Pois é. Andei lendo sobre o Caso Roman Polanski e — apesar de considerar a pedofilia o crime mais grave antes do assassinato — há tantos, mas tantos detalhes, que não sei o que eu decidiria em um juri. Os anos 70 eram diferentes. Polanski, já adentrado nos quarenta anos, namorava meninas de 15, como a grande Nastassja Kinski. Era tudo permitido, como podemos ver por esta surpreendente foto norteamericana de Brooke Shields, aos 11 anos de idade, em 1976.
Se isto não é pornografia infantil, não sei o que é. Saiu na imprensa da época, apesar de ser revoltante a nossos olhos certamente mais esclarecidos. (Digo isso sem nenhuma ironia).
Para meu pasmo, Samantha Gailey foi levada a Polanski pela mãe. E a mãe deixou-a sozinha lá para uma sessão de fotos… E Polanski era uma conhecida e admirada figura pública. E reconhecido por correr atrás de ninfetas. E era aceito pela sociedade menos conservadora. E Samantha, de 13 anos, tinha experiência sexual prévia.
Olha, é tudo muito estranho. O que hoje é um crime indiscutível, não parecia ser grave nos anos 70, apesar do veredicto do tribunal, que foi escolhido a dedo. De resto, calo-me antes que as feministas apareçam com uma argumentação perfeitamente razoável, porém com aquele tom indignado que nos deixa sem opções. Ou respondemos e somos sexistas (acusação falsa), ou ficamos quietos e somos indiferentes (acusação falsa), ou rimos e somos o pior tipo de rastejante (acusação que minha modéstia impede de considerar 100% falsa).
(*) A foto acima foi retirada deste post do Varal de Ideias.