É óbvio que nós não fomos ao Equador para jogar bem, fomos especular e um ponto estaria de bom tamanho. Afinal, entramos com três zagueiros (Juan, Réver e Ernando) e três volantes (Freitas, Nilton e Aránguiz). Sobram dois laterais em crise técnica (Leo e Fabrício) e apenas duas esperanças de bom futebol (Alex e Sacha). Ou seja, era para marcar bem e jogar mal e foi o que fizemos, ao menos até a expulsão de Lastra, quando nos tornamos péssimos.
O Emelec achou um gol no primeiro tempo. Digo “achou”, porque tratou-se da única chance dos equatorianos e foi um lance bastante estranho, improvável mesmo. O jogo virou em 1 x 0 para o Emelec. No início do segundo tempo, o Emelec ficou com dez jogadores e o Inter logo empatou o jogo com Vitinho, que entrara no intervalo no lugar de Aránguiz. (Aliás, quando é que o chileno voltará da Copa do Mundo?). O incrível foi que, após o empate, começamos a tomar um baile dos dez remanescentes deles. Não conseguimos em momento nenhum ameaçar o gol de Dreer. Com onze em campo, o negócio era avançar sobre o adversário na base da troca de passes, mas como fazê-lo se não acertamos três passes consecutivos, Aguirre? E os laterais conseguiram o difícil milagre de errarem TODOS os cruzamentos. Acho que gostaram de ver o goleiro Dreer erguer os braços sozinho em sua pequena área para pegar cada um deles.
Uma coisa, Aguirre. Nosso próximo jogo na Libertadores 2015 será só no dia 16 de abril, em Santiago, contra a Universidade do Chile. Até lá, precisamos de um time mais compacto e com melhor toque de bola. É impossível continuar com esse futebol deficiente. Nossa defesa ontem foi novamente muito mal contra um time desfalcado. Não vamos longe desse jeito. Aliás, para bom entendedor, foi o que disseste ontem nas entrevistas pós-jogo. Vamos com os titulares no Gauchão ou seguirás preservando-os? Pensam que eles devam jogar e jogar. Estamos em março, o preparo físico já deve ter chegado e está na hora de eles demonstrarem a que vieram.