Porque hoje é sábado, Romy Schneider

Porque hoje é sábado, Romy Schneider

Tão pontual quanto os fiascos do Grêmio, aqui vocês têm um PHES muito especial.

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Romy Schneider (1938-1982) foi o nome de atriz que mais ouvi durante minha infância.

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Meu pai era fascinado por esta austríaca que tornou-se a namorada do mundo aos 17 anos, no papel de Sissi, a imperatriz da Áustria.

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Logo após Sissi, recusando outros papéis de jovem inocente, escolheu viver uma lésbica, para algum espanto dos fãs.

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Entre 1958 e 1963, foi a invejada namorada do cobiçado Alain Delon.

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Nesta época, começou a filmar com Visconti (Boccaccio 70) para demonstrar o que já se imaginava: era uma grande atriz.

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Mas lembro que meu pai dizia sem que eu entendesse o motivo: é muita mulher para pouca sorte.

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Durante umas férias, viu seu filho morrer ao pular uma cerca de ferro.

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O menino de 14 anos foi perfurado pelas pontas do alto da cerca.

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Depois, o primeiro marido, pai de seu filho, suicidou-se e …

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… Romy caiu em depressão. Logo após o tratamento, vieram o câncer, a retirada de um rim e …

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… a morte aos 43 anos. Li em algum lugar e guardei num arquivo que ela tinha beleza de deusa, …

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… calma de budista e o mais transparente ar de felicidade. Puro fingimento.

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A atriz de Ludwig, de Visconti, de O Processo, de Orson Welles, de O Importante é Amar, de Andrezj Zulawski, …

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… e de tantos outros filmes, foi uma mulher infeliz, como garantem seus biógrafos.

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Uma das belas atrizes de todos os tempos teve uma vida que foi uma …

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confusa combinação de conto de fada e tragédia grega.

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Além dos filmes que citei, ficaram em minha memória suas maravilhosas participações em Uma História Simples, de Claude Sautet e em Um Homem, uma Mulher, uma Noite (Claire de Femme), de Costa