Pensava que este blog tivesse um PHES…
… dedicado a Brigitte Bardot (1934). Engano.
Em uma dessas conversões atrapalhadas, várias fotos sumiram.
E, dentre elas, todas as do PHES de Bardot.
Ela foi a musa preferencial de meu pai, …
Pensava que este blog tivesse um PHES…
… dedicado a Brigitte Bardot (1934). Engano.
Em uma dessas conversões atrapalhadas, várias fotos sumiram.
E, dentre elas, todas as do PHES de Bardot.
Ela foi a musa preferencial de meu pai, …
Protesto
Na Internet, você pode encontrar centenas de fotos de estrelas perecíveis como Rebecca de Mornay, …
… milhares de Ursula Andress, que — atriz medíocre como Rebecca — só não perece em razão dos primeiros 007, …
… dezenas de Anita Ekberg, cuja natural opulência foi imortalizada por Federico Fellini, …
… praias tomadas por Bo Derek, ….
… revistas lotadas de Sara Tommasi ou …
… fotos de todos os tamanhos e idades da iconoclasta maior Jane Birkin, …
… assim como da talentosa (pelas costas) cantora Shakira, …
… e da mui duvidosa Angela Merkel — pois há todo gênero de tarados –, …
… mas não encontrará variedade de belas fotos dos dois mais belos animais brasileiros não extintos:
… Letícia …
… Sabatella e …
… Maria Fernanda …
… Cândido. Só encontrará fotos de divulgação bagaceiras.
Em compensação, as indianas, paquistanesas e árabes não fundamentalistas nos dão um baile… Por quê?
Eu tenho diretórios e mais diretórios cheios de fotografias
eles são razoavelmente organizados, pois
daquelas figuras planas, vistas na tela
surgem ideias, desejos, estímulos… — para mim e para vocês, meus sete leitores —
e… o que mais posso dizer sem pisar a linha do vulgar?
Pois então eu abro o diretório Mulheres lendo
e observo que há nele
427 imagens
Procuro por imagens de Marilyn Monroe lendo, encontro,
mas me parabenizo ao notar que há um diretório exclusivo para ela
Começou o Festival de Cannes de 2009. Achei belíssimo o cartaz.
As atrizes não deixaram barato.
Monica Bellucci e Sophie Marceau tomaram o mundo com suas fotos na Paris Match.
Bellucci tem 44 anos, Marceau, 42.
Escolher entre as duas seria como optar entre Bach e Beethoven …
… (pois, aqui, estamos no topo da evolução humana).
Mas, como se não bastasse, há mais em Cannes 2009.
Há a cinquentona Isabelle Huppert presidindo o júri.
Há a trintona Penélope Cruz, tornada loira por Almodóvar.
Há Charlotte Gainsboroug — a filha de Jane Birkin é uma feia na qual nosso olhar gruda –, …
… no Anticristo de von Trier.
Há Diane Kruger, …
… no último Tarantino.
Há o sorriso iluminado de Juliette, …
…. abaninhos de Giovanna, …
… glamour de Rachel, …
… carinhas de Audrey e, fundamentalmente, a presença da maior de todas as francesas: …
… Jeanne Moreau, linda aos 81 anos. Monica Bellucci, desculpe, mas és uma baranga perto de Jeanne.
