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  1. Reflexões

    1)Uma daquelas famosas de Paulo Francis:

    “A genialidade de Van Gogh está no fato dele não saber desenhar”.
    (A frase não foi bem essa, mas esse o conteúdo exatamente).

    2) Milton, uma grande dúvida: você tem certeza de que Van Gogh era daltônico?

    Li “Cartas a Theo” umas 4 vezes e ficou a sensação de que Van Gogh possuía extraordinária memória visual. Em algumas cartas, o pintor relata ao seu irmão detalhes assombrosos sob as cores que vira num determinado quadro que lhe agradara. Detalhe, o intervalo de tempo entre o visto e o comentado era, às vezes, de meses, creio que até de anos. Van Gogh era uma ambulante enciclopédia de quadros e cores (creio…).

    3) Certa feita, estava parado diante de um farol vermelho na avenida Faria Lima. Pensava-sentia a poluição visual quando, de repente, notei uma espécie de luz que saía de um emaranhado de fios; sim, era o amarelo inconfundível pulsando numa reprodução perdida, no meio daquela estúpida selva de cartazes. Lembro que tomei um susto e gritei: “Van Gogh!”. Por instantes, fiquei numa espécie de transe… Até ser achincalhado pelas buzinas insistentes dos animais civilizados que pediam passagem, pois o tempo ficara verde…

    1. John Dalton,
      além de pai da teoria atômica, definei a “cegueira de cor”.
      Ele viveu da segunda metade do século XVIII em diante, logo o daltonismo já era bem conhecido.
      Eu vi, no museu Van Gogh, em Amsterdã, uma explicação de como o daltonismo influenciou-o.

      A frase do PF esta recheada de galhofa, mas o proprio VG acreditava nisto.

  2. Eu sei lá. O que sei é o que a maioria dos livros dizem. Paciência.

    Aliás, o Uderzo, desenhista do Asterix, tb é daltônico.

    “Desde a morte de Goscinny (1977), Albert Uderzo, hoje com 82 anos, é o responsável pela continuidade de todos os projetos. “Trabalho com uma equipe valiosa há mais de vinte anos e tenho outros desenhistas para me ajudar”, conta. “O grupo Studio 56, situado no norte da França, se ocupa de colocar cores dos livros, já que sou daltônico”.

  3. Acho que uma das coisas mais lindas que já vi é o quadro do par de sapatos surrados, de Van Gogh. Nada diz tanto sobre a condição humana, sobre a fragilidade e… em contraponto, a resistência.

    Se fosse chegado a tatoagens, faria uma reprodução desses sapatos no braço.

  4. Na juventude Van Gogh desenvolveu um fanatismo religioso que foi mudando de cor até se transformar em um fanatismo pela cor. Chego a pensar que seu daltonismo foi autoproduzido para lhe permitir criar nuances entre as tensões cromáticas sujeitas pela linha.

  5. DE PÉ
    by Ramiro Conceição

    Inventar DE PÉ, mesmo quando deitado e derrotado por esse mundo vil. Sim, trabalhar DE PÉ ao Amor, mesmo quando for somente uma longínqua esperança. Sempre estar DE PÉ diante das ditaduras, diante do Sagrado e, principalmente, diante de sadomasoquistas religiões ajoelhadas. DE PÉ, cantar à Vida, à Poesia, quando for o tempo da hipocrisia. DE PÉ, escrever mais e mais, principalmente diante do “nunca mais”, porque a eternidade é bastante, mas a mediocridade não basta.

    PS: essa prosa fará parte do ‘JARDIM DOS CASTANHOS’ . Ela começou lá, nos azulejos do Charlles Campos…

  6. E ninguém vai falar sobre a Teoria do Desopilamento, aquela síndrome terrível associada ao daltonismo em que os pacientes sentem uma inexorável vontade de procurar parceiros de mesmo sexo após as relações sexuais eventuais?

      1. Vamos lá.
        Daltonismo é uma falha na percepção de cores.
        As cores correspondem a diversos comprimentos de onda. cada um é uma cor.
        Assim um daltonico tem dificuldades com tamanhos.
        Onde é muito pequeno, ele fala em extra grande.

