Ridendo castigat mores

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Passei alguns dias procurando sem lembrar uma expressão latina. Ontem, ouvindo o ensaio do Flavio Adonis e da Elena Romanov antes do show aqui na Livraria Bamboletras, a coisa me veio: “Ridendo castigat mores”.

Tudo por causa do “comediante” Léo Lins, assunto quase passado, e a expressão é “Ridendo castigat mores” que pode ser traduzida como “Rindo, corrige-se os costumes”. É uma máxima que sintetiza o poder da sátira e do humor como ferramentas de crítica social e moral, o que Lins está a quilômetros de fazer.

Atribuída ao poeta romano Horácio (século I a.C.), ela defende a ideia de que a comédia e a ironia poderiam ser mais eficazes do que sermões para apontar vícios humanos. Popularizada por Molière, que usava o teatro para ridicularizar hipocrisias da sociedade, tornou-se um lema do gênero cômico-satírico.

A expressão sugere que o riso pode expor absurdos sem ser agressivo, assim como questionar normas de forma indireta (e por isso, menos censurável) — como fazem As Viagens de Gulliver ou Dom Quixote, por exemplo.

Faço uma mandinga ateia para que não venha aqui aquela amiga da direita lacradora, pelamor. Estou farto dela. Detesto dar indiretas, mas certas pessoas…

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