico de cinema de nosso país.

Em segundo lugar, devo dizer que o considero o melhor porque costumo concordar com ele, o que talvez não seja o critério mais honesto, apesar de ser o mais adequado…

Ele está em Cannes, realizando em copiosos textos a cobertura do festival para seu blog e o Estadão.

Até aí, tudo bem. Só que ele pediu uma entrevista com Juliette Binoche. Não ia dar, ela não ia ter tempo.

Depois, concederam-lhe 10 minutos, uma coisinha de nada.

Só que Merten conversou MEIA HORA com a deusa.

O desgranido garantiu ter sido um MOMENTO MÁGICO.

(Tenho a foto acima autografada pela própria. Presente de Fernando Monteiro.)

Vai tomar no cu, Merten! É óbvio que foi um momento mágico!

Por mim, ela podia vir até suja como na foto acima.

Porém, a deusa — que acaba de filmar Copie conforme com Abbas Kiarostami — está envolvida não só com gaúchos como Merten, mas com iranianos. Vejam abaixo seu sofrimento durante a coletiva que tratou da grave de fome…

… do cineasta Jaafar Panahi, preso no Irã. Uma lástima, né, Merten? Por que não a consolaste? Hein, animal?

(Kiarostami é o que está ao lado de Binoche, de óculos escuros.)

14 comments / Add your comment below

  1. Até eu fiquei com o coração partido de ver a Binoche chorando…

    Milton, vai pra Cannes na época do festival e insiste em entrevistar a Binoche! Alegue que você é um blogueiro muito famoso, crítico de cinema e literatura, etc. (Só tenho medo de como você se comportaria quando estivesse frente a frente com ela)

  2. O belo na Juliette é a simplicidade, o despojamento, a transparência sentimental. Ou isso é pura idealização? Não importa, as fotos falam e aos mortais cabe venerá-la. Ciúmes saudáveis, os teus.

    1. Acho que não é muita idealização, não. Ela se expõe bastante, inclusive politicamente e o que se nota é um esplêndido ser humano.

      Saudáveis? Não sei. Mantenho minhas ofensas ao Merten…

      :¬)))

    1. Não morro de amores pelo Abel, mas é um sujeito que eu entendo. Minha grande restrição a ele são as poucas oportunidades que dá aos jovens. Ele tem uma escala de valores muito rígida e que inclui respeito às biografias dos jogadores. Giuliano, Walter e outros seguiriam comendo a poeira de Alecsandros, Edus, etc.

      Para ter o grupo na mão, ele costuma matar os jovens.

      Mas é um cara vencedor e coisa e tal. Na verdade, eu sou futebolísticamente modesto e queria o Bielsa…

      :¬)))

      Abraço.

  3. Milton,
    porque hoje é sábado,
    por favor, me responda…

    ONDE ESTÃO OS PROFESSORES?
    by Ramiro Conceição

    Um preconceito é a prova cabal
    de que não existe o livre-arbítrio.
    É um mal já crescido; cuspido, lá,
    na face da infância então florida
    onde a inocência lambia a vida.

    Para curar estas nossas dores,
    a única solução – é a educação.
    Mas onde estão os professores,
    os seres verdadeiramente livres?

    Ai de nós, que desprezamos
    o sagrado, em nós, contido.
    Ai de nós, que corrompemos
    pequenos girassóis em risos…

    1. Excelente, Ramiro. Vou fazer uma correção naquele “o” singular antes de “seres”, OK?

      O preconceito é efetivamente um mal já cuspido.

  4. Milton. Que encantadora é esta mulher. Sempre que vejo seus filmes, fico encantada. Parece estranho, sendo eu mulher? Pode parecer para alguns, mas exatamente por ser do gênero busco em outras meu ideal e, na Juliete a suavidade é tudo. já fiz “ode” à Marilyn, pois ali residia a paixão em estado puro. Te acompanho nestes votos Até o próximol sábado. E não te “abordarei” mais no Parangolé.

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