Alguns negam que haja perseguição aos ateus, porém…

… a professora de matemática que me enviou o belo banner abaixo, dá aulas numa escola de Porto Alegre e disse que estaria demitida se o publicasse em seu blog ou Facebook. Então, enviou-o para mim, que não tenho possibilidade de perder minha renda por ser ateu.

Achei-o tão bom que estou com vontade de fazer uma camiseta com ele.

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  1. Mas é uma escola religiosa? Já soube de professoras que tinham que usar saia, em qualquer época do ano, porque davam aula em uma instituição tradicional. Morriam de frio no inverno (meia calça nada pode contra o vento, sem estar coberta), mas eram as regras. Assim como ausência de decotes, cabelo preso e várias detalhes.

    Não sou a favor, mas algumas instituições são assim. E você chamar as pessoas de estúpidas é sempre agressivo.

  2. Frequento e trabalho diariamente em escolas, confessionais e laicas. Particulares. O pessoal sem credo (movimento ChôDeus) ou está muito mal informado ou não sabe gerenciar sua política pessoal.

  3. Peraí, peraí (estou tomando a segunda taça terapêutica de vinho e ouvindo Mingus em Antibes [ter amigos mortos não contam, espero], e com muito tempo livre), então: essas campanhas de ateus contra crentes são enternecedoramente ingênuas e absolutamente ineficazes. Não é por eu não ser ateu, ou ser um ateu que duvide, mas vcs esperam mesmo que um batista que está voltando da igreja, com o cabelinho engomado e o terninho comprado numa promoção de dias dos pais, ao se deparar com esse cartaz, vai fazer igual Paulo fulminado pelo anjo Gabriel, e se converter? Vai, ali mesmo na esquina, rasgar a bíblia e, num ato de sandice iluminda, invadir uma livraria e roubar a coleção completa do Richard Dawkins? O “tolo”, eufemismo delicado para o “stupid”, já está até predigalizado nas escrituras, tornado adjetivo agraciado, “os loucos de Deus”, os “tolos de Deus”.

    E essa propaganda revela uma certa covardia de não tomar frente radical na batalha. Fica meio assim bater com luva de pelica. É ainda mais ambígua e subliminarizada de gentileza que o jargão do Dawkins “deus pode não existir, então aproveite a vida”. Uma cruz, uma meia lua, e uma cruz de Davi. Que coisa singela! Vocês tem que partir para uma apelação legítima ou esquecerem o assunto. Ou começam a chamar crentes de filhodeumaputa, ou então vão jogar carteado ouvindo Charles Aznavour e desistam do tema.

  4. Cara, eu ouço quase todo o dia o Ricardo Boechat na Band FM, falar em seus comentários da sua condição de ateu, com uma sobriedade, uma superioridade e uma clareza que não deixam margem a crítica alguma de parte de qualquer religioso…

    Num dia desses, o Milton postou um vídeo com diversos homens e mulheres que fizeram sua vida e produção humanísticas, afirmando não acreditarem em Deus. Pessoalmente, gostei. Só me resta respeitar. Vivemos num período de mudanças e (como sugere o Charlles) tem de haver um confronto de ideias.

    Essas camisetas e comentários jocosos soam tão pobres, infelizes e sombrios, como as imagens dos bispos antiquados e despreparados.

    Quem sabe uma TV ATEIA ou uma Rádio CHÔDEUS FM pra divulgar essas bobagens?

    1. Apenas coloco aqui minha opinião sobre o Sr. Ricardo Boechat, este sr. ataca sempre que possível a igreja católica, só que o mesmo esquece que a Band News e a TV Bandeirantes possuem uma gama considerável de ouvintes e telespectadores católicos.

      O grupo Bandeirantes poderia observar isso, pois já não tenho mais interesse em acompanhar a programação das emissoras do grupo, pois o Sr. Boechat sempre é muito jocoso com os temas católicos.

  5. Pedro, os ateus perdem o foco de maneira fácil demais. Sou a favor do combate às igrejas. Na minha cidade, que padece de crise econômica perpétua (retrato das demais cidades brasileiras), está lotada de igrejas evangélicas, mas lotada mesmo, pois é fácil arrebanhar desgraçados que não tem o que dar à familia, e se vinculam fanaticamente à promessa de que deus lhes garantirá o sustento à proporção do minguado dinheirinho que darão à igreja. Ateus, combatam isso, até me vincularia a vocês e usaria até todas as camisetas ternas de chôdeus que vocês propusessem, se voltassem com coragem contra a raiz do problema, contra a igreja do bispo Edir Macredo e demais correligionários. Mas olha só como é o Brasil: como o bispo Edir Macredo está coligado ao PT, há um enorme mutismo compensado pela crítica constante contra a pedofilia e demais demonismos da igreja católica, não considerando que a igreja católica está anos luz atrás das novas técnicas de corrupção midiática das igrejas pentecostais que compraram Lula, Dilma e demasias. É muito fácil e conivente ser ateu nesse país.

