Ah, os russos… A Elena Romanov está lendo um volume enorme — lindo, todo ilustrado — publicado em 1958 na URSS. Trata-se de O Precipício, de Gontcharóv, o mesmo autor da obra-prima Oblómov.
Ler Gontcharóv e Bulgákov agora, Tchékhov e Tolstói em todas as idades, Dostoiévski e Liêrmontov na juventude, mais Brodsky, Nabôkov, Turguêniev, é todo um mundo. Dentre todos, meu preferido é o melancólico e compassivo Tchékhov.
Normalmente, eu seria absolutamente contrário a chamar o Moro de Marreco. Ele não escolheu grasnar, aquilo veio pré-instalado, não é culpa dele. Só que é tão bom chamar o Conje de Marreco, né? Eu o chamo assim. De Marreco. Sempre.
Aliás, cassem-no, e à Conja Olhuda também. Preciso voltar a achar meu apelido de criança injusto… Eu tinha pés muito grandes para meu tamanho e me chamavam de Pato, na verdade me chamavam de Qüem, que era a voz do Pato… Lembram do clássico da Bossa Nova “O Pato”? Pois é, veio dali. Um apelido cheio de referências culturais!
Injusto nada!, eu gostava do meu apelido e respondia que eu era todo proporcional, com TODAS as extremidades avantajadas…
Este livro, meu amigo, você apenas encontrará em sebos. Ele foi lançado em 1999 pela Cia. das Letras e, por ele, seu autor recebeu o Booker Prize de 1996. Merecido? Creio que sim. Mas é um livro bastante complicado, trabalhoso de ler. A história é semelhante a de Enquanto agonizo (As I lay dying), de Faulkner, mas, de resto, o livro de Swift é muito original.
Últimos pedidos (Last Orders) conta a viagem de quatro amigos londrinos que frequentemente se reuniam nos finais da tarde para beber e discutir as novidades num pub. Eles têm entre os 50 e os 60 anos — exceto o filho adotivo de um deles — e viajam até Margate para cumprir um último desejo de um ex-membro do grupo, recém falecido: o de espalhar suas cinzas no mar. É claro que todos conheciam as famílias de todos. E todos eles narram o romance, o que causa certa confusão no leitor mais desatento. Eu, por exemplo, li umas 150 páginas e estava adorando o livro, mas sabia que estava perdendo coisas por estar com a atenção meio vaga. Então, voltei ao início do livro com outra postura, a de me me dedicar seriamente a entender tudo, o que acabou sendo muito prazeroso.
Como curiosidade, digo que é um livro que não pode ser trasposto para a realidade brasileira. Um dos personagens é funcionário público, outro tem uma funerária e é muito bem sucedido, outro tem uma mecânica e também prospera, e ainda temos um feirante e um açougueiro (em cinzas). Não creio que os preconceitos de classe brasileiros pudessem juntar tal fauna. E são amigos de anos, todos conhecem quase todas as fofocas familiares uns dos outros. São como uma família, brigam e se ofendem, se acusam e se amam.
O livro é delicado, discretamente comovente e possui um belo erotismo em sua parte final. (Afinal, ficamos sabendo que o funcionário público tem educada e gentil fissura pela viúva). Tudo se dá durante a viagem — diálogos, risadas, brigas e lembranças individuais e coletivas. Por que fiz questão de relê-lo? Ora, porque me pareceu autêntico e parecido — em suas vidas confusas e emoções não expressas — com as histórias de amigos meus. Há pouca narração de fatos novos e muito fluxo de pensamento, o que torna o texto, como disse, difícil de seguir. A primeira pessoa do singular passa de um a outro alternadamente. Apesar de Swift colocar o nome do narrador como título de cada capítulo não é fácil de se achar. Então, fiz anotações de personagens e relacionamentos…
Na releitura, a história fluiu com suavidade, com cada um dos pontos de vista dos personagens principais girando, intercalados com a narração dos eventos atuais, feita por Ray (o funcionário público). E foi então que se revelou a enorme riqueza de Últimos Pedidos. Muitas referências e insinuações sutis se encaixaram como um quebra-cabeça. O estilo de Graham Swift é perfeito, esboçando imagens vívidas de personagens e ambientes sem descrições supérfluas. Os estratos da sociedade inglesa em que esses homens se enquadram são transmitidos sem esforço por meio do diálogo de seus pensamentos e conversas.
É quase inacreditável, mas tudo o que é contado de forma romanceada em O Leão da Calábria aconteceu aqui, em Anta Gorda (RS) pertinho de nós, nos anos 20 do século passado. Não gostaria de entrar em polêmicas, só que… Será que os fatos narrados no livro explicam, alguma coisa de nosso estado e do Brasil? Falo dos dias atuais, claro. Bem, voltemos ao livro.
