Bom dia, Odair (com os lances do fiasco de Chapecó)

Bom dia, Odair (com os lances do fiasco de Chapecó)

O Inter entrou com os reservas, o que é um sinal aos próprios jogadores de que a partida em Chapecó era menos importante do que outra coisa que está sendo jogada. Mas há outro recado e este é dado ao adversário — escuta, você deve me vencer.

E mais: o time todo estava desgastado após o jogo contra o Alianza? Todo, todinho? Ora, não me façam rir.

Inútil: como sempre de cabeça baixa, Pottker enfrenta vários adversários até perder a bola. Foi só isso o que ele fez sábado | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Ora, a partida contra o Alianza Lima não foi tão disputada assim, não houve grande desgaste, mas Odair e turma escolheram estrear no Brasileiro com os reservas e com derrota. Foi opção. Assim como foi opção escalar Pottker, nosso pior atleta mesmo entre reservas.

Claro que esses pontos farão falta e não serão recuperados. Na última Libertadores que disputamos, o papo foi o mesmo. Quando fomos eliminados, éramos 9º lugar no Brasileiro e a conversa foi a de que íamos nos recuperar. Não conseguimos, é óbvio, e ficamos fora da Libertadores seguinte. O ” diretor de futebol” Roberto Melo disse: “Brasileirão não se ganha em abril”. Em setembro, 15 pontos atrás do líder, ele vai dizer “A gente sabe que está difícil de buscar, mas temos que tentar”. E não vai dar.

Já sei que vão dizer que o planejamento é esse mesmo. Nos findi, reservas. No meio da semana, titulares. Que o time teve mais chances e brigou muito. Ai, que lindo.

Lindo mesmo é estrear num campeonato que não ganhamos há quarenta (40) anos com os reservas. E perder.

Os 3 pontos de hoje valiam o mesmo do próximo jogo contra o Flamengo. Aliás, Cruzeiro e Flamengo entraram em campo com os titulares. Não se preservaram, que coisa.

E pobre do Palmeiras, um time sem recursos… Jogou pela Libertadores quinta-feira no Peru e está jogando com os titulares no domingo pelo Brasileirão. São uns coitados, não possuem elenco para girar o time. Ou não têm planejamento…

Agora jogamos contra Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro e River. Vamos com os reservas e Pottker?

Já que a diretoria e a comissão técnica deixaram evidente que não se interessam em ganhar o Brasileiro, a torcida também não deve em grande número ao Beira-Rio.

Por que o torcedor deveria ir a jogos de um campeonato que o clube não tem interesse em ganhar?

Já há colorados explicando a derrota dos reservas do Inter pela derrota dos titulares do Grêmio… Por que ligar fatos que não têm nada a ver? Não surpreende que Bolsonaro tenha ganho as eleições aqui. Muita gente burra, né?

O Grêmio todo mundo conhece. Vimos os dois Gre-Nais. Já o Inter… Quem é o Inter? É o planejamento do Inter, as opções do Inter, etc. As escolhas de nunca usar todo seu potencial. As confusões do Odair. Os empresários. O futebol reativo. A várzea.

O Flamengo, com os titulares, deu um baile nos titulares do Cruzeiro, o Bahia venceu o o Corinthians, Ceará e Athletico golearam, mas, segundo o Inter, esta rodada não vale nada.

Bem, abaixo, o sofrimento começa aos 8 segundos do vídeo:

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, Odair (com os equívocos de Chapecoense 2 x 1 Inter)

Bom dia, Odair (com os equívocos de Chapecoense 2 x 1 Inter)

Prezado Odair, foram muitos erros para um jogo só. Muitos. Mas o que nos matou ontem foi o erro final — o do pênalti batido por quem não treina cobranças. O Inter não aprende. Já caímos fora de uma Libertadores, com Dátolo, por esse negócio de alguém decidir que vai bater o pênalti e fim, bate mesmo e erra. Já caímos para a segunda divisão pelo mesmo motivo (Paulão e Valdívia). Já perdemos pênalti porque o filho do Christian estava de aniversário e ele queria “dar-lhe um presente”. O presente nunca chegou. E hoje Damião decidiu bater quando quem treina cobranças são Dale e Camilo.

Falta uma coisa simples no Inter: profissionalismo. Talvez falte comando da tua parte, meu amigo. E também respeito ao clube por parte dos jogadores.

Jogamos muito mal. É impossível vencer quando apenas dois atletas atuam bem (Nico López e Edenílson) e depois entram mais dois jogando decentemente (D`Alessandro e Damião), sendo que Dale entrou no lugar de Nico, lesionado.

