A palavra russa acima tem o seguinte som: “parassionak”. Eu lhes digo que é um belo som. Vamos conferir lendo-a novamente e dizendo bem alto: “Parassionak”. Imagine o parassionak de seu país. Parece um grande personagem que ocupa uma presidência qualquer ou um cargo especial no STF. Ou talvez seja um aiatolá, sei lá. Imagine o parassionak de sua cidade… Será certamente alguém a ser saudado com fanfarras e que mora num palácio.
E se fosse a representação fonética de uma coisa não viva? Neste caso, certamente seria um transatlântico ou um gênero de limusine. Quem sabe o último modelo da Ferrari? “Hoje vi uma Parassionak B3, parece uma nave”.
Pois então você joga migalhas de pão por toda a cozinha e é chamado de parassionak. Bá, quanto orgulho senti! Eu, logo eu, um parassionak! E perguntei o que significava.
Sim, parassionak é apenas “porquinho”. A fonética é muito enganadora.
Mas gremistas, saibam: “azul”, em russo é “голубой”. A pronúncia é “galubói”, uma palavra de som horrível! Aqui, a fonética volta a revelar-se genial.
Já vermelho é “красный”, “krássny”. Digam bem alto: “Krássny”. E voltei a me apaixonar pela fonética. Tudo bem, sou um porquinho.
As palavras são a mais bela criação humana e nunca, NUNCA, têm relação direta com seu significado. Seu texto é uma aula de Lingüística! Bravo!
Com o parassionak a gente percebe que só o K tem o mesmo som…
Milton,
поросенок
не кабан.
Рад!
Com a minha vastíssima proficiência em russo,
quis dizer:
“Porquinho
não é javali.
Ainda bem!
E você sabe se, na etimologia russa, “Krássny” também vem de “verme”, como em português? [;)]
Mesmo?