Nilson Luiz May narra a história do médico Michele De Patta, que há 100 anos emigrou da Calábria para chegar ao nosso estado. Recém formado e tendo trabalhado como médico na Primeira Guerra Mundial, Michele trouxe ao RS diversas técnicas desconhecidas ao povoado de Anta Gorda, atraindo a admiração dos clientes e o ódio dos curandeiros e de quem acreditava neles. A base da história é totalmente real — inclusive, no livro, há fotografias de De Patta, de sua família e de seu hospital. O autor romanceou a trama, claro, criando diálogos e alguns poucos personagens extras.
Imaginem que o médico italiano conseguiu erguer um hospital, a fim de ampliar e melhorar o atendimento à população local — afinal, muitos passavam por cirurgias e precisavam de tempo e de ambiente adequado para a recuperação. Porém, o ódio e a amizade do médico com um professor local, que era anarquista, complicou tudo. Aliados à ignorância, o poder público e o religioso — apesar do catolicismo da família De Patta — puseram tudo a perder.
Os fatos e a violência relatadas são quase uma antevisão do que ocorre em nossa época de negacionismos, alguns furiosos e de graves consequências. O livro é um thriller. May usa o suspense para contar sua desconcertante história. Logo no primeiro capítulo, sabemos que o hospital acabará incendiado. Durante a leitura, sabemos como e por quê. Sei que é um lugar comum dizer que a realidade supera a ficção e sou obrigado a repetir isso aqui.
Lemos o livro, levantamos os olhos e pensamos que aquilo só poderia ter sido inventado. Não foi. As certezas e a truculência da ignorância são, muitas vezes, imbatíveis. Não adiantou explicar, receitar, curar, operar e recuperar. A turba ficou ao lado dos negacionistas e do líder local, pouco preocupados com a ciência. E não me digam que 100 anos é muito tempo, não me digam. Afinal, a reação do governo brasileiro à gripezinha de 2020 estão bem próximos de nós.
May é médico e também um maestro seguro, controlando a narrativa de forma a que a gente leia tudo rapidamente. O livro gruda. Afinal, queremos saber até onde aqueles malucos vão.
A romancista e ensaísta Rosa Montero é, em âmbito mundial, uma das mais importantes escritoras em atividade. Há dezenas de livros e estudos acerca de sua obra. Autora dos excelentes A ridícula ideia de nunca mais te ver e Nós, Mulheres, teve seu A Boa Sorte lançado recentemente no Brasil. É seu primeiro romance onde o personagem principal não é uma mulher. Mas isso talvez seja falso, porque quem ilumina e altera as feições da história é uma personagem feminina. Dentro de uma narrativa fluida e misteriosa, conhecemos Pablo Hernando, um sujeito que some em uma pequena e decadente cidade espanhola. Assim que ele chega, à noite, de trem, compra um apartamento. O vendedor fica surpreso, pois o comprador quer fazer tudo imediatamente, em dinheiro, sem nem mesmo visitar o imóvel. Quem é Pablo Hernando? A polícia está atrás dele? Por que ele escolheu ficar em Pozonegro, onde não conhece ninguém? Então Raluca, funcionária do supermercado local, entra em cena. Ela é sua vizinha e tenta integrá-lo à comunidade. Até consegue um emprego para ele. A descida de Pablo aos infernos é muito bem descrita por Montero. Há medo, angústia, culpa, e também amor, generosidade e inocência. E a boa sorte.
A Boa Sorte é da Todavia, tem 256 páginas e custa R$ 74.90.
A tirania do mérito, de Michael Sandel
Neste livro, Sandel ataca um consenso que ainda reina em alguns meios, o da meritocracia. O livro defende que há um lado negro, um lado desmoralizante nela, ou seja, o de que se a pessoa não ascender socialmente, não terá ninguém para culpar além de si mesma. Inclusive, segundo Sandel, as elites de centro-esquerda teriam abandonado as velhas lealdades de classe para assumir um novo papel de moralizadores da vida. Isto seria particularmente cruel com quem não teve a melhor das formações, justamente as classes mais desfavorecidas. Porque os méritos são normalmente alcançados por quem estudou nas melhores escolas, não? Sandel reconhece o valor do mérito, mas trata de demonstrar como sua aplicação tornou-se tóxica. Segundo o autor, este seria o momento para iniciar um debate sobre a dignidade do trabalho e suas recompensas, tanto em termos de remuneração, como em termos de estima. Com a pandemia, percebemos como somos dependentes, não apenas de médicos e enfermeiras, mas também de entregadores e prestadores de quaisquer serviços, muitos deles transitando via de regra na economia informal. Esse livro traz o problema e sugere soluções para amenizá-lo. Ou seja, não é um livro de simples objeções.
A Tirania do Mérito é da Civilização Brasileira, tem 430 páginas e custa R$ 69,90.
