Leitura de fim-de-semana

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Não por eu ter feito a entrevista, mas por ter um BAITA CONTEÚDO, vale a pena ler.

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13 comments / Add your comment below

    1. Bem, já que o Capitão
      não está na embarcação,
      por este fim de semana,
      façamos um motim
      à efêmera libertação!

      Quem é a favor, levanta o cotoco!
      Pô, Marcos Nunes, sem trapaça,
      o cotoco de baixo- não vale!

      Pô, Charlles Campos,
      Não vale as patas dos cachorrinhos…

      Não! Não! Caminhante…
      Não tem oferta nenhuma!
      Pô, abre a mão!

      Pô, Ao Mirante,
      Não vai votar?
      Volta! Volta!

      E, ai, Idelber,
      já escreveu a porra do livro?

      E você, Flávio Prada,
      não diz nada, porra?

      E você, Meg, cadê o “Ho Ho Ho”?

      E, você, Leila, aí, “nos esteites”
      Teu filhote tá bonito!

      E, aí, Eduardo,
      já pendurou o Sol no teu varal?

      E vocês todos, que de tão bêbado,
      não lembro o nome… Tão a fim
      duma insubordinação?

      Então, vamos a contagem de votos…
      Um, dois, três – Marcos Nunes, olha o cotoco -, quatro…:
      40 a zero!!!!

      Se fudeu-Se
      mi Capitan!

      Então, vão aqui dois poemas pra reflexão geral,
      só durante o final de semana…

      O CARA
      by Ramiro Conceição

      O cara mora na rua,
      mas não é um indigente.
      Seus trajes são decentes.
      Não está faminto.
      Não está sozinho.
      Sempre se dá bem
      com seus vizinhos.

      Até o girassol, que ele plantou, brotou.
      Mas o cara é estranho. Parece insano
      quando conversa com os passarinhos.

      Se triste alguém pena,
      o cara nada diz, apenas
      canta ao encantamento.

      Se alguém vem bufando,
      nada faz, continua a cantar.
      Mas se aparece um corrupto,
      cruz credo! o cara fica puto.

      Ah, ia esquecendo…
      Se Deus está com sono,
      ele – é o inventa-sonhos.

      Ele é o cara!

      O DANÇARINO
      by Ramiro Conceição

      Ele dançou…
      dentre fantasmas marítimos,
      que lhe revelaram as piratarias
      e as velhas humanas vilanias.

      O estranho é que as aparições
      choravam, a pedir perdão a ele
      que era incapaz de se perdoar.

      Na madrugada, rodopiaram
      em uma dança de vampiros.
      Ele adormeceu no vento.
      Elas no ventre do tempo.

      Quando o sol brotou,
      um menino o acariciou:

      “Por que estás aqui?”

      “Não sei”
      respondeu a Netuno.
      “Sou artista, e o existir
      é o decifrar da Vida.”

      Bem, cambada,
      como segunda-feira
      tudo volta ao normal
      então é bom ir treinando…

      Fifteen men on a dead man’s chest
      Yo-ho-ho and a bottle of rum
      Drink and the devil had done for the rest
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      The mate was fixed by the bosun’s pike
      The bosun brained with a marlinspike
      And cookey’s throat was marked belike
      It had been gripped by fingers ten;
      And there they lay, all good dead men
      Like break o’day in a boozing ken
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      Fifteen men of the whole ship’s list
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      Dead and be damned and the rest gone whist!
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      The skipper lay with his nob in gore
      Where the scullion’s axe his cheek had shore
      And the scullion he was stabbed times four
      And there they lay, and the soggy skies
      Dripped down in up-staring eyes
      In murk sunset and foul sunrise
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      Fifteen men of ‘em stiff and stark
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      Ten of the crew had the murder mark!
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      Twas a cutlass swipe or an ounce of lead
      Or a yawing hole in a battered head
      And the scuppers’ glut with a rotting red
      And there they lay, aye, damn my eyes
      Looking up at paradise
      All souls bound just contrawise
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      Fifteen men of ‘em good and true’
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      Ev’ry man jack could ha’ sailed with Old Pew,
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      There was chest on chest of Spanish gold
      With a ton of plate in the middle hold
      And the cabins riot of stuff untold,
      And they lay there that took the plum
      With sightless glare and their lips struck dumb
      While we shared all by the rule of thumb,
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!
      More was seen through a sternlight screen
      Yo-ho-ho and a bottle of rum
      Chartings undoubt where a woman had been
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      ‘Twas a flimsy shift on a bunker cot
      With a dirk slit sheer through the bosom spot
      And the lace stiff dry in a purplish blot
      Oh was she wench or some shudderin’ maid
      That dared the knife and took the blade
      By God! she had stuff for a plucky jade
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      Fifteen men on a dead man’s chest
      Yo-ho-ho and a bottle of rum
      Drink and the devil had done for the rest
      Yo-ho-ho and a bottle of rum.
      We wrapped ‘em all in a mains’l tight
      With twice ten turns of a hawser’s bight
      And we heaved ‘em over and out of sight,
      With a Yo-Heave-Ho! and a fare-you-well
      And a sudden plunge in the sullen swell
      Ten fathoms deep on the road to hell,
      Yo-ho-ho and a bottle of rum!

