Passei no teste cardíaco. Apesar de tudo, sou eu quem está escrevendo agora. Agradeço ao Danilo Fernandes que nos salvou duas vezes — naquela cabeçada e no pênalti defendido aos 33 min do segundo tempo –, ao William e ao Dourado, de grandes atuações, e ao Vitinho, que sempre tira da cartola um 1 x 0 salvador. Ele teve frieza para matar o jogo no final. Jogamos mal, muito mal, mas tivemos sorte. Foi um alívio temporário. Falta bastante ainda.
Vamos ter que nos livrar da degola aos trancos mesmo. Errando passes, marcando mal., lutando muito e CONTANDO UMA TORCIDA INCRÍVEL. Como escreveu o Douglas Cecconello, “o troço mais paradoxal disso é que está muito massa de ir ao Beira-Rio ultimamente. Uma atmosfera de solidariedade: vamos carregar este lixo de time de qualquer jeito. Porque é isso ou a morte coletiva”. Exato.
Nesta altura do Campeonato não interessa mais quais foram os erros cometidos durante os últimos dois anos. O negócio é pontuar na marra. Precisávamos de 18 pontos em 11 jogos. Com as duas sofridíssimas vitórias por 1 x 0 contra Figueirense e Coritiba, agora precisamos de 12 em 9. E não me digam que nossa situação não melhorou. Há duas rodadas, a estatística dava 70% de chances de queda, hoje já dá 46%.
As nove partidas restantes são as seguintes. Entre parênteses, coloquei a ordem em que elas ocorrerão:
Jogos em casa: Flamengo (2), Santa Cruz (4), Ponte Preta (6), Cruzeiro (8).
Jogos fora: Botafogo (1), Grêmio (3), Palmeiras (5), Corinthians (7), Fluminense (9).
12 pontos são 4 vitórias. Ou 3 vitórias e 3 empates. Ou 2 vitórias e 6 empates, o que seria um filme de terror e nos desfavoreceria no caso de empate em pontos, pois o primeiro critério de desempate é justamente o número de vitórias.
Ainda nesta rodada podemos ser ultrapassados por Cruzeiro e Figueirense, que jogam no fim de semana em seus estádios contra Ponte Preta e Botafogo. Mas, tudo bem, o negócio é não dar bola e focar nos nossos 45 pontos. Abaixo, coloco os times que têm mais de 10% de chances de rebaixamento. A lista é grande. São 9 clubes para as 4 indesejáveis vagas.
Ontem à noite, a torcida foi fundamental. Ninguém entendeu a entrada de Marquinhos, mas foda-se, ganhamos. Ninguém entendeu porque Juarez demorou tanto em mudar o time, mas foda-se, ganhamos. Nem entendemos porque o esquema não foi alterado em nenhum momento, mas… Vocês já sabem.
Para quem quiser ver o desespero de ontem, com pênalti contra nós aos 33min do segundo tempo e gol da vitória aos 40, aí está (a defesa de Danilo Fernandes no pênalti está no vídeo, mas fora de ordem, um pouco depois).
A luta continua!
https://youtu.be/NTCEhccT52A
Milton: sei que não é hora de criticas. É hora de todos juntos contra o destino que trama contra nós, mas não dá para pedir ao Eduardo Henrique (nomezinho de galã da Globo) ficar menos distraído no jogo? Não dá para pedir ao Roth que esqueça o Marquinhos? De poupar o Alex de jogos noturnos, que com a idade dele é sempre bom ficar em casa bem agasalhado? Tenho implicância com ele, mas fiquei torcendo que ele me desmentisse quando chutou aquela bola na trave. Finalmente, não dá para botar o Valdívia desde o início do jogo? Afinal é o cara que mais sabe jogar bola naquele ataque.
Eu concordo com cada detalhe do que escreveste, mas Celso Roth parece discordar minuciosamente de nós.
Dois momentos em que quis morrer: durante os segundos antes do pênalti, quando via pessoas chorando em volta de mim, e na hora em que Eduardo Henrique perdeu aquele gol que eu faria.
O Eduardo Henrique é muito distraído. Devia estar pensando na família lá em Belo Horizonte e levou um susto quando a bola chegou. Dizem que nos treinos, ele acerta todas. Temos que deixá-lo treinando e escalar outro no seu lugar.
Milton: esqueci de comentar, mas não dá para pedir que escale sempre aquele juiz de ontem nos jogos do Inter? Quando o Ernando fez aquele pênalti idiota, pensei que ele seria expulso, afinal já tinha o amarelo, mas o juiz deve ter pensado que era muita sacanagem, além do pênalti, expulsar o nosso “valoroso atleta”. Depois aquele pênalti(?) no Valdívia, não sei não. A bola passou e o Aylon, a meio metro do gol, sozinho, conseguiu cabecear para fora. Quero esse juiz contra o Botafogo. Outra coisa. O jogo é no Rio, mas não dá para levar a nossa torcida junto? Pelo menos para ficar no banco.
A torcida pode ficar no banco no lugar do Celso: qualquer um é melhor do que ele.
Parabéns pelo excelente texto, em meu nome e em nome do O Povo do Clube, movimento colorado surgido entre os torcedores, do qual sou fundador e um dos conselheiros eleitos. Obrigado!
É só com torcida!
PS: o que foi aquele fim de jogo, quando a torcida cantou o hino espontaneamente e a direção escureceu o estádio pra festival de luzinhas estilo NFL ??
O Celso Burroth nem sabe o que está fazendo lá.
Se analisássemos friamente a tabela poderíamos dizer com certeza que o Inter não cairia porque todos os competidores do Z4 são muito ruins e a grandeza do Inter falaria mais forte. Porém, este Inter aí é muito pequeno.
Só escapa aos trancos e barrancos e torcida como disseste e ainda acrescento um pouco de reza.