Navegante, com Dudu Sperb e Guinga

Navegante, com Dudu Sperb e Guinga
Capa do CD Navegante | Foto Claudio Etges

No início de 2018, assisti a um show meio improvisado de Guinga e Dudu Sperb no StudioClio. Guinga tinha chegado à Porto Alegre naquela mesma tarde e eles tinham ensaiado apenas uma vez. A dupla se observava bem para entrar junto, mas não ocorreram problemas. Era clara a afinidade, a apresentação mais parecia um reencontro. Foi realmente um arraso.

Depois, eles repetiram a dose em mais três espetáculos. Foram espetáculos mesmo, com a voz de Dudu cantando as melodias do tremendo compositor e violonista que é Guinga.

Agora, a Bamboletras recebeu o CD Navegante — Dudu Sperb recebe Guinga. Acabo de ouvi-lo. Ele traz as belas interpretações de Dudu com as harmonias de Guinga ao violão. Trata-se de uma verdadeira joia. No disco, estão algumas das melhores canções do compositor carioca como Bolero de Satã (imortalizada por Elis), Você, Você (de Guinga e Chico Buarque, que apareceu no disco As Cidades, do último), Catavento e Girassol (cantada originalmente por Leila Pinheiro, creio), Silêncio de Iara, Senhorinha e o fado clássico, adoradíssimo na minha casa, Navegante. Como se não bastasse, ainda há uma homenagem à Marielle Franco: Nobreza da Maré.

FAIXA A FAIXA POR DUDU SPERB

1 – Sete estrelas (Guinga/Aldir Blanc)

Ao ritmo de uma toada de Guinga, com essas palavras de Aldir Blanc, abrimos o CD: “Eu canto a música da gente quando nua e crua…”. Além de traduzirem um pouco o espírito de outras parcerias desses dois compositores, elas representam um perfeito preâmbulo para o que está por vir, para a audição do disco. Mais adiante, a letra diz: “toda mentira minha é verdadeira”. Se pensarmos que as palavras “nua” e “crua” podem ser associadas ao conceito de verdade, é igualmente possível se compreender que essa veracidade se dá, também, através da “mentira” da canção. Ou seja, a música (que não somos nós, especificamente, mas que é uma manifestação nossa) traz em si a possibilidade da gente “ser” e “existir” de diversas formas através da interpretação. Pra mim, isso é um pouco como se dizer: “essa é a nossa música e através dela e de sua fantasia nós nos desvelamos”. E tudo que as pessoas ouvirão nesse disco tem como fundamento essa premissa da arte de ser uma “mentira” portadora de uma “verdade”.

2 – Canção do Lobisomen (Guinga/Aldir Blanc)

Essa é uma canção que, em música e letra, me parece uma boa introdução ao universo de Guinga. Sombria e bela, alude à fera incorporada à nossa humanidade que nos faz, por vezes, destruir aquilo que mais queremos ou necessitamos, que carrega o veneno sem entender por que e sem saber como se desvencilhar, se curar disso. Uma obra perene, mas que, especialmente nesse momento, se apresenta ainda mais ampliada em seu sentido.

3 – Choro pro Zé (Guinga/Aldir Blanc)

Esse choro com ares de jazz foi feito em homenagem ao grande saxofonista Zé Nogueira, com uma letra que reflete sobre a simbiose da música com a vida e do músico com seu instrumento. Mesmo sutilmente, nessa faixa cantei buscando colocar na voz ainda mais a entoação de um instrumento de sopro, como um sax.

4 – Catavento e girassol (Guinga/Aldir Blanc)

Outro clássico, e uma das canções mais conhecidas e admiradas de Guinga, Catavento e girassol é um exemplo perfeito de excelência, de beleza e de sofisticação. A exemplo do Quereres de Caetano, esse choro-canção versa sobre os desencontros dos desejos, das condutas, do jeito de ser de duas pessoas. Aqui, entretanto, essas oposições se colocam talvez de forma um tanto mais ambígua por serem colocadas mais singularmente como complementares. Exatamente como o que ocorre num reflexo no espelho: a imagem refletida sendo, ao mesmo tempo, o oposto e o arremate. E sua melodia, que vai e volta, inquietante e dramática, é marcante e sublime. Para mim, que sou barítono, os tons de muitas obras de Guinga às vezes beiram os limites da voz. A exemplo de “Canção do Lobisomem” e “Neblina e flâmulas”, entre outras, essa foi uma das canções do CD em que foi necessário atingir regiões bastante graves, um desafio técnico que resultou num ganho interpretativo: fiquei contente com as zonas sombrias da voz que alcancei e pelo quanto pude me adequar a elas para trabalhar a emoção. Me parece que, dessa forma, essas composições ganharam outros contornos.

5 – O silêncio de Iara (Guinga/Luis Felipe Gama)

Desde que a ouvi, no disco Noturno Copacabana, me encantei com esse belíssimo e singular choro-canção que alude, de forma sutil, à mítica senhora das águas, a sereia do folclore brasileiroEla possui em sua melodia algo de soporífico, de vai e vem, ao que a letra se amolda de forma hábil e elegante.

6 – Bolero de Satã (Guinga/Paulo César Pinheiro)

Foi através de Bolero de Satã, interpretada por Elis Regina e Cauby Peixoto, em 1979, que tomei conhecimento de Guinga. Lembro do quanto fiquei impressionado e encantado ao ouvi-la. Por esse motivo, pelo que ela teve de primordial como introdução ao universo do compositor, essa era uma canção que não poderia faltar no CD: gravei-a porque adoro a canção, mas sobretudo como uma homenagem a Elis, a Cauby e ao próprio Guinga.

7 – Ilusão real (Guinga/Zé Miguel Wisnik)

Outro choro-canção, misterioso, que desafia o cantor com sua melodia complexa. A letra “em aberto”, de Wisnik, permite inúmeras percepções, interpretações. Estão aqui reunidos, numa canção, dois dos principais compositores da atualidade, que estão entre os meus preferidos, e em cujas obras eu me perco e me encontro.

8 – Nobreza da Maré (Guinga/Anna Paes/Simone Guimarães)

Única obra inédita do CD, Nobreza da Maré é uma rara parceria de Guinga com outras duas compositoras. Simone Guimarães já havia feito letras para algumas de suas melodias, mas creio ser essa a primeira vez que ele, além de dividir a autoria com duas mulheres, ainda compartilha a composição da música com uma delas, no caso, com Anna Paes. Isso é ainda mais interessante pelo fato da canção também prestar homenagem a uma mulher: a vereadora Marielle, assassinada há um ano no Rio de Janeiro. Um lindo e comovente choro que me foi apresentado pelo próprio Guinga, em 2018, quando chegamos a interpretá-la, meio de improviso, num show do StudioClio.

9 – Avenida Atlântica (Guinga/Thiago Amud)

Me encantei com esse samba-canção ao ouvi-lo numa gravação de Guinga com o clarinetista italiano Gabrielle Mirabassi. Na mesma hora perguntei a Guinga se tinha letra. Felizmente havia uma letra encantadora de Thiago Amud, outro parceiro constante do mestre carioca. Trata-se de uma canção suave e lírica como o vai e vem das ondas, e outra linda homenagem ao Rio de Janeiro.

10 – Nonsense (Guinga/Paulo César Pinheiro)

Essa composição é uma preciosidade das preciosidades. E pensar que Guinga e Paulo César Pinheiro a conceberam quando tinham por volta de 20 anos, apenas… Sua narrativa de um suicídio é feita em frases que, por serem articuladas de formas completamente inusuais, dão uma certa sensação de falta de sentido. Porém, os significados de fato estão sendo explicitados ali; basta ouvi-la uma segunda ou uma terceira vez, se debruçando mais sobre a letra. Depois de cantada uma vez inteira, a narração retorna, completa, com a mesma letra em português, mas com uma pronúncia forçadamente francesa, o que faz ampliar ainda mais essa sensação de nonsense, de não discernimento, de falta de lógica. As palavras em português “entoadas em francês”, promovem então uma desarticulação ainda maior, deslocando, misturando, escondendo ou revelando significados, aqui e ali. E a melodia dessa valsa que vai e volta, que avança e que novamente é retomada, se projeta de forma espiralada como num voo desnorteado, sugerindo ela também uma ação incompleta ou uma indecisão de chegar ao fim.

11 – Neblina e flâmulas (Guinga/Aldir Blanc)

Essa é uma canção que nos apresenta um Aldir Blanc mais lírico do que o usual. Me apaixonei por ela na primeira vez em que a ouvi, no CD que Leila Pinheiro gravou com as canções de Guinga. Sobretudo a melodia, sempre me deu vontade de chorar. Novamente os graves se impuseram, e eu imergi numa interpretação mais densa, fazendo sobressair um certo sentido de perdição que ela revela. Essa foi a única composição que, em nossos poucos encontros para definir o repertório do show, Guinga cogitou subir o tom. Mas eu me propus a cantá-la assim, no tom original como as demais canções, seguindo a navegar por suas profundezas. E adorei o resultado.

12 – Você, você (Guinga/Chico Buarque)

A única parceria desses dois mestres cariocas só poderia resultar nessa maravilha. Letra e música são tão misteriosas, tão perfeitas em si mesmas e em seu casamento, que foi um encantamento interpretá-la. E, para minha própria surpresa, essa foi uma das execuções que saíram mais de pronto. Foi só eu me deixar levar, seduzido por ela, por seu misto de devaneio e realidade, de vigilância e sono.

13 – Senhorinha (Guinga/Paulo César Pinheiro)

Creio que, junto com Bolero de Satã, essa é a canção mais conhecida de Guinga. E ela é também, possível e provavelmente, a mais amada pelo público, uma modinha que alia delicadeza e beleza em cada nota de sua primorosa melodia a uma letra plena do encanto e da sofisticação de uma história de contos de fadas. Há muitos anos, eu já havia registrado essa canção, apenas de modo demostrativo, para um outro projeto de disco que não chegou a acontecer. Agora, com sua bênção e tendo-o como guia, finalmente pude interpretá-la com Guinga.

14 – Navegante (Guinga/Paulo César Pinheiro)

Outra composição da juventude de Guinga e Paulo César Pinheiro, esse fado é uma beleza que, se não soubéssemos, julgaríamos ter sido feita por compositores mais maduros e experientes. Depois de todas as histórias narradas nas canções anteriores, essa me parecia a obra perfeita pra fechar o disco. Somos todos navegadores e seguimos rumos, queiramos ou não. Mas justamente aqui, imersos nesse universo de canções, o que fazemos, mais do que qualquer coisa, é ir em busca de emoção, soltos na imensidão. E o disco, que começou com uma espécie de testemunho sobre a música, termina ecoando a palavra coração.

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Quem conhece sabe que Guinga (Rio de Janeiro, 1950) é um dos maiores compositores brasileiros. Artista de longa e brilhante trajetória, excepcional violonista com vários discos gravados, tem obra reconhecida, tanto no Brasil como no exterior. Teve canções gravadas por cantoras como Elis Regina, Clara Nunes e Leila Pinheiro. Mais recentemente, vem atuando ao lado de Mônica Salmaso, Maria João, Esperanza Spalding, André Mehmari, Francis Hime, Gabriele Mirabassi e de grupos como o Quinteto Villa-Lobos, entre outros. Não, não é pouco. E, para completar, sobre suas melodias se debruçaram alguns dos maiores letristas brasileiros, como Chico Buarque, Aldir Blanc, Paulo César Pinheiro, etc.

Desde 1988, Dudu Sperb (Porto Alegre, 1961) tem trabalhos como intérprete em projetos com músicos como Paulo Dorfman, Adão Pinheiro, Cau Karam, Toneco da Costa, Fernando do Ó, Giovani Berti, Maurício Marques, Arthur de Faria, Michel Dorfman, Vagner Cunha, Nico Bueno e Luiz Mauro Filho, entre outros. Atuou junto a artistas como Zé Miguel Wisnik, Ná Ozzetti e Milton Nascimento e apresentou-se em países como França, Holanda, Bélgica, Portugal e Uruguai. Possui quatro CDs gravados.

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Há 50 anos, em Guarujá, aparecia o ‘Eliscóptero’ que faria nascer a MPB

Há 50 anos, em Guarujá, aparecia o ‘Eliscóptero’ que faria nascer a MPB
Elis Regina no I Festival da Excelsior

A fluidez e elegância do texto de Chega de Saudade — referimo-nos ao livro de Ruy Castro, não à belíssima canção de Tom e Vinícius — é interrompida quando o autor fala na MPB. Subitamente, Ruy torna-se agressivo. Em sua opinião, a MPB e sua popularidade vieram destruir aquela bela mistura de samba, cool jazz e bebop chamada Bossa Nova. Até hoje, cerca de 50 anos depois, alguns amantes do gênero manifestam-se com certo ressentimento sobre o fim do movimento que deu algum protagonismo, em âmbito mundial, à música produzida no Brasil.

Em meados da década de 1960, a Bossa Nova deu sinais de uma cizânia à esquerda. Estimulados pelo Centro Popular de Cultura da UNE, novos (e grandes) artistas trouxeram uma crítica à influência do jazz norte-americano na bossa nova, propondo uma reaproximação com compositores de morro, como o sambista Zé Ketti. Eram eles Edu Lobo, Marcos Valle, Dori Caymmi, Francis Hime e outros.

Tom, Edu e Vinícius: sem problemas.

Um dos pilares da Bossa Nova, Vinícius de Moraes, logo descobriu em Edu Lobo um possível parceiro e, de forma saudável, passou a circular tanto ao lado da Bossa como no outro lado. Carlos Lyra e Nara Leão, que promoveram parcerias com artistas do samba como Cartola e Nelson Cavaquinho e do baião e xote nordestinos como João do Vale, logo abraçaram a nova ideia. Foi uma fase riquíssima de nossa música. Em 1966, Vinícius estendia sua mão ao novo movimento lançando o antológico LP Os Afro-sambas, dele e Baden Powell.

Alguns dizem que a data de fundação da MPB foi o início do mês de abril de 1965, quando Arrastão venceu o 1º Festival Nacional da Musica Popular Brasileira da extinta TV Excelsior. Arrastão era uma parceria de Edu Lobo e Vinícius de Morais e realmente não tinha nenhuma feição bossanovista. Impossível cantá-la com um banquinho e violão. Elis Regina detona na interpretação não apenas em termos de potência vocal como de performance física. O coreógrafo Lennie Dale mandou que ela cortasse os cabelos e agitasse os braços. E ensinou-lhe como fazer.

“É, eu rodopiava os braços”, disse Elis, anos depois. Aquela natação um tanto ridícula valeu a ela o apelido de Eliscóptero ou de Hélice Regina. Poucos ousaram criticá-la, pois a qualidade da música de Edu era indiscutível. Um dos poucos foi Ronaldo Bôscoli, que casaria com Elis pouco tempo depois. Assim como Tom Jobim, Bôscoli achava a gaúcha meio brega. Outro foi um Caetano Veloso cuidadoso. “Aquela dança marcada me pareceu cafona, mas cheia de talento”. Depois todos eles mudaram de opinião. Os gestos exagerados de Elis tornaram-se assunto em todo o Brasil, principalmente pelo ineditismo visual: num movimento desengonçado e pouco natural, mas movido aparentemente pelo entusiasmo, os braços da cantora pareciam dois remos no ar.

