Uma mui distinta senhora, amiga de anos, escreveu no inbox do Facebook que teve uma caganeira durante o segundo tempo do jogo de ontem. Uma caganeira, Aguirre. Veja o que o futebol faz com as pessoas.
Vamos para o México com uma vantagem diminuta. Sabemos que tu gostas de contra-atacar, então tens aí uns dias para armar teu time naquele estilo Peñarol-like: fechadinho, saindo de trás rapidamente. O Tigres é muito bom time. Sabe armar e defender-se, além disso, faz tudo com fluência. O time é alto e forte. Sóbis e Gignac são estupendos lá na frente. Já Nilmar parece ter sentido a parada. Sua velocidade será fundamental em Monterrey. Eles vão vir para cima, mas têm que ser punidos por nossa velocidade.
Ao final da partida, vi muita gente brocha com a vitória por escassos 2 x 1. O fato do Tigres ter jogado 30 minutos com 10 homens e ter não somente segurado o Inter, como também criado boas situações, deixou-nos muito incomodados no Beira-Rio. Mas, pensem bem, eu acho que jogamos demais tendo em vista os jogos imediatamente anteriores dos chamados titulares. O que me preocupa é o preparo físico. Ao final da partida, o Tigres é que parecia estar em maior número em campo. Isto pode resultar numa calamidade se pensarmos que a partida decisiva das semifinais será jogada sob os 30ºC noturnos de Monterrey. Também não entendi o ingresso de Rafael Moura. Se tínhamos 11 contra 10, não era hora de botar um centroavantão. Era hora de tocar a bola.
Mas o bom do futebol são as eventuais caganeiras, a absoluta indefinição que acaberá apenas na quarta-feira. O jogo decisivo é talhado para teu estilo, Aguirre, mas jamais diria que somos favoritos para passar. Muito pelo contrário; se passarmos, vou ficar tão agradavelmente surpreso quanto fiquei com aquele gol de Giuliano contra um Estudiantes muito superior a nós na Libertadores de 2010.
E o bom de ser colorado é ver confirmado nosso realismo nas redes sociais. Li várias pessoas dizendo que saíram do estádio com o gosto da eliminação da boca. Então, a única coisa que te peço é: surpreenda-nos, Aguirre! Boa caçada aos Tigres! Vá armado de forte marcação e fulminantes contra-ataques!
Os gols de ontem:
Futebol é uma coisa incrível.
Eu já tenho uma visão diferente.
Depois do início avassalador do Inter, paramos ao sofrer o gol e o Alisson virou herói. Já no segundo tempo foi o goleiro deles que trabalhou mais.
Mas concordo que o Nilmar está lerdo demais e não entrou no jogo.
Precismos treinar mais cobranças de falta. Aranguis e o Dale tiverem duas boas faltas e jogaram fora. Deveriam pelo menos ter dado trabalho ao goleiro.
Creio que faltou preparo físico no segundo tempo e o Aguirre tira quem mais corria, o Valdívia. Colocar o R. Moura aos 86 min é desespero. Escurinho só existiu um.
Quando liguei a TV, estava Inter 2×0, Uma surpresa. Em seguida, gol do Tigres. Comentários em casa: “mal começaste a ver o jogo, e o Inter leva um,,,” – quase desliguei. Então iniciou-se aquele show de balões. Bolas rifadas e quase nunca dominada. Concordo que frente aos resultados anteriores, o time rendia mais, e estava “aguerrido”. Neste sentido, foi um jogo disputado. Ambos procuravam uma marcação forte, o que não deixava tempo para pensar-se as jogadas, cometendo-se muitos erros e precipitações. Para quem almeja o título, o Inter precisaria apresentar mais organização e estabilidade. O time oscila. Entre uma boa jogada, segue outra abrindo-se a defesa ao adversário. Me coloco entre os pessimistas, concordando que o resultado ficou pequeno para enfrentar-se o sufoco que vamos passar em Monterrey. Torço,claro, que isto não aconteça.
Parabéns pelo comentário. Na mosca. Apenas uma ressalva. Achei que um jogador fominha, estilo driblador, como o Anderson ou Vitinho, ao invés do Sasha, daria melhores resultados, no sentido de romper a barreira que eles criaram em frente à área e uma alternativa aos toques laterais. Abs.