Eu serei a última, de Nadia Murad
Este é o um relato autobiográfico do que Nadia Murad passou nos cárceres do Estado Islâmico e de sua fuga. Hoje, Nadia é ativista de direitos humanos e, em 2018, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Ela faz parte da minoria étnico-religiosa Iazidi. Há cerca de 800 mil iazidis no mundo, a maior parte localizada na fronteira do Iraque com a Síria. Seu povo pratica uma religião sincrética, o iazidismo, que tem elementos do cristianismo e do islamismo, tudo o que o Estado Islâmico não aceita. Em Eu serei a última, ela conta sua brutal experiência – os dias do cerco a sua vila, a prisão, a fuga e, afinal, sua chegada na Alemanha. Dizer que a história é intensa é pouco. Nadia Murad é vendida, torna-se escrava sexual – chama-se a “jihad sexual” – e sua fuga não foi exatamente planejada. A impotência de uma minoria perante o EI, o tráfico humano, o genocídio, os estupros, a vivência em uma sociedade cruelmente patriarcal, a doutrinação dos extremistas islâmicos, a conversão forçada ao islamismo, tudo é violento, porém há trechos leves, como os das lembranças da vida antes da invasão. Em cada página, ficamos nos perguntando como tudo isso (ainda) acontece e até onde o ser humano pode chegar.
Eu serei a última é da Novo Século, tem 394 páginas e custa R$ 69,90.
O despertar de tudo, de David Wengrow e David Graeber
Este livro tornou-se rapidamente um clássico. Com bom humor e argúcia, O despertar de tudo revela que o passado não é aquilo que pensávamos e que a história da humanidade, tal como a conhecemos, traz um viés bastante equivocado. Dentre muitas fontes, os autores utilizam, por exemplo, textos indígenas para recontar a história. Graeber e Wengrow nos dão uma visão mais sofisticada de nossas origens, a partir de informações vindas da moderna arqueologia. O livro revela novidades a respeito da antiguidade, principalmente dos períodos “primitivos” anteriores à escrita. O que emerge é uma visão mais complexa e surpreendente, que é sintetizada de forma brilhante pelos autores. O livro também coloca em questão o mito explicativo que justificativa a desigualdade social entre seres humanos e a origem do ordenamento social hierárquico, corporificado no que chamamos de “Estado”. Acompanhado de vasto material bibliográfico, O despertar de tudo – nascido de uma longa troca de e-mails entre os autores – é coerente, convincente e provocativo, sublinhando a importância de nos mantermos sempre abertos para revisar nossos conceitos com base na ciência.
O Despertar de Tudo é da Cia. das Letras, tem 696 páginas e custa R$ 119,90.
Molly Grant estava curtindo a apresentação da Filarmônica de Los Angeles da Quinta Sinfonia de Tchaikovsky na sexta-feira no Walt Disney Concert Hall quando ouviu o que descreveu como um “grito/gemido” vindo do mezanino.
“Todo mundo meio que se virou para ver o que estava acontecendo”, disse Grant, que estava sentada perto da pessoa que supostamente fez o barulho, ao The Times no domingo em uma entrevista por telefone.
“Eu vi a garota depois que aconteceu, e presumo que ela… Bem, Foi muito bonito.”
Várias pessoas que assistiram ao Concerto da Filarmônica em LA na sexta-feira relataram ter ouvido uma mulher gemendo durante o segundo movimento da sinfonia.
O compositor e produtor musical Magnus Fiennes, descreveu o som no Twitter como o de uma pessoa tendo um “orgasmo alto e de corpo inteiro”.
Uma suposta gravação de áudio do momento — onde alguém pode ser ouvido chorando durante um trecho silencioso da música — estava circulando nas redes sociais. Os participantes que falaram com o The Times disseram que o clipe era semelhante ao que ouviram.
“Amigos que foram à Filarmônica de Los Angeles ontem à noite estão relatando que no meio do concerto uma senhora teve um orgasmo GRITANTE, a ponto de toda a orquestra parar de tocar”, twittou a jornalista Jocelyn Silver. “Algumas pessoas realmente sabem como viver…”.
No entanto, as pessoas presentes disseram que os músicos tocaram não pararam durante a confusão. A pianista clássica Sharon Su twittou que “verificou com alguém que trabalha no LA Phil e eles confirmaram” que a orquestra continuou tocando durante a comoção.
Ainda não está claro o que exatamente ocorreu na audiência. O Times entrou em contato com LA Phil para comentar, mas ninguém conseguiu identificar ou contatar a pessoa que fez o som.
Outros membros da audiência contestaram a teoria do orgasmo, afirmando que a mulher poderia ter feito o barulho ao acordar depois de ter adormecido. Alguns temiam que pudesse estar relacionado a uma condição médica ou emergência.