    1. Grande Charlles.
      Sempre direto ao ponto. Por que atacar justamente as tradicionais? Aquelas que não fecharam com políticos?
      Branco
      PS.;
      Sou agnóstico. Como dizia Agostinho de Tagasta (viraram-no santo) não adianta querer crer mas poder crer. Aí está o meu ponto.
      Mas, como todo agnóstico, respeito a todos, pois vá que um deles esteja certo? Já ateus são como crentes: todas a crenças estão erradas exceto a minha.

    2. Excelente! Colocaria como adendo: até os padres pouco preparados (alguns, com crônica falta de luzes) que são formados na Igreja Católica.

      E quanto ao PT, acho que vendeu sua alma! Salvo algumas sólidas exceções.

  6. O ateísmo não é uma religião.
    Esta é uma afirmação de alguém que disse que “calvície não é cor de cabelo”…

    Se não é uma religião, logo é uma crença. Sendo uma crença, penso que, tanto para quem acredita ou não em alguma entidade divina, há um risco de se praticar extremismos, tanto de um lado como de outro.

    Acho que esta mensagem cartaz incorreu no mesmo erro das campanhas das tesourinhas da Mônica: “eu tenho, você não tem” (ou, neste caso, “eu não tenho, você tem !).

    Fundamentalismo é ruim, não importa o lado. E cuidado com o WAR: We are right…)

  7. Todo mundo gosta de falar que a defesa do ateísmo, ou o ataque dos ateus aos religiosos, é infantil, ingênua, contraproducente e sei lá mais o quê. E a defesa de um conto da carochinha como verdade transcendental é o quê?

  8. Conto da carochinha é exatamente como um aluno de quinta série enxerga as histórias criacionistas bíblicas. E eles não são tolos, fazem questões e perguntam com ótima argumentação.

    Há uma nova geração que busca deforma racional dirimir estas questões. E o transcendente é muito pessoal, se sente apenas.

    Só achei muito tola a camiseta.

  9. O “tolo” vale desde quando? Desde nossa década brilhante e intelectualmente superior ou já vale desde Bach, Newton, Haendel, Pasteur, Copérnico, Haydn, Dostoiévski, Tolstoi, C.S. Lewis, Messiaen e outros grandes que não eram ateus?

    Perseguição aos ateus? Já vi que ateus e crentes temos uma coisa em comum: a mania de perseguição.

    Pelos exemplos que ateus militantes deixam escapar, me convenço de que eles odeiam não o cristianismo (porque não querem perder tempo em conhecer), mas o estereótipo do cristão. Curioso como sabem dividir ideias políticas em mil variáveis, separar escolas e autores da literatura, da música, da economia, discernir os fragmentos atômicos, compreender as miríades de distinção celulares, mas não se dão ao trabalho de notar as diferenças entre as tantas igrejas que se dizem cristãs.

    O ateu brilhante e militante adoraria viver num mundo sem religião. E claro, só banindo-a. Se for com boas doses de esclarecimento regado a humor sardônico e de risinho “olha como eles são tão intelectual e moralmente tolinhos”, ainda dá pra aguentar. Mas não foi com ironia e sarcasmo que Stalin mandou fechar a mente do povo para a religião.

  10. Felicidade minha e de meus filhos podermos rir (ao ver esta charge na internet), sem sermos julgados pela “inquisição”… Na internet existem argumentos prós e contras a existência de deus… Fui teísta até alguns anos atrás… mas sucumbi à quantidade de irrepreensíveis argumentos ateístas… HOJE SOU ATEU… Obrigado, internet, você me deu, e dará às próximas gerações, informações para que possamos tomar decisões sem preconceitos antiquados…

  11. A MEU VER, intuindo que a pessoa professa aquela crença em que, por razões de foro íntimo, se sente bem (inclusive a IURD), vejo um quê de intolerância nessas quase “disputas”! Intolerância de lado a lado. Autoafirmação do ego coletivo? Não sei. Só sei que todas as crenças podem conviver, se não em harmonia, ao menos civilizadamente. Bastando que a isso se aplique a regra do “respeito às diferenças”.

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