Pffff…
Obs.: Eu sei que é demais pedir que haja três filmes efetivamente BONS abaixo, apesar da nominata impressionante dos concorrentes à Palma de Ouro. Confiram:
A L’ORIGINE, de Xavier Giannoli (FRANÇA) com Gérard Depardieu e Emmanuelle Devos
ANTICHRIST, de Lars Von Trier (DINAMARCA) com Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg
BAK-JWI (THIRST), de Chan-Wook Park (CORÉIA DO SUL) com Eriq Ebouaney
BRIGHT STAR, de Jane Campion (REINO UNIDO) com Abbie Cornish e Ben Whishaw
CHUN FENG CHEN ZUI DE YE WAN, de Lou Ye (CHINA)
DAS WEISSE BAND, de Michael Haneke (ÁUSTRIA) com Susanne Lothar e Ulrich Tukur
ENTER THE VOID, de Gaspar Noé (FRANÇA) com Nathaniel Brown e Paz de la Huerta
FISH TANK, de Andrea Arnold (REINO UNIDO) com Michael Fassbender
INGLOURIOUS BASTERDS, de Quentin Tarantino (ESTADOS UNIDOS) com Brad Pitt e Diane Kruger
KINATAY, de Brillante Mendoza (FILIPINAS)
LES HERBES FOLLES, de Alain Resnais (FRANÇA) com Sabine Azéma
LOOKING FOR ERIC, de Ken Loach (REINO UNIDO) com Steve Evets
LOS ABRAZOS ROTOS, de Pedro Almodóvar (ESPANHA) com Penélope Cruz
MAP OF THE SOUNDS OF TOKYO, de Isabel Coixet (ESPANHA) com Rinko Kikuchi
TAKING WOODSTOCK, de Ang Lee (ESTADOS UNIDOS) com Demetri Martin
THE TIME THAT REMAINS, de Elia Suleiman (PALESTINA) com Elia Suleiman
UN PROPHÈTE, de Jacques Audiard (FRANÇA) com Niels Arestrup
VENGEANCE, de Johnny To (HONG KONG) com Johnny Hallyday e Sylvie Testud
VINCERE, de Marco Bellocchio (ITÁLIA) com Giovanna Mezzogiorno e Filippo Timi
VISAGE, de Tsai Ming-Liang (FRANÇA) com Mathieu Amalric e Jeanne Moreau
A L.C.R.
Lembro da história que um grande amigo me contou há pouco tempo. Era a primeira metade de 1994 e seu casamento já estava na crise em que se manteve por mais sete anos quando, finalmente, para gáudio dos amigos, esboroou-se. Sua mulher reclamava da falta de dinheiro em casa e queria abortar o segundo filho do casal, o que não aconteceu. Ele, desesperado e irritado, resolveu vingar-se dela saindo com aquele back-up que alguns homens têm no escritório. Ao final de uma sexta-feira, saiu caminhando pela rua com a colega; viu um cartaz onde estava escrito Jacques Rivette, Michel Piccoli, Jane Birkin e Emmanuelle Béart. Interessou-se. Não podia ser um mau filme. Convidou-a, depois iriam a um bar. OK. Só faltou ler uma coisinha no cartaz além dos atraentes nomes dos artistas: 240 minutos.
O filme tinha aquele ritmo francês que causa engulho e sono aos americanizados espectadores atuais…
… mas meu amigo estava antes colonizado pela tristeza que pelo mau gosto.
Pouco a pouco deixou-se levar pelas belas imagens que narravam…
… a história do pintor em crise criativa que recebia uma nova modelo.
Passou a achar que a crise do personagem de Piccoli tinha tudo a ver com a sua e…
… que alguém como Béart poderia solucionar rapidamente quaisquer problemas. Imagina se não.
Lá pelas tantas, a colega perguntou:
— Que horas são que esta coisa não acaba nunca?
Ele viu que já tinham transcorrido três horas… Porém o filme não parecia estar perto do fim.
Ela queria retirar-se, mas ele desejava ver a modelo até o final do filme.
A colega irritou-se e disse que então ia embora. Foi.
Meu amigo ficou até o final. Sentia, enquanto ia sozinho para casa — a sua casa dos horrores –, aquele tremendo amor ao cinema… Hoje ele freqüenta outra praia, de águas mais calmas e quentes.
E a serenidade retornou àquele amigo que hoje vive com quem, desde o primeiro indício (em ambos os casos), sempre quis.
O filme é La Belle Noiseuse na França, A Bela Intrigante no Brasil, A Bela Impertinente em Portugal e The Beautiful Troblemaker nos EUA. Direção de Jacques Rivette. Asseguro-lhes, é uma obra-prima, não obstante o que diz nosso intrépido navegador.