Lamentavelmente, há apenas registros incompletos do eliscóptero, mas dá para ver facilmente no vídeo abaixo que Elis seguiu não apenas os conselhos de Dale como leu direitinho o bilhete de Vinícius que lhe foi passado minutos antes de entrar no palco. Este dizia: “Arrasta essa gente aí, Pimentinha”. A melodia agressiva e a letra de Vinícius (“Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim / Nunca, jamais, se viu tanto peixe assim”) não tinha nada a ver com a Bossa Nova.

É estranho que o sofisticado e melodioso Edu Lobo tenha ido para a história como um dos exterminadores da Bossa Nova. Mais estranha ainda é a lenda de que Vinícius escreveu a letra de Arrastão em dez minutos em sua casa, na companhia de Edu.

Porém, outros dizem que a MPB, expressão derivada de Música Popular Brasileira, teria nascido em 1966, com a também chamada segunda geração da Bossa Nova. A MPB teria nascido quando um grupo novo de artistas efetivamente tomou conta da cena musical brasileira. Gente como Geraldo Vandré, Edu Lobo, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, etc. tornaram-se rapidamente famosos e alguém que tivesse ficado sem notícias do Brasil desde 1964 e aqui desembarcasse em 1966, não entenderia nada. Os novos ídolos eram muito jovens e recentes. Eles apareciam com frequência em festivais de música popular e na TV. Sua consistência e estabelecimento como figuras públicas teria feito naufragar a Bossa Nova. E pouco tinham de Bossa Nova.

Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, realizado em São Paulo em 1966, Disparada, de Vandré, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da bossa em MPB.

Jair Rodrigues defendendo Disparada, de Vandré: “Prepare o seu coração / pras coisas que eu vou contar”

Na prática, não havia animosidade entre os movimentos. Assim como Vinícius, Chico Buarque trafegava em ambos. Mas o público discutia a manutenção da sofisticação musical ou a fidelidade à música de raiz brasileira. Quando a ditadura apertou, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a nova sigla MPB como uma de suas bandeiras de luta.

Zuza Homem de Melo afirma que o estilo da música dos Festivais foi o que sepultou a Bossa: “A grande transformação veio de um programa de televisão com competição de canções e participação do público torcendo abertamente. Ali, as canções da Bossa Nova não teriam êxito. Surgiu um novo formato”, conta. “O governo não percebeu que as canções poderiam se tornar uma bandeira da classe universitária contra a censura e contra a ditadura militar”, completa Zuza.

Exato. Os festivais perderiam sua força no momento em que o Governo Militar percebeu o poder de contestação que estava associado e eles, mas a MPB seguiu e segue até hoje.

Em 1967, na terceira edição do festival, já na Record, a Tropicália seria lançada, as mensagens políticas estariam mais cifradas e a MPB seria invadida por guitarras elétricas. Mas isso já é outra história.

Uma rápida lista de artistas que participam ou participaram da MPB demonstra um grande domínio qualitativo do gênero. Os críticos que votaram os 100 melhores discos brasileiros de todos os tempos da revista Rolling Stone, colocaram 52 discos de MPB na lista.

De memória e podendo cometer injustiças, listamos compositores, cantores e arranjadores ligados à MPB. Ele é impressionante: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo, Jorge Ben Jor, Elis Regina, Paulinho da Viola, Vinícius de Moraes, Milton Nascimento, Gonzaguinha, Maria Bethânia, Rogério Duprat, Baden Powell, João Bosco, Gal Costa, Tom Zé, Guinga, Toquinho, Marisa Monte, Nara Leão, Cristóvão Bastos, Francis Hime, Mutantes, Mônica Salmaso, Paulo César Pinheiro, MPB-4, Carlos Lyra, Sidney Müller, Luiz Melodia, Marcos Valle, Geraldo Vandré, Belchior, Zizi Possi, Clara Nunes, Joyce, Sueli Costa, Moraes Moreira, Simone, Fagner, Lô Borges, Jards Macalé, Djavan, Lenine, Maria Rita, Sérgio Sampaio…

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