Mais um Festim Diabólico

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Foi a comemoração atrasada do aniversário da Claudia. Vamos a algumas fotos. Fico sempre achando que ficou gente de fora das imagens. E pode ter acontecido, sim.

A comida estava demais… Nunca tinha provado o tal do locro.

Como consequência, houve gente que dormiu em pé (Augusto Maurer e Astrid Müller).

Que dormiu deitada (Heloísa Marshall).

Que chorou (Claudia Antonini com Augusto ao fundo).

Que fez arte (Vladimir Romanov).

Que trouxe arte de presente (escultura trazida pela Caminhante).

Que se dedicou apenas à arte. (Minha experiência mostra que todas as mães têm um pouco de vergonha do que seus filhos são capazes. Besteira pura.). Estrelando Nikelen Witter e Miguel Witter Farinatti.

Que teve os olhos vazados para que não dançassem (Astrid e Caminhante).

Que ficou feliz apesar das trevas (Caminhante com Elena Romanov ao fundo).

Que conversou (muitos).

Que ficou esperando beijo (Claudia e um bobão).

Que não parava de mentir (Milton e Guto “Antes faça mal que vá fora” Farinatti).

Que deixou a gente muito feliz (Vladimir e Elena Romanov). Destaque para os sorridentes Chico e Rovena Marshall.

Que também tocou demais (Alexandre Constantino).

Que comeu pra caralho (Dario Bestetti).

Que riu, ora (Helen Osório). Olhem a hora.

Que disputou sobremesa (Lia Zanini e Marcelo Delacroix).

Intermezzo (ou Serenata de Haydn): ufa, cansei de iniciar frases com quê.

Mais uma foto dos autenticamente queridíssimos Vladi e Elena.

Augusto, Astrid e a Caminhante conversam.

Laura Marshall com a Claudia ao fundo.

Helen e minha irmã Iracema.

Alexandre Constantino dá enorme atenção à Liana Bozzetto.

Laura, Sylvio e Cláudia Guglieri — a última prepara-se para dormir, como sempre.

O presente da Helen era lindo, parecia algo não vivo, sei lá. Cardamomos?

Augusto Maurer, já emburrecido pelos excessos, toma seu chá de boldo com Alexandre Constantino.

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35 comments / Add your comment below

  1. “Nós te amamos, Claudia”

    O sucesso dos festins diabólicos está, sem dúvida nos anfitriões. Que sabem misturar as pessoas, que hospedam como ninguém, que oferecem uma comida deliciosa, que vão do erudito ao popular com a maior facilidade, que fazem todos se sentirem amados… ufa, eu cansei de usar Que também.

    Minha grande falha nessa estadia foi não ter levado máquina fotográfica para tirar fotos com vocês (a dos cachorros será providenciada sem maiores problemas) e o casal de Santa Maria. Espero que isso obrigue o universo a me colocar aí de novo.

  2. Caramba, Caminhante! Realmente vc é linda, mulher!

    Como sempre, um festim de dar inveja. Se o Ziraldo e o Millôr já não tivessem pensado nisso, eu diria que se trata de uma dessas festas antíteses da revista Caras. Deveria aparecer na “Bundas”.

    “Quem mostra a bunda em Caras, não mostra a cara em Bundas.”

    1. Falamos bastante em ti, Charlles. Ninguém consegue repetir de memória o nome da tua cidade, só olhando nos e-mails… Calma, só falamos bem de ti.

      1. Hahahaha. Bom que seja assim (não conseguir lembrar o nome da cidade), assim mantêm melhor a condição incógnita (ia escrevendo “incognicismo”, mas na certa essa palavra não existe).

        Mas é Itapuranga. Fica entre um variado número de cidades que repete a tradição latino-americana de dar quase o mesmo nome aos filhos. Por aqui tem Itaberaí, Itauçu…e por aí vai.

        Bom que tenham falado de mim. Não senti a orelha formigando, então devem ter falado bem.

        1. Obrigada, meninos. E eu que estava reclamando das fotos… (“Você sempre acha que saiu horrível nas fotos, sempre” – Luiz)

          Charlles, eu acho que a tua cidade deveria mudar o nome pra Itabiboca, porque é muito mais fácil de guardar. Ou você deveria sair daí de uma vez e vir pro sul. Nós estamos em maioria…

  3. Milton, que coisa interessante: visto-me tal qual você, inclusive com um par de sandálias muito semelhante… No Instituto, durante algum tempo, estranhavam. Hoje em dia, vou assim às reuniões e/ou às aulas; parece que já se acostumaram (ao menos, aparentemente…).

