Texto de Débora Fogliatto
Especial para o PHES
Entrei no cinema com medo de estar atrasada para a última sessão do dia de Azul é a cor mais quente na segunda-feira. Eu, minha irmã e uma amiga entramos quase correndo na sala e nos acomodamos na penúltima fileira. Além de nós, havia cerca de mais dez pessoas na Sala 1 do GNC Cinemas, no shopping Moinhos de Vento.
Bem ao lado da minha irmã, duas senhoras, uma de no mínimo 60 anos e a outra, 70. Chamou-nos a atenção a presença das duas, pois sabíamos do caráter lésbico e de certa forma erótico do filme. Logo começamos a confabular se seriam um casal, mas não parecia ser o caso.
Logo no início do filme, a personagem principal, uma garota de 15 anos (interpretada pela atriz Adèle Exarchopoulos, de 20), protagoniza uma cena de sexo com um rapaz do colégio. Neste momento, a senhora mais velha se inclinou para frente na cadeira e, olhando para os lados de olhos arregalados, exclamou: