Bom dia, Odair (com os lances de Inter 1 x 0 Chapecoense)

Bom dia, Odair (com os lances de Inter 1 x 0 Chapecoense)

O Inter entrou em campo contra a Chapecoense com o mesmo time que tinha perdido a decisão contra o Athlético-Havan. Odair disse que não queria substituir ninguém porque quem saísse acabaria apontado (ou sugerido) como culpado pela perda do título da última quarta-feira.

Isto é, a forma que ele escolheu para preservar seus atletas, o grupo e o apoio interno para manter-se no cargo foi torturando a torcida.

E torturou mesmo. Foi um jogo cruel.

Bruno: atuação lastimável | Foto: Ricardo Duarte / SCI

Jogamos malíssimo, eram só ligações diretas, nada de armação ou cérebro. A coisa só melhorou com a entrada de Neílton jogando pelo meio, na linha de três que precede Guerrero. Aliás, pobre Guerrero, lutando sempre sozinho contra a zaga adversária.

Uendel e Bruno foram figuras ridículas, no que foram acompanhados por Patrick.

A torcida vaiou o time mesmo antes de ele entrar em campo. Os influencers remunerados e as pessoas sensíveis ficaram cho-ca-dos. Bem, não têm vivência suficiente ou conhecimento sobre o que é o futebol.

Então, para os tolinhos que reclamaram das vaias da torcida do Inter, sugiro a leitura do clássico do inglês Nick Hornby. Aqui vai uma palhinha, sobre as primeiras vezes que Hornby foi a um estádio:

O que mais me impressionou foi o quanto a maioria das pessoas à minha volta detestava, realmente detestava, estar ali. (…) [Nas plateias de que eu participara em outros tipo de eventos] eu nunca observara rostos contorcidos de fúria, desespero ou frustração. A diversão como sofrimento era uma ideia inteiramente nova para mim, e parecia ser algo que eu vinha aguardando.

(Nick Hornby, “Febre de Bola”)

Mas vencemos o jogo, apesar de dois gols injustamente anulados pelo VAR.

Vocês acham que agora eu vou comentar o VAR? Não, isso também todo mundo está falando. Falemos de outro fato, falemos sobre a cera.

Garanto que no jogo de ontem contra a Chapecoense e no de quarta-feira contra o Athlético-PR, em cada um deles, tivemos menos 10 minutos de bola rolando em razão da cera. Sem exagero, no jogo de quarta, o Wellington Martins estava rolando no chão aos 3 SEGUNDOS de jogo! A cada bola dividida, nas duas partidas, havia um Neymar sofrendo dores terríveis, entrada de médicos e do carro maca. Quando o jogador machucado pousava ao lado do gramado, logo erguia-se e pedia ao árbitro para voltar a campo, no que era atendido, claro. Também a cada falta, lateral ou tiro de meta eram perdidos preciosos segundos que, somados, devem dar mais do que os dez minutos de que falei. A Fifa dá muita atenção ao futebol europeu onde as equipes não fazem cera, mas não estabelece regras para nós.

Bem, estamos isolados em quarto lugar no Brasileiro, mas com uma enorme fila agarrada à nossa cola. Agora, na 21ª rodada, às 21h30 desta quarta-feira, 25, o Inter vai ao Rio de Janeiro enfrentar o líder Flamengo. Já no próximo final de semana, retornamos ao Beira-Rio para enfrentar, no domingo, 29, às 16h, o Palmeiras. Ao menos esses não fazem cera.

Bom dia, Odair (com os lances do fiasco de Chapecó)

Bom dia, Odair (com os lances do fiasco de Chapecó)

O Inter entrou com os reservas, o que é um sinal aos próprios jogadores de que a partida em Chapecó era menos importante do que outra coisa que está sendo jogada. Mas há outro recado e este é dado ao adversário — escuta, você deve me vencer.

E mais: o time todo estava desgastado após o jogo contra o Alianza? Todo, todinho? Ora, não me façam rir.

Inútil: como sempre de cabeça baixa, Pottker enfrenta vários adversários até perder a bola. Foi só isso o que ele fez sábado | Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional

Ora, a partida contra o Alianza Lima não foi tão disputada assim, não houve grande desgaste, mas Odair e turma escolheram estrear no Brasileiro com os reservas e com derrota. Foi opção. Assim como foi opção escalar Pottker, nosso pior atleta mesmo entre reservas.

Claro que esses pontos farão falta e não serão recuperados. Na última Libertadores que disputamos, o papo foi o mesmo. Quando fomos eliminados, éramos 9º lugar no Brasileiro e a conversa foi a de que íamos nos recuperar. Não conseguimos, é óbvio, e ficamos fora da Libertadores seguinte. O ” diretor de futebol” Roberto Melo disse: “Brasileirão não se ganha em abril”. Em setembro, 15 pontos atrás do líder, ele vai dizer “A gente sabe que está difícil de buscar, mas temos que tentar”. E não vai dar.

Já sei que vão dizer que o planejamento é esse mesmo. Nos findi, reservas. No meio da semana, titulares. Que o time teve mais chances e brigou muito. Ai, que lindo.

Lindo mesmo é estrear num campeonato que não ganhamos há quarenta (40) anos com os reservas. E perder.

Os 3 pontos de hoje valiam o mesmo do próximo jogo contra o Flamengo. Aliás, Cruzeiro e Flamengo entraram em campo com os titulares. Não se preservaram, que coisa.

E pobre do Palmeiras, um time sem recursos… Jogou pela Libertadores quinta-feira no Peru e está jogando com os titulares no domingo pelo Brasileirão. São uns coitados, não possuem elenco para girar o time. Ou não têm planejamento…

Agora jogamos contra Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro e River. Vamos com os reservas e Pottker?

Já que a diretoria e a comissão técnica deixaram evidente que não se interessam em ganhar o Brasileiro, a torcida também não deve em grande número ao Beira-Rio.

Por que o torcedor deveria ir a jogos de um campeonato que o clube não tem interesse em ganhar?

Já há colorados explicando a derrota dos reservas do Inter pela derrota dos titulares do Grêmio… Por que ligar fatos que não têm nada a ver? Não surpreende que Bolsonaro tenha ganho as eleições aqui. Muita gente burra, né?

O Grêmio todo mundo conhece. Vimos os dois Gre-Nais. Já o Inter… Quem é o Inter? É o planejamento do Inter, as opções do Inter, etc. As escolhas de nunca usar todo seu potencial. As confusões do Odair. Os empresários. O futebol reativo. A várzea.

O Flamengo, com os titulares, deu um baile nos titulares do Cruzeiro, o Bahia venceu o o Corinthians, Ceará e Athletico golearam, mas, segundo o Inter, esta rodada não vale nada.

Bem, abaixo, o sofrimento começa aos 8 segundos do vídeo:

Bom dia, Odair (com os equívocos de Chapecoense 2 x 1 Inter)

Bom dia, Odair (com os equívocos de Chapecoense 2 x 1 Inter)

Prezado Odair, foram muitos erros para um jogo só. Muitos. Mas o que nos matou ontem foi o erro final — o do pênalti batido por quem não treina cobranças. O Inter não aprende. Já caímos fora de uma Libertadores, com Dátolo, por esse negócio de alguém decidir que vai bater o pênalti e fim, bate mesmo e erra. Já caímos para a segunda divisão pelo mesmo motivo (Paulão e Valdívia). Já perdemos pênalti porque o filho do Christian estava de aniversário e ele queria “dar-lhe um presente”. O presente nunca chegou. E hoje Damião decidiu bater quando quem treina cobranças são Dale e Camilo.

Falta uma coisa simples no Inter: profissionalismo. Talvez falte comando da tua parte, meu amigo. E também respeito ao clube por parte dos jogadores.