  1. Primeiro, uma explicação. Só estou a comentar hoje porque, desgraçadamente, não finalizei ontem uma tarefa que tenho que entregar no próximo dia 2, pela manhã. Estão, aproveitando que a Rachel também foi tratar de questões com alunos de pós-graduação, eu, desgraçado, acordei às 7 da manhã. Há pouco, de forma surpreendente para mim mesmo, dei o ponto final. Então, para desopilar, pensei, é, darei uma olhada no blog do Milton, vai ver ele já colocou lá suas mulheres nuas…

    Bá, bem melhor. A entrevista do André Luiz é trilegal. Pena que não será lida por muitos, pois não deve ser publicada na grande imprensa, e eu não sei a quantas anda a penetração (ahn?) do Sul 21.

    Como escreveu o Ramiro antes, reduz a pó os argumentos escrotos dos mais escrotos ainda direitopatas. Estou até aqui com essa gente e, de maneira menos específica, muitas das respostas do André eu mesmo ofereço por aí, mas a turma me olha como “é a mesma conversa de velho engajado numa visão de mundo que já morreu”, e coisas desse tipo.

    Esperarei Rachel voltar (só lá pelas 14 hs…) e mostrarei a ela. De imediato, pelo licença par levar uns trechos para o blog dela. Sei lá, são pelo menos uns 10 leitores a mais…

    Pode ser?

  2. Não sei se vocês perceberam, mas a palavra mais presente no texto é FHC.(É a tradicional neurose sintomática compulsiva de ser eternamente oposição?)
    Ahmadinejad é ditador? As Farc são terrorista? Sim! Claro! Ponto final… Precisa ficar argumentando o que o FHC e o Serra acham disto? Quem eles pensam enganar??
    Errar no governo é sempre problema da oposição??? Que diabos de visão deturpada é esta!!! Me engana que eu gosto…
    Exercício de lógica petista:
    Você é petista? Não? Então, você é tucano.
    Você é tucano? Sim ! Então, você é de direita!?
    Você é Marina ou Plínio? Sim ! Então, você não existe!!!!
    Ramiro, em relação ao post anterior, quando Obama começou, também tinha o mesmo nível de aceitação da Marina até bater a poderosa Hillary Clinton, aí ….bom, depois você já sabe o final .
    Pense, reflita ,acredite e …Principalmente Coragem !!!!
    Basta!!!!Marina neles!!!!!!!!!!!!!!!

    1. Querido Benedito, gostaria que fosse…
      Porém, sem qualquer presunção, por favor, acredite, sou professor de termodinâmica clássica, mas já me atrevi a estudar a termodinâmica estatística – não tem jeito o micro bate com o macro! Ou seja, não há neste instante, qualquer chance da Marina reverter o atual quadro histórico. Isso não é nenhum descrédito, ao contrário, e o compreender dos processos vitais e sociais da Vida!

      1. em tempo ainda:
        prezado Benedito, o imediatismo é uma questão ideológica, isto é, nos foi ensinada pela classe dominante (Marx não morreu!), porém os processos históricos “amam” e “respeitam” o tempo…
        Agora é a oportunidade histórica de ensinar às novas gerações que o mais apto não é aquele que interessa, o que interessa é a evolução da espécie (somos num milagre gigantesco à consciência da vida oriunda das estrelas…). Então como pensar em segundos, dias, anos ou décadas?

        CHEGOU O TEMPO DE SE PENSAR-SENTIR EM ERAS!!!!!!!!!!!!!!!!

        1. Caramba Ramiro,Desculpe minha ignorância, mas do pouquíssimo que eu entendi não compreendi nada.
          Isto é termodinâmica ou porque é sábado?

        2. Prezado Benedito,
          vou lhe responder duma maneira holística,
          que deverá fazer parte do Partido Verde
          nas próximas décadas
          (não penso-sinto mais imediatamente…).

          O IMPERADOR
          by Ramiro Conceição

          Completo de vontades,
          o bem-te-vi gargalhou
          nas tempestades…
          Qual imperador sem império
          ao Mistério legou a sua Arte.

  3. Caro Milton,

    Conhecedor de Dostoiévski como és, dê essa dica para nós, pequenos mortais, que ainda não o leu por inteiro: há algum tradutor melhor que o outro, alguma edição mais nobre, ou tudo dá no mesmo? Gracias!

  4. Engraçado a omissão à DITADURA militar. Porque, a bem da verdade, o sujeito é obrigado a citá-la para afirmar que a simpatia por ditaduras islâmicas começou com os milicos do Geisel. Mas como fica chato um verdadeiro “progressista” admitir afinidades com genenrais (e como elas existem, né?), o nosso “analista” paga pau não tem dívidas, e se refere apenas ao período em que isso aconteceu, sem sujeitos – ou seja, na décade de 1970. Haja malabarismo, haja hipocrisia, haja mentira, argh.

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