Estádio Olímpico: as nossas melhores lembranças

Estádio Olímpico: as nossas melhores lembranças

Estádio-Olímpico-MonumentalA implosão do Olímpico está confirmada para janeiro de 2015. Comprarei charutos e espumantes para assistir a demolição. Eu, Mato Grosso e o Joca estaremos lá. Deus dá o estádio conforme o torcedor.

Quando a saudosa maloca for pelos ares, eu e meus amigos lá estaremos brindando. Imagine o filme que faremos. Haverá a explosão e, após o som tonitruante, veremos o pó subir com a trilha sonora da música do Canal 100. Para garantir a seriedade e o respeito aos gremistas, faremos uma homenagem a Hélio Dourado. Somos gente de respeito.

Com a terraplanagem do Olímpico, as conquistas do Grêmio serão resgatadas das fitas VHS e de outros meios mais obsoletos para o digital. Afinal, alguém tem que respeitar a história do chamado imortal. Imortais também são o bullying e as piadas prontas com que o tricolor nos abastece. Obrigado, Grêmio!

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No último jogo do Olímpico, Grêmio não obtém a vaga direta

Foto: SC Internacional

O Grêmio é um time certinho, bem treinado, mas é formado por um grupo comum de jogadores. Quando é muito marcado e a condição técnica é chamada a comparecer, passa a faltar tudo. Já o Inter finalizou a mais medíocre das últimas temporadas. Sua missão era a de apenas atrapalhar o Grêmio, impedindo-o de chegar direto a fase de grupos da Libertadores 2013. Conseguiu com alguma facilidade, depois de ter feito muita coisa para perder seu quinto jogo consecutivo. (A expulsão de Damião foi uma das coisas mais ridículas que já vi e o que dizer da inexplicável substituição de Cassiano?).

Com o resultado, o prejuízo do Grêmio é grande. A fase de mata-mata da Libertadores começa no final de janeiro e o Grêmio ainda tem um jogo contra o Hamburgo no próximo sábado. Então, os jogadores entram em férias dia 9 deste mês, voltam em 9 de janeiro e poucos dias depois já têm um jogo eliminatório. Foi para isso que o Inter lutou para manter o empate. Só para complicar a vida do Grêmio. Fomos bem sucedidos, mas fala sério, é muito pouco.

P.S. — O Olímpico merecia um melhor time do Grêmio em seu último jogo. Afinal, foi lá onde assisti meu primeiro jogo de futebol. Foi em 1967 ou 68: Inter 1 x 0 São Paulo, pelo Roberto Gomes Pedrosa, o torneio que foi o ensaio para o atual Campeonato Brasileiro.

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Obrigado, Grêmio! Vocês fazem parte de nosso centenário!

Somos devedores pelos grandes favores que o Grêmio nos prestou neste final de Brasileiro. Na rodada de domingo passado, eles nos permitiram passar à frente do Cruzeiro com o heróico empate que obtiveram para nós em pleno Mineirão. Neste fim de semana, ultrapassamos o Palmeiras, mas tal fato não teria sido possível sem a vitória do Imortal Tricolor sobre os verdes do Parque Antártica na última quarta-feira.

No próximo fim-de-semana, eles estarão de folga enfrentando o Barueri, porém, na última rodada, faremos novamente uso de seus préstimos contra o Flamengo para, quem sabe, acalentarmos a doce, diminuta e ainda fraca — como um pastel de Santa Clara — esperança de sermos Campeões Nacionais após 30 anos.

Hoje, graças a nosso coirmão, temos 93% de chances de ir à Libertadores e 9% de sermos campeões. Há que fazer mais e temos confiança de que esforço, competência e solidariedade não faltará ao grande time do Olímpico.

Agradecemos antecipadamente.

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Esses moços, pobres moços; ah, se soubessem o que eu sei

Os versos de Lupicínio Rodrigues — autor do hino do Grêmio — descrevem bem a incredulidade de que fui presa ontem, ao conversar com amigos de meu filho, todos na faixa dos 18 anos. Ele não sabiam que, nos anos 70, houvera uma torcida organizada gay que apoiava o Grêmio Futebol Portoalegrense. Ninguém tinha ouvido falar na Coligay. Como não? Verdadeiramente pioneiros, aqueles torcedores antecipavam a intimidade da atual avalanche ao demonstrar sua alegria pelas arquibancadas do estádio alusivo às Olimpíadas de Porto Alegre.

Mas os tricolores não souberam assimilar a novidade. Sentiram-se ameaçados e enxotaram aquela torcida vanguardista. Todos sabem que a homofobia é o produto do medo que as pessoas têm de um dia elas próprias descobrirem-se homossexuais ou de serem tomadas como tais. Em outras palavras, a homofobia é um mecanismo instintivo de defesa contra uma previsível possibilidade de desenvolver um sentimento de afeto por pessoas do mesmo sexo. Então, os homofóbicos tornam-se agressivos e podem até mesmo cometer violências para se preservarem do risco. É uma postura tão medieval quanto a das religiões que, ao tentar impedir os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, acabam é pregando a mais pura aversão, que desemboca no ódio e depois na violência. Pô, deixem os gremistas seguirem suas inclinações naturais!

E a Coligay, conforme documentamos abaixo, ainda ensaiou um retorno. Sem seus tradicionais roupões, mas com propósitos firmes, tentaram dar novamente vazão à sexualidade latente que habita todo gremista.

Mas não deu certo, venceu o atraso. Clicando nas fotos abaixo, você poderá ler a reportagem de uma edição da revista Placar, se não me engano de 1977 onde mestre Divino Fonseca, com aquele tempero especial de um politicamente incorreto plenamente permitido, tira um sarro em três páginas antológicas. Para lê-las basta clicar sobre a foto, depois clicar novamente sobre o sinal positivo que sugirá sobre a imagem para depois “navegar” pelas colunas de Divino.

Em 1977, esta era a ditabranda tricolor.

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