Jogamos muito mal. É impossível vencer quando apenas dois atletas atuam bem (Nico López e Edenílson) e depois entram mais dois jogando decentemente (D`Alessandro e Damião), sendo que Dale entrou no lugar de Nico, lesionado.

Jonatan Álvez é realmente uma piada. Qualquer outra alternativa é melhor do que esta ferida uruguaia.  Mantê-lo no time é jogar com um cara sem as mínimas condições técnicas, que não domina uma bola, que não ganha disputas com os marcadores e que erra passes. Jogar com ele é saber que haverá uma substituição. É planejar mal.

Jonatan Álvez: melhor emprestá-lo para o Grêmio | Foto: Ricardo Duarte

Rodrigo Dourado fez uma falta tremenda e Patrick andou desaparecido do jogo. Seu futebol está claramente encolhendo. Iago esteve em campo?

Desta forma, perdemos por 2 x 1, com direito a pênalti batido ridiculamente nos descontos do segundo tempo e com incríveis gols perdidos.

Permanecemos com 49 pontos após 25 rodadas. No próximo domingo, às 16h, teremos o confronto contra o Corinthians, em São Paulo. Faltam 13 jogos, dos quais sete (21 pontos) serão no Beira-Rio. Ainda dá pra ser campeão, mas eu não acredito neste time.

Espero que a atuação de ontem à noite seja esquecida, pois se passarmos a repetir o que fizemos ontem, nem Libertadores.

Bom dia, Renato (com os principais lances de Chapecoense 1 x 1 Grêmio)

Bom dia, Renato (com os principais lances de Chapecoense 1 x 1 Grêmio)

Por Samuel Sganzerla

Eis que a segunda-feira amanheceu para nós sinalizando, mais uma vez, que o Campeonato Brasileiro será uma pretensão secundária nesta temporada. O contexto em que se deu a partida, Renato, poderia indicar um bom resultado (empate com o time reserva, fora de casa, contra um mandante que já venceu equipes da parte mais alta da tabela em seu estádio). Não vejo, porém, que isso permita comemoração, acaso se pense mesmo em título.

Foto: gremio.net
Foto: gremio.net

É bem verdade que o time que entrou em campo ontem teve um caráter bastante experimental. Douglas iniciou uma partida como titular pela primeira vez em mais de um ano e meio. Marinho, ainda sem tanto ritmo de jogo, após sua chegada da China, também teve sua estreia como titular. Pepê teve a incumbência de fazer a função de Everton. E por aí vai.

A questão é que o time, apesar de todos esses pesares, começou bem. O gol logo no início parecia que ditaria o ritmo de jogo, Renato. Destaque, aliás, para o bom passe de Hernane para Pepê marcar. Uma coisa rara de se ver nessa temporada é o time de adversário ter mais posse de bola, enquanto exploramos o contra-ataque. O que até funcionou bem na primeira etapa, em que pese termos perdidos boas oportunidades de ampliar o placar. E isso nos custou caro.

No segundo tempo, a Chapecoense melhorou muito, e nós pioramos bastante. Tudo bem, Renato, é de se dar um desconto pelo fato de serem os suplentes. Entretanto, o chamado “efeito vestiário”, que quase sempre pesa a nosso favor no intervalo, ontem jogou contra. Faltou leitura sobre o jogo da Chape, e fomos praticamente dominados no segundo tempo.

Neste ritmo, não tardou para que empatassem o jogo. Paulo Vítor é um bom goleiro, mas voltou a falhar. Sua saída precipitada num lance com a bola quase na linha de fundo permitiu o gol adversário. Para sermos justos, ele faria uma ótima defesa no final da partida, que salvaria o ponto trazido na bagagem. Entretanto, no balanço das suas atuações até agora, ainda faz sentir a ausência de Marcelo Grohe em campo. Precisa melhorar.

