Gilmar Mendes volta a assombrar o país

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Com uma conduta digna de um aluno qualquer da 5ª série de primeiro grau, Gilmar Mendes interrompeu ontem a sessão do STF que estava decidindo pela não obrigatoriedade de que os eleitores mostrassem dois documentos na hora de votar. O placar era de 7 x 0 pela não obrigatoriedade, mas com o pedido vistas, Gigi pode enrolar a decisão até segunda-feira, sem sofrer punições, pois o prazo está definido no regimento do STF.

É uma coisa divertida essa de pegar a bola do jogo e voltar para casa porque mamãe chamou para o banho. A mamãe, segundo descobriu-se hoje, é careca e atende pelo nome de José Serra. O candidato tucano, que será derrotado provavelmente no primeiro turno, quer divertir a turba com um segundo. Como? Vejamos: ele sabe que são exatamente os eleitores de menor renda e escolaridade os que costumam andar por aí sem lenço e sem documentos e as pesquisas que sussurram nos ouvidos de Serra que os pobres estão em esmagadora maioria com Serra. A matemática fica simples: dimunuido os eleitores de Dilma, talvez tenhamos segundo turno, certo?

Dizer que Gilmar é um filha-da-puta de um traiçoeiro é chover no molhado. Ontem, quando vi que ele deitaria seu voto em certamente copiosas palavras, como sói acontecer com esta estranha gente, fiquei aliviado, claro: afinal, a coisa ter chegara ao insidioso num 0 x 7 irremediável. Irremediável uma merda! Após o telefonema de Serra, Gigi agiu rapidamente, puxou o fio da tomada e mandou todos os togados pra casa. Simples assim.

(Vocês viram a sessão? Viram as pernas que apareciam atrás daquele barbicha mais jovem? Viram as pernas daquela mulher? Pois olha, eram per-fei-tas! Foi a única vez que eu torci para que um juiz não calasse a boca).

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9 comments / Add your comment below

  1. Tudo errado. A lei aprovada pelo PT e sancionada pelo Lula no ano passado, segundo o princípio da anualidade (viu só?) determina que o eleitor deve apresentar documento oficial com foto (por que o título de eleitor não tem foto?). E o PT, na última hora, resolve ingressar com ADIN no STF, porque cochilou na edição da lei. E ontem, depois de 7 a 0 (se eu fosse ministro votaria a favor do PT) o Serra liga para o Gilmar, que gosta de ser polêmico. Tudo isso é típico do Brasil. Este país precisa mudar.

  2. O PT foi o partido que mais se empenhou para a aprovação dessa lei, pois dizia que votar sem documento com foto permitiria a fraude na eleição. Agora, o PT vem dizer que a lei não presta por puro oportunismo eleitoral. Eis um exemplo de casuísmo típico dos tempos da ARENA. E ainda se dizem os representantes da ética na política. Lula chegou a dizer que ninguém tem mais ética do que ele. Essa é para dar risada. KKKKKKKKK!

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