        1. Mas, Branco, acho um tanto leviano da sua parte tratar a questão assim, na bruta. Nas árduas e profícuas pesquisas que fiz sobre daltonismo, descobri que o acompanhamento psicológico que se faz ao paciente se estende a toda a família. As esposas são aconselhadas a alimentar a ficção de proporções que oblitera a visão do portador sobre suas próprias realidades orgãnicas, assim como os amigos de futebol fingem compreender o porque o daltônico fica a quase um metro de distância do mictório (sendo que pela constituição lhe dado pela graça divina, teria mesmo que se aproximar da boca de cerâmica odorizada de eucalipto para evitar o fatídico “pingo na cueca”, como falam vcs leigos). Não sei se vc já viu, mas a indústria nacional de preservativos masculinos está obrigada, desde 2007, pela portaria n° 617/27, do Procon, a produzir camisinhas especiais para daltônicos. Ela vem com todas as embalagens assinalada “Tamanho Único Extra GG”, desenhado na forma de Ishihara, mas seu tamanho real é tão outro, que o exército revolucionário da Líbia encomendou 600 toneladas do Brasil para serem usadas pelas mulheres na limpeza dos cartuchos das pistolas 360. É por que são as únicas que cabem no dedo mindinho das colaboradoras.

        2. Caro Charlles,
          sempre tão profundo….
          Na realidade, um estudo realizado entre os daltônicos em Ulan Bator mostrou que eles não ficam a uma certa distância do mictório por causa do alegado tamanho do pênis.
          Sempre há uma parede lateral separando mictórios adjacentes. Assim, os Dalto afastam-se para melhor poder enxergar o seu vizinho.

  7. Charlles,
    a teoria é muito simples. Tudo começa pela famosa lei de Dalton, ou seja:

    Pi = xi.P

    Onde: Pi era o tamanho real do próprio pau, que Dalton media tristemente, efetivamente, durante a experiência dum banho qualquer; P era o tamanho do pau idealizado por Danton, que acreditava ter a priori de qualquer banho; e xi é uma fração da realidade, com valores transitáveis entre 0 e 0,0001.

    Logo, o daltonismo é o paroxismo entre o idealizado e a realidade.
    Depois de décadas de sofrimento, Dalton transladou tal observação experimental para o caso de misturas de gases ideais, isto é, naquelas em que, por hipótese, todas as moléculas não interagem entre si. Enfim, propôs a sua lei fundamental:

    Pi = xi.P

    Onde: Pi é a pressão parcial de um gás i, numa mistura de gases ideais; P é a pressão total do sistema; e xi é a respectiva fração molar.

    c.q.d.

    1. Tens razão,
      vamos com calma se não ele terá crises de auto-estima. Terminará quebrando a coluna devido a uma auto-felação mal sucedida por não encontar o objeto.

  8. Essa semana me disseram numa aula de História da Arte que o lance das cores com o Van Gogh é que ele era (muito) fã de absinto, daí o amarelo, o verde e tal.

    1. Não, não, não, Nadia!

      Intriga da oposição. Van Gogh só gostava de um golezinho de 40 litros de vinho por semana. Daí nasceu o conceito de visão turva que imperou e impera, até hoje, nas artes-plásticas. Fontes seguras asseguram que o fatídico tiro ocorreu quando Van Gogh, ao cortar a orelha, teve a visão apocalíptica do que seria a SP Fashion Week, que viria para ficar e abalar as estruturas da moda universal no XXI.

      Não há mais qualquer dúvida de que aquele bando de urubus – do último quadro – anda vivinho da silva.

    1. Caminhante,
      o universo masculino tem algo interessante que as mulheres não alcançam (claro que há o contrário, também).
      Por exemplo, jogamos um partida de futebol onde quase nos matamos e depois, no vestiário, ainda bricnamos um com o outro: Viste o pontapé que te dei? Sim, doeu (risadas…).

      Branco
      (ouvi isto de uma mulher )

      1. Exatamente isso. Como as brincadeiras do Dr. House com Dr. Wilson (se até o Milton conhece essa série, acho que posso citar) – muito divertidas entre homens, mas que se repetidas com mulheres criariam uma inimizade eterna.

        Só tenho irmãos e brincava com meninos o tempo todo, então sei bem como é. Mas aí a adolescência chegou e eles (ou vocês) nunca mais conseguiram me olhar como um igual…

        1. Por isso que igualdade deve ser para direitos e deveres. A diferença é que é interessante.
          Realmente, nunca vi uma mulher se comportando assim. por outro ladoe ficamos constragidos na presença delas. É um fator cultural, suponho.
          Talvez, também por que meninas cresçam mais depressa que meninos (crescemos?).
          Não sei, algum analista, sociólogo, antropólogo ou charlatão para dar um palpite?

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