Agora, ontem não dá para dizer que foram dois pontos perdidos, como em vários outros confrontos. Porque nosso segundo tempo fez com que o empate fosse até lucrativo. Se a Chapecoense tivesse virado a partida, não seria nenhuma injustiça. Espero que Alisson volte logo, pois já ajudaria muito nestes jogos com os suplentes. E que a lesão do Bressan, reserva imediato da zaga, não tenha sido muito séria.

Ao final, Renato, parece que os deuses do futebol mandam um claro recado: miremos na Copa do Brasil e na Libertadores. Gostaria muito de voltar a ganhar o Brasileirão, mesmo sabendo que é praticamente impossível para um time brasileiro jogar com força total nas três competições. Não deixa de dar uma certa frustração, porém, observar que o Grêmio vê a liderança ficando no distante.

De qualquer forma, todo nosso foco agora é na Copa do Brasil, no confronto do meio desta semana. Que encarnemos mais uma vez o espírito copeiro, para receber o Flamengo com todo nosso futebol, em casa, com a força da torcida e a sede pela hexacampeonato. Todos os caminhos levam ao Humaitá. Nos vemos lá na Arena quarta-feira, Renato!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

Bom Dia, Odair (com os principais lances de Inter 3 x 0 Chapecoense)

Bom Dia, Odair (com os principais lances de Inter 3 x 0 Chapecoense)

Seis jogos, oito pontos. Uma campanha modesta, mas temos que considerar que, destas seis partidas, enfrentamos quatro dos cinco favoritos ao título: Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e Grêmio. Da lista dos cinco melhores times do país, só não enfrentamos o Corinthians, cuja partida será no próximo domingo. Depois, a tabela fica mais fácil.

Bem, então a tabela faz com que joguemos cinco jogos complicadíssimos nas primeiras sete rodadas. De fáceis, há apenas Bahia e Chapecoense. E vencemos ambos. Não dá para reclamar muito de ti, né, Odair?

Se Renato fosse técnico do Inter (tesconjuro!) ficaria possesso durante o jogo de ontem. Imaginem que a Chape se fechou atrás, com todos os seus jogadores atrás da linha da bola, fazendo uma incrível retranca! Comportou-se como um time de segunda divisão! Não deveria ser permitido fazer isso…

Só que fizemos três gols.

Moledo comemora seu gol. Está jogando muito | Fotos: Ricardo Duarte
Moledo comemora seu gol. Está jogando muito | Fotos: Ricardo Duarte

Apresentamos as falhas de sempre: com a bola, fomos lentos, tivemos criatividade nenhuma e erramos passes e mais passes fáceis. Também não é crível que entremos em campo com 3 volantes para enfrentar a Chapecoense, um dos favoritos ao rebaixamento. Jogando juntos, Dourado — que fez excelente partida –, Edenílson e Patrick são um exagero apenas justificado quando o adversário é alguém como o… Corinthians, por exemplo.

Quem está mal mesmo são Damião e Pottker. Espero que tais medalhões nao venham a incomodar a ascensão de Lucca e Rossi.

De positivo, alem da boa atuação de Dourado, tivemos os chutes de fora da área de Lucca e a confirmação da segurança de nossa defesa. (Cuesta levou o terceiro cartão e não enfrentará o Corinthians). Zeca também foi bem e deverá crescer. (A troca dele pelo Sasha foi o negócio do ano ou foi a troca de Roger por Lucca?). O passe melhora com ambos, Zeca e Lucca. Outro fato legal foi que, mesmo ganhando, o time continuou em ritmo acelerado e marcando muito.

Goleamos. 3 x 0. Achamos um gol no final do primeiro tempo com Lucca e depois a coisa andou naturalmente. Com isso, pulamos do 17º lugar para o 10º. Se conseguirmos certa regularidade, acabaremos loguinho no meio da primeira página da classificação. Há um perde e ganha muito grande. O próximo adversário é o Corinthians, domingo (27/5), às 16h, no Beira-Rio. Por mim, um empate está bom. Mas uma vitória poderia dar uma nova feição para nosso combalido Inter, Odair.

https://youtu.be/fs0bLaCFvWo

Bom dia, Celso Juarez Roth

Bom dia, Celso Juarez Roth
Celso Juarez Roth, brincando com a gente
Celso Juarez Roth mandando Ferrareis e Ariel para o jogo

Como torcedor eu esperava mais, mas como observador sou obrigado a dizer que o desastre contra a Chapecoense foi algo normal, apenas mais um episódio deste triste 2016. A responsabilidade geral pelo que está acontecendo com o Inter — 3 pontos conquistados dos últimos 36 disputados, aproveitamento de 8% em 12 jogos — não é tua, é do indigitado presidente Vitorio — ou Derrotório — Carlos Costi Piffero, mas ontem tu resolveste meter tua pata na lama ao escalar mal e substituir ainda pior.

Conseguiste melhorar nossa defesa, porém os times que namoram o rebaixamento são assim. Aos 45 do segundo tempo, Paulão e Lomba deram um jeito da Chape marcar seu gol para nos tirar um pontinho que pode ser precioso lá no final. Paulão não foi na bola e Lomba foi lomba abaixo. A bola passou por baixo de seu corpo saudoso de Danilo Fernandes. Nós também estamos sofrendo coma  ausência de DF.

Agora estou mais calmo. Ontem estava subindo pelas paredes por tua causa, Juarez. Antes do gol da Chape e depois de tuas alterações, já tinha previsto tudo no Face. Está lá. Com Nico López no banco, tu fizeste entrar Ariel e Ferrareis. Juro, pensei que fosse enfartar ou ter uma convulsão. E deixaste Sasha em campo, tirando Seijas e Valdívia! É de enlouquecer.

Já na tua reestreia fizeste sumir o Celso Roth para nos mostrar a face Juarez. Ferrareis tem que ser emprestado para ver se vinga, não dá para colocá-lo em campo. Não dá para vê-lo jogar. O coitado está triste e deprimido. Já Ariel é outro braço roubado à agricultura argentina. Com sua altura, deveria estar em Mendoza podando parreiras. Está na hora correta de fazer isso para podermos naufragar em vinho nos desdourados anos vindouros. Ou seja, sem mais filigranas, digo que tiraste dois jogadores de futebol para colocar duas nulidades.

Danilo Fernandes; William, Paulão (Eduardo), Ernando e Alguém; Fernando Bob, Rodrigo Dourado, Anderson e Seijas; Valdivia e Nico Lopes. Esse time é melhor do que boa parte da Série A, mas quero ver tu escalá-lo. Vai começar a nos enrolar com Sashas, Ferrareis e Ariéis e, assim, vamos para o vinagre.

Gente, o rebaixamento está anunciado. Estamos prontos para ele, a um pontinho da linha da degola e nem adianta fazer muitos cálculos. O negócio é ficar de olho nas marolinhas para descobrir se a água vai fazer mesmo a sacanagem de nos cobrir. Se morrer afogado, meus últimos pensamentos serão para Piffero e Juarez.

Me esqueçam nas próximas eleições, tá? E, domingo, devemos ampliar nosso recorde sem vitórias contra o São Paulo e a maior vaia do Beira-Rio. (Claro que espero que ganhem, mas…)

E agora vejam a coisa de ontem:

https://youtu.be/raSlXkqUH9w

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances do fiasco de ontem)

Bom dia, presidente Piffero (com os melhores lances do fiasco de ontem)
D`Alessandro queria ser expulso, mas vai ter que jogar o Gre-Nal | Foto: Ricardo Duarte
D`Alessandro queria ser expulso, mas vai ter que jogar o Gre-Nal | Foto: Ricardo Duarte

Presidente, Argel é o treinador do Vamo lá, moçada! Os jogadores correm, se matam, mas sem a mínima organização. Se o adversário tiver 2g de cérebro verá que nossa correria não leva a nada. E o pior é que, quando o time é permanece 10 dias apenas treinando, volta jogando menos, prova de que os treinamentos de Argel são tão úteis quanto eu me preparar para as Olimpíadas agora, com 58 anos, disputando uma vaga no time de basquete, com meus 1,70m.

Um amigo ontem me ligou assustado dizendo para eu ligar o rádio porque o Argel estava surtando nos microfones. Naquela loucura mansa de quem está num nirvana particular, Argel disse que tivemos 55% de posse de bola, quatro chances de gol (?), 290 passes certos e o controle do jogo (?). Completou, para meu pasmo, lembrando que Abel tomara 5 da Chapecoense no ano passado, que dava gosto ver D`Alessandro e Anderson correrem e que nada estava perdido. Ou seja, ele vive numa realidade paralela.

Eu… comecei a rir.

É com esse espírito que devemos encarar o Gre-Nal. Não adianta entrar em brigas nem levar a sério o time de Argel, | Foto: Ricardo Duarte
É com esse espírito que devemos encarar o Gre-Nal. Não adianta entrar em brigas nem levar a sério o time de Argel. | Foto: Ricardo Duarte

No segundo tempo, D`Alessandro, impotente, estava louco para ser expulso como já acontecera com Juan. Olha, na posição dele, eu também estaria atrás de um cartão vermelho. Com sua biografia, para que jogar um Gre-Nal sem chances?

Os erros de Argel começaram no vestiário com a inclusão de Lisandro López na posição de Valdívia. Lisandro é a maior decepção de 2015. O lugar de Valdívia deveria ser ocupado por um jogador da função: Alisson Farias, é óbvio. Mas teu técnico escolheu inventar, Piffero. E não foi só isso: como disse meu amigo Marcelo Furlan, Argel queimou duas substituições para fazer uma. Muito mais simples seria colocar Arthur no lugar do Lisandro Lopes após a expulsão de Juan. E por que deslocar Rodrigo Dourado para colocar a ruindade do Nico Freitas que será dispensado? Aliás, para que colocar um jogador que SABE que será dispensado (Nico) e outro que DESEJA sair (Lisandro)? Qual é a motivação desses caras? E qual é a motivação de Alisson Farias e de Bertotto, os dois jovens ex-juniores que ficaram no banco vendo esses desmotivados jogarem?

Nosso time é motivo de chacota e com toda a razão. O twitter oficial da Chapecoense saiu-se com essa:

– A Chape sempre trata bem seus adversários. D’Alessandro ganhou cartão, chapéu e caneta.

E foi a pura verdade. Mas Dale não ganhou o desejado segundo cartão, aquele que o livraria do fiasco de domingo.

Espero que o Grêmio acabe com a longa agonia de 2015. Mas sem goleada, por favor.

https://youtu.be/1YUnZw3rpM0

Bom dia, Abel Braga (veja os gols do fiasco)

Bom dia, Abel Braga (veja os gols do fiasco)
Tira essa camisa e vai embora, Abel.
Tira essa camisa e vai embora, Abel.

Abel, eu tinha previsto. Olha só o que eu escrevi ontem ao meio dia no Facebook, horas antes de Chapecoense 5 x 0 Inter:

… acho que os erros e a entrega da partida para o Cruzeiro, no último sábado, desmotivaram todo o grupo de jogadores. Se o jóquei é cagão, o cavalo sente.

Sim, se o jóquei demonstra hesitação e medo, o cavalo toma conta e faz o que quer. Por exemplo, em vez de saltar sobre o próximo obstáculo, vê a porteira aberta e dirige-se para a sombra onde gosta de descansar. Na minha opinião, Abel, tu não és apenas cagão, tu estás certamente brigado com o grupo de jogadores. Pois nada explica o que segue:

1. Alex, protagonista absoluto do time nos últimos jogos, fica no banco contra o Cruzeiro.

2. D`Alessandro é retirado ontem no intervalo para dar entrada a Valdívia. Enquanto isso, Alan Patrick, uma das piores contratações nos últimos anos, permanece em campo.

3. Alan Patrick é escalado no lugar de Valdívia no jogo de ontem.

4. Paulão é titular, enquanto Ernando é reserva.

5. Aránguiz, um dos melhores jogadores sul-americanos, é colocado repetidamente fora de sua posição.

É óbvio que Abel está brigado com Dale e Alex e, provavelmente, em vias de ter um desentendimento com Aránguiz. Num mundo ideal, Giovanni Luigi se demitiria neste minuto e, num mundo que deseja corrigir-se, Luigi acabaria o ano e sua risível gestão sem Abel. Pois não dá mais.

O que Abel faz com seus jogadores comprova o que diz meu amigo Miguel Galbarino: ele não sabe porque estava vencendo e agora também não sabe o motivo das derrotas. Acho que nós não somos mais favoritos para o G-4. Ficaremos na TV, vendo o Grêmio divertir-se na Libertadores 2015, enquanto recebemos o Gauchão em nossa cama, de pernas abertas.

Ah, parabéns à Chapecoense, que viu e se aproveitou de nossas óbvias fraquezas. Foi 5 x 0 e poderia ter sido ainda mais.

http://youtu.be/1KmWuvxpYm0

Bom dia, Abel Braga (com os gols de ontem)

Bom dia, Abel Braga (com os gols de ontem)
Não estou tão animado quanto tu
Não estou tão animado quanto tu

Mais um jogo em que levamos três pontos para o Beira-Rio, mas mais um jogo onde jogamos pouco, tomando sufoquinho da Chapecoense… No início da noite, Abel, cheguei ao bar e vi parte do jogo do Grêmio. Meus deus!, o que era aquilo? Quando iniciou nosso jogo, já estava com os nervos gastos de pensar que estávamos atrás do Grêmio e do Goiás no Brasileiro.

E, para colocar uma cerejinha em meu nervosismo, Abel, os primeiros 15 minutos do nosso time foram tão ou mais afobados do que o descontrole do Sport contra o time do bairro de Uma e tá.  Foste salvo por um cruzamento do Fabrício, que achou o Wellington Paulista na área para fazer um bonito gol de cabeça. Enquanto isso, o garoto Diogo levava o maior baile do tal do Neuton, pelo lado esquerdo de ataque dos de Chapecó. Não gosto muito de individualizar, mas acho que o Sasha também foi muito mal, que o Valdívia só cai de qualidade, que o Wellington também piora e que este Leandro fez uma bela estreia. Ah, e que o D`Alessandro precisa de férias. Também pudera, sem o Aránguiz, é tudo com ele. Também o Jorge Henrique entrou bem no jogo. Porém, Abel, o importante é tu usares este período de treinamento durante a Copa do Mundo para dar mais dinâmica pro time. Estamos jogando feio demais.

Será complicado passar o período da Copa no G-4, né, Abel? A única forma será ganhar do Fluminense. O pior é que o Grêmio vencerá o Palmeiras e talvez fiquemos atrás deles durante o mês de recesso. Bem, quem manda não ganhar do Criciúma nem do Coritiba? Tais façanhas nos deixam atrás de um time que leva 4 x 1 de nós e que sai de campo feliz. Abel, o Patrick volta contra o Flu? Acho que o meio fica mais equilibrado com ele, Dale e Valdívia. Seria importante contar com ele. E não avise o Cristóvão que o Diogo não sabe marcar. O cara é uma avenida! Por que o Winck não joga esta partida, hein? Ele também não marca, mas me parece mais consistente, sei lá. De qualquer forma, boa sorte pra ti nesta última rodada pré-Copa.

http://youtu.be/yURIX2Yu1z4