Jonatan Álvez é realmente uma piada. Qualquer outra alternativa é melhor do que esta ferida uruguaia.  Mantê-lo no time é jogar com um cara sem as mínimas condições técnicas, que não domina uma bola, que não ganha disputas com os marcadores e que erra passes. Jogar com ele é saber que haverá uma substituição. É planejar mal.

Jonatan Álvez: melhor emprestá-lo para o Grêmio | Foto: Ricardo Duarte

Rodrigo Dourado fez uma falta tremenda e Patrick andou desaparecido do jogo. Seu futebol está claramente encolhendo. Iago esteve em campo?

Desta forma, perdemos por 2 x 1, com direito a pênalti batido ridiculamente nos descontos do segundo tempo e com incríveis gols perdidos.

Permanecemos com 49 pontos após 25 rodadas. No próximo domingo, às 16h, teremos o confronto contra o Corinthians, em São Paulo. Faltam 13 jogos, dos quais sete (21 pontos) serão no Beira-Rio. Ainda dá pra ser campeão, mas eu não acredito neste time.

Espero que a atuação de ontem à noite seja esquecida, pois se passarmos a repetir o que fizemos ontem, nem Libertadores.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Bom dia, Renato (com os principais lances de Chapecoense 1 x 1 Grêmio)

Bom dia, Renato (com os principais lances de Chapecoense 1 x 1 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Eis que a segunda-feira amanheceu para nós sinalizando, mais uma vez, que o Campeonato Brasileiro será uma pretensão secundária nesta temporada. O contexto em que se deu a partida, Renato, poderia indicar um bom resultado (empate com o time reserva, fora de casa, contra um mandante que já venceu equipes da parte mais alta da tabela em seu estádio). Não vejo, porém, que isso permita comemoração, acaso se pense mesmo em título.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

É bem verdade que o time que entrou em campo ontem teve um caráter bastante experimental. Douglas iniciou uma partida como titular pela primeira vez em mais de um ano e meio. Marinho, ainda sem tanto ritmo de jogo, após sua chegada da China, também teve sua estreia como titular. Pepê teve a incumbência de fazer a função de Everton. E por aí vai.

A questão é que o time, apesar de todos esses pesares, começou bem. O gol logo no início parecia que ditaria o ritmo de jogo, Renato. Destaque, aliás, para o bom passe de Hernane para Pepê marcar. Uma coisa rara de se ver nessa temporada é o time de adversário ter mais posse de bola, enquanto exploramos o contra-ataque. O que até funcionou bem na primeira etapa, em que pese termos perdidos boas oportunidades de ampliar o placar. E isso nos custou caro.

No segundo tempo, a Chapecoense melhorou muito, e nós pioramos bastante. Tudo bem, Renato, é de se dar um desconto pelo fato de serem os suplentes. Entretanto, o chamado “efeito vestiário”, que quase sempre pesa a nosso favor no intervalo, ontem jogou contra. Faltou leitura sobre o jogo da Chape, e fomos praticamente dominados no segundo tempo.

Neste ritmo, não tardou para que empatassem o jogo. Paulo Vítor é um bom goleiro, mas voltou a falhar. Sua saída precipitada num lance com a bola quase na linha de fundo permitiu o gol adversário. Para sermos justos, ele faria uma ótima defesa no final da partida, que salvaria o ponto trazido na bagagem. Entretanto, no balanço das suas atuações até agora, ainda faz sentir a ausência de Marcelo Grohe em campo. Precisa melhorar.

Agora, ontem não dá para dizer que foram dois pontos perdidos, como em vários outros confrontos. Porque nosso segundo tempo fez com que o empate fosse até lucrativo. Se a Chapecoense tivesse virado a partida, não seria nenhuma injustiça. Espero que Alisson volte logo, pois já ajudaria muito nestes jogos com os suplentes. E que a lesão do Bressan, reserva imediato da zaga, não tenha sido muito séria.

Ao final, Renato, parece que os deuses do futebol mandam um claro recado: miremos na Copa do Brasil e na Libertadores. Gostaria muito de voltar a ganhar o Brasileirão, mesmo sabendo que é praticamente impossível para um time brasileiro jogar com força total nas três competições. Não deixa de dar uma certa frustração, porém, observar que o Grêmio vê a liderança ficando no distante.

De qualquer forma, todo nosso foco agora é na Copa do Brasil, no confronto do meio desta semana. Que encarnemos mais uma vez o espírito copeiro, para receber o Flamengo com todo nosso futebol, em casa, com a força da torcida e a sede pela hexacampeonato. Todos os caminhos levam ao Humaitá. Nos vemos lá na Arena quarta-feira, Renato!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!