Como vais, Ricardo Cobalchini?

Antes do jogo, soubemos que o Sub-23 do Inter, sem seu técnico Ricardo Cobalchini, tinha vencido o Gre-Nal decisivo do Brasileiro de Aspirantes. Nada mal, já que os comentaristas diziam que a gente levaria um ARRODIÃO do Grêmio. Afinal alguém profissional é campeão no Beira-Rio! Foi outra grande atuação do goleiro Keiller e, pô, aquele pênalti que não foi marcado a nossa favor…

Explicar Guilherme Parede é mais complicado do que entender Física Quântica | Foto: Ricardo Duarte

Mas o que interessa é Inter x Santos no Beira-Rio. O Inter foi escalado por Ricardo Cobalchini com Heitor na lateral direita (tínhamos um lateral direito na base e gastaram um monte com pernas de pau), Roberto na zaga e Zeca na lateral esquerda. D’Alessandro voltava a começar uma partida depois da lesão. Ao menos o interino não foi doido de escalar Klaus e Uendel. Mas escalou Parede, deixando Neílton e Sarrafiore na reserva. Ou seja, Cobalchini também não é tão normal assim.

No primeiro tempo, nada de armação de jogadas e nenhum chute a gol. Uma vergonha digna do ex-técnico, em realidade o culpado por isso.

No final do primeiro tempo, perdemos uma substituição, pois Lindoso sentiu algum problema físico e entrou Bruno Silva, que jogou bem.

Como Patrick estava horroroso, havia dois grandes problemas em campo e duas substituições possíveis: Parede, totalmente inoperante e até errando em bola e Patrick, naqueles dias de errar ABSOLUTAMENTE tudo.

(Eu gostaria de saber o que acontece no Departamento Médico do Inter, com o perdão da expressão: Dourado foi operado… E reoperado. Matheus Galdezani sofreu uma grave lesão em janeiro e nunca mais. Acho que será operado novamente qualquer dia desses. E Nonato está sendo “tratado”. Medo.)

Fazia muito tempo que o Inter não voltava melhor no segundo tempo, muito tempo. Pressionamos, chutamos, criamos, marcamos dois gols, ambos anulados pelo VAR. Só que a bola não entrou em jogada válida. Acabou sendo um 0 x 0 digno, num jogo que poderíamos ter vencido.

Na próxima rodada, a 26ª, o Inter visita o Avaí, em Florianópolis. O jogo será às 19h15 de quinta-feira (17/10).

Com o empate e sem vencer os últimos cinco jogos, saímos fora do G-6. O Grêmio nos passou. Com o que estamos jogando, vai ser difícil voltar à zona da Libertadores. Na sétima posição, temos 39 pontos contra 41 do Grêmio (6º) e 43 de São Paulo e Corinthians, quinto e quarto colocados. Para nós, G-4 já é uma quimera.

Como escreveu o amigo Jerônimo Santanna, quem perde para Goiás com um a mais, quem perde para o pândego CSA e ainda tem Parede como titular no ataque, não pode querer vaga em Libertadores. Futebol também tem lógica.

Sobre o novo técnico: depois de Aguirre — técnico bem mais ou menos, mas que conhecia seu ofício — tivemos Argel, Falcão, Celso Roth, Lisca, Zago, Guto e Odair. Uma lista apavorante. E digo-lhes: nenhum treinador inteligente vai pegar o Inter, com o histórico que tem, em final de temporada, sem um contrato longo. Meus nomes são Roger Machado, Thiago Nunes, Heinze, Coudet e Holan.

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