Em primeiro lugar, ontem ficou óbvio que temos menos time do que o Flamengo e que teríamos que jogar tudo o que sabemos e mais um pouco. Em segundo lugar, entramos em campo com 10 jogadores de 30 anos ou mais — só Patrick tem menos, tem 27 — e ficamos perturbadíssimos com o primeiro gol de Bruno Henrique. Foi um deus nos acuda, uma total falta de compostura de parte de boleiros experientes.
Ficamos muito felizes ao ver que Edenílson, um de nossos principais jogadores, estaria em campo apenas 14 dias após a lesão muscular sofrida no jogo contra o Cruzeiro. Maravilha. Só que Edenílson não entrou em campo, Edenílson não foi o Ed.
O papel do torcedor é o de torcer, vaiar, opinar e, se puder, pagar a mensalidade. Um dos papéis comissão técnica é o de saber quem está apto para jogar. E Edenílson não estava apto. Por que entrou no jogo? E, pior, por que não saiu no intervalo?
No futebol moderno — basta ler os livros disponíveis –, o time que tem um elo (digo, um jogador) fraco, enquanto o adversário os têm parelhos, provavelmente perderá. Quem falhou no primeiro gol? Ora, o bom Edenílson. E no setor de quem manobrou Filipe Luís no segundo para deixar Gabigol e Bruno Henrique num inexplicável dois contra dois — não se tratava de um contra-ataque — contra nossa zaga? Ora, no setor de Edenílson.
Lindoso tinha que jogar por dois e ainda descobrimos que Bruno Henrique era muito mais veloz do que Moledo e Cuesta…
Nem tudo está perdido. Como dizia Dino Sani, futebol é uma caixinha de surpresas, mas é quase certo que dissemos adeus à Libertadores 2019 ontem à noite.
Teremos que vencer por dois gols de diferença e, se tomarmos um, por três. Imaginem.
Ou seja, o Flamengo é quase semifinalista.
Quando Dale e Sóbis saíram, o Flamengo passou a ter sempre a bola. Ela ia e voltava imediatamente. Nico López e Wellington Silva são agudos, mas são lamentáveis na retenção de bola. As saídas de Dale e Sóbis foram compreensíveis. Havia que tentar atacar, mas… Ou seja, se os dois primeiros não são agudos, os dois últimos não tocam a bola.
Para completar, Nico está em fase tenebrosa. No final do jogo, fez tudo certo. Driblou, se esquivou, fez grande lance e, com o canto esquerdo aberto a sua frente, chutou bisonhamente para fora. E como este gol perdido fará diferença! É necessário religar Nico. Cadê o trabalho da comissão técnica?
Voltando a Ed. Sim, sei que Nonato ou Bruno Silva não são Edenílson, mas quem o escalou acabou com nossas possibilidades. Preparadores físicos, médicos e treinador destruíram nossas chances ontem à noite.
Agora, temos um jogo pelo Brasileiro. Enfrentaremos o Goiás, fora de casa, no próximo domingo (25/08), às 16h. Melhor entrar com um grupo fisicamente inteiro porque talvez nossa vaga na Libertadores 2020 saia mesmo do Brasileiro.
E, na próxima quarta-feira (28, às 21h30), o Flamengo terá que se sentir tão mal no Beira-Rio quanto nos sentimos ontem no Maracanã. Porém, se eles tiverem um pouco de compostura, será melhor dirigir nossos pensamentos para a Copa do Brasil. Não será fácil o jogo contra o renovado Cruzeiro.
Olá Milton,
O Odair é tenebroso como treinador, não trabalha as dificuldades do adversário e ontem mais uma vez a ruindade dele prevaleceu.
Ele não se enquadra nem na categoria medíocre.
Mesmo com a fase ruim do Nico era necessário colocar ele para jogar em cima do Rafinha (nunca se firmou no Bayer, no Brasil será destaque) para fazer a jogada aguda pela lateral.
O D’Alessandro no lado direito sem a bola chegar, ninguém no Internacional inverte uma bola, fica aquele joguinho no pé do Patrick (este é medíocre).
Lamentável a postura do Lindoso e do Sóbis (esse achando que todo mundo é o lateral do Inter naquela semifinal contra o Tigres) se achando copeiros indo para cima do adversário em vez de jogarem.
E obviamente o time que abdica de atacar e tem a postura covarde perderá o jogo.
O melhor do Odair é quando entra o PAREDE…
Que contratação direção!!!
Estava pedindo para acertarem quatro passes…
Ah o PASSSE…e aproximação né Guerreiro??