    1. Sabe? Normalmente não me visto com aquele tipo de sandálias. É que tinha chutado um baú pela manhã e meu pé estava inchado, inadequado para algo mais pesado. De qualquer modo, acho simpáticas as formas despojadas de vestir.

    1. Obrigado, Farinatti. Ainda vamos aí. Sou meio que obcecado com as belezas que vejo nas regiões do sul, mas só fiz uma visita, e há muito tempo. A Dani já deu um ultimato delicado de que, assim que a Júlia crescer mais, TEMOS que fazer uma viagem. E nós dois coincidimos em procurarmos climas mais amenos.

      Não só a Caminhante, que realmente é a maior gata (não falei que ela se inclui nesse tipo de mulher que “abomina” que lhe tirem fotos, mas ai de quem não o fizer!!!), mas todos aí do bunker estão maravilhosamente belos (não entendi porque as fotos saíram assim meio desfocada: propositalmente?). Você mesmo parece ter dez anos a menos do que diz. E, acho que nos daríamos muito bem, você tem o fenótipo de um grande amigo meu, parece muito mesmo com ele.

      1. 10 anos a menos, ok… te devo uma grana em agradecimento!
        E venham mesmo!

        Sobre o “bunker”, acho que as fotos enganam, assim como a cor escura das paredes. A casa do Milton tem sempre janelas abertas à frente (onde se vê as árvores da rua) e uma sacada no fundo. Nessa sacada (quase um pequeno terraço), tomamos café da manhã na segunda-feira, com o pátio a nossos pés, onde há uma “ramada” de videiras que faz uma sombra onde seria possível colocar outra mesa para refeições, ao ar livre (sugestão, Milton), além da qual se localiza a Edícula. Ou seja, há amplitude para ambos os lados.

        1. Ô, quem me dera ter um bunker desses…

          Eu digo bunker, porque até agora, que vc me esclareceu, eu achava que se tratava de uma confortável sala subterrânea (tá bom, vi as janelas, mas elas não chegaram a cobrar coerência dessa minha liberdade poética). E o clima aconchegante, algo velado, alimentou essa fantasia.

          Outras das ideias fixas que tenho a respeito do Milton é ser ele um magnata que passa a maior parte de seu tempo em sua piscina térmica.

  4. Para um futuro Festim Diabólico, no jardim dos Ribeiros…

    O CIRCO DO ESPANTALHO
    by Ramiro Conceição

    Entre tropeços, trapaças… e mil beijos,
    costurei os pedaços do meu espantalho.
    Mas os pássaros teimam em fazer a festa
    à volta dos meus cabelos… Sou um palhaço
    de um circo cálido: um espaço onde Picasso
    brinca, a encantar Portinari, enquanto Einstein
    lança pedrinhas ao vento e Garrincha ri… ao tempo,
    pois deixou Van Gogh a procurar o amarelo num gol
    dourado de Pelé, num sonho de Pessoa que, bêbado,
    dorme até a hora da chegança de Caeiro com os seus
    carneiros a balir entre os dentes os poemas de Dante,
    de Goethe, de Poe, de Rilke, de Bandeira, de Whitman,
    de Drummond, à colossal manhã provisória do mundo.
    Nietzsche acaricia o bigode. Shakespeare… não mata ninguém
    e Dom Quixote deixou Dulcineia a Camões que não é, só, zarolho.
    Marx penteia a barba e os cabelos…Dostoievski abrasa as batatas
    que Machado colheu. Sócrates cutuca Platão, pois Freud está feliz…
    Enquanto Joyce, Homero, Bach, Lennon&McCartney preparam
    o cancioneiro para Beethoven que, pela primeira vez, irá ouvir
    e para Clarisse que – quase completamente – ri… plena de si.

    1. E quando chegasse a futura madrugada em que os deuses estivessem adormecidos em nossos colos, então começaria a revelação que é sempre bom lembrar…

      DOR QUE MÓI
      by Ramiro Conceição

      O fim do amar… é desvencilhar-se
      duma dor que mói, não se sabe onde,
      que zumbe… parecendo pouco,
      mas que ensurdece… e deixa louco.
      É um batuque a bater… no centro:
      um triste-alegre… ao mesmo tempo.

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