Bom dia, Diego Aguirre (com os gols e melhores lances da decisão)

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Campeão após instalar a meritocracia: 8 jogadores da base em campo
Campeão com 8 jogadores da base em campo: meritocracia, afinal | Foto: Alexandre Lops

Aguirre, sou sócio do Inter desde os anos 70. Pago uma migalha do orçamento do clube, uma migalha de teu salário. Assim, como torcedor, tenho o mais pleno direito para criticar a ti e ao time, mas nunca embarquei nessa de pedir tua saída. Sempre identifiquei sentido e inteligência no que tu fazias, mesmo errando eventualmente. Porém, esqueça, é demais esperar um mea culpa daquela parte da imprensa que vinha todo dia encher o saco, pedindo tua demissão. Será que agora eles pedirão a demissão de quem perdeu para ti? Olha, espero que não, deixa como está.

Ontem, entramos em campo com oito jogadores saídos da base, não obstante o fato da direção ter contratado sete jogadores no início do ano. Mais fácil listar os que não nasceram nas divisões inferiores do clube: Ernando, Aránguiz e D`Alessandro. Acabou aquela coisa injusta do Abel, que escalava sempre os mais experientes a fim de “manter o grupo na mão”. Tu escalas mais de 22 jogadores a cada dois jogos e, na final, escalaste quem estava melhor. Correto.

Historicamente, agora são 406 Gre-Nais, com 153 vitórias do Inter, 127 empates e 126 vitórias do Grêmio. Os empates são os verdadeiros rivais do Grêmio. Em Campeonatos Gaúchos são 44 a 36. A vantagem é imensa. O Grêmio não ganha um Gauchão desde 2010. O último título “de verdade” do tricolor a Copa do Brasil de 2001, de 17 de junho de 2001. O Inter ganhou mais regionais nos últimos 5 anos que o Grêmio nos últimos 15. Mas a crise sempre persegue o Inter, vá entender a imprensa chefiada por David Coimbra.

O Gre-Nal de ontem começou fácil. O Grêmio vinha e nós contra-atacávamos. Com volantes pesados — grandes sucessos no século XX –, o Grêmio não conseguia evitar que nossos atacantes dessem logo de cara com os desprotegidos zagueiros gremistas. E nós passávamos por eles em velocidade. Fizemos 2 x 0 rapidamente, mas poderíamos-deveríamos ter feito mais. O gol do Grêmio, ao final do primeiro tempo, deu aquele cagaço típico do clássico; afinal, o empate em dois gols, daria o campeonato ao Grêmio. Só que o Grêmio não construiu NENHUMA CHANCE DE GOL em todo o segundo tempo, que foi um saco. As únicas oportunidades criadas eram as bolas alçadas na área e ponto final. O futebol do Grêmio parece a dos times ingleses de trinta anos atrás. É um time duro de vencer, mas que, para ganhar, depende apenas da bola aérea.

O Gre-Nal foi bonito. A torcida mista é uma grande sacada. Todos saem do estádio juntos, azuis e vermelhos. Apenas o espaço exclusivamente gremista, tomado por organizadas, tem comportamento violento. Ontem, quebraram 166 cadeiras e as mandaram pelos ares. São uns bobos. O Inter também tem os seus e todos têm de ser identificados e impedidos de ir aos estádios.

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