Um participante que estava sentado na fileira logo atrás da pessoa que fez o barulho disse que parecia que a mulher estava acordando de um ataque de sono quando fez o som.
“Muito rapidamente, ela meio que caiu nos ombros do parceiro e depois no colo dele. E então o corpo dela ficou mole”, lembrou o membro da platéia, que pediu anonimato para falar sobre o incidente. “Talvez uns cinco segundos depois, ela meio que acordou, e foi quando soltou um grito.”
O membro da plateia que estava sentado na fileira atrás da pessoa disse que já havia testemunhado uma pessoa com narcolepsia ter um ataque de sono, e o que ela viu no LA Phil parecia semelhante.
Depois que a mulher fez o barulho, seu parceiro e outra mulher sentada ao lado dela perguntaram se ela estava bem, e ela respondeu que estava, de acordo com a plateia, que relatou ter ouvido a conversa.
“Eu sei que outra pessoa mencionou que ela estava sorrindo, mas tenho certeza que ela estava muito envergonhada porque outras pessoas estavam olhando para ela”, disse o membro da platéia ao The Times.
Outro espectador enviou um e-mail ao The Times para dizer que ouviu o barulho, mas não achou que fosse um som de êxtase.
O programa de sexta-feira, dirigido pelo maestro Elim Chan, incluiu ainda a interpretação do Concerto para Violino “Caminhos Concêntricos” de Thomas Adès.
As notas do programa online de LA Phil incluem esta descrição do segundo movimento da Sinfonia nº 5 de Tchaikovsky :
“O delicioso tema principal foi adaptado para uma popular canção de amor. A orquestração habilidosa de Tchaikovsky, no entanto, eleva o clima do sentimentalismo ao alto romantismo. A melodia principal do movimento é apresentada em um solo memorável da trompa, seguido por outros atraentes solos de sopro.”
O agente musical Lukas Burton, disse que o som do membro da platéia foi “maravilhosamente cronometrado” dentro da “onda romântica” da sinfonia. “Não se pode saber exatamente o que aconteceu, mas parecia muito claro pelo som que era uma expressão de pura alegria física”, disse Burton. “Foi equivalente àquela cena em um filme em que alguém está falando alto em uma festa ou boate, e então a música para de repente e todos ouvem o que está sendo dito”.
Embora a explosão tenha sido claramente um momento incomum e surpreendente para um concerto de música clássica, Burton o descreveu como “bastante maravilhoso e revigorante”.
“Houve uma espécie de suspiro na plateia”, disse Burton. “Mas acho que todos sentiram que era uma expressão adorável de alguém que estava tão transportado pela música que teve algum tipo de efeito sobre eles fisicamente ou, ouso dizer, até sexualmente.”
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Christi Carras é repórter de entretenimento do Los Angeles Times. Ela foi anteriormente estagiária do Times depois de se formar na UCLA e também trabalhou na Variety, no Hollywood Reporter e na CNN.
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Aqui estão mais seis sinfonias que agregam valor de tipo íntimo:
1 Saint-Saens Sinfonia Nº 3 (aguarde o órgão)
2 Inextinguível de Nielsen (oh!, que maravilha!)
3 Strauss Sinfonia Doméstica (aviso aos pais: inclui cópula)
4 Szymanowski 3º: canção da noite (diz tudo)
5 Mahler Sinfonia Nº 7 (com duas músicas noturnas, duas!)
6 Scriabin Poème de l’Extase (diz tudo)
7 Malcolm Arnold: Toy Symphony
Um dos aspectos mais belos do ato da escrita, a meu ver, é a possibilidade de eternizar o cotidiano em palavras.
“Abra e Leia”, livro de contos de Milton Ribeiro (@editorazouk, 2021) é exatamente isto: um presente elegante que, ao ser desembrulhado, traz histórias que provocam lágrimas, riso, reflexão social, alívio à mente.
Também uma importante lembrança de que a vida “comum” é, em verdade, uma profusão borbulhante de pequenos grandes atos magníficos – ora sincrônicos, ora caóticos.
Atos estes que conduzem a leitora e o leitor a, invariavelmente, lembrarem de suas próprias perdas, ganhos, sortes, azares e amores vividos.
Como ocorre quando se escuta uma orquestra, Milton convoca também nossa subjetividade à interpretação: alguns contos parecem inacabados. Um convite à imaginação.
E, de fato, se não houvesse a palavra somada à imaginação, para onde iriam todas estas histórias?
Grata a ti, @miltonrib, por eternizá-las.
O autor que se propõe a observar a vida sob a lente do detalhe, do aparentemente banal – e nem por isso menos extraordinário – é um ser humano generoso, acredito.
E a ti que me acompanha por aqui, fica esta baita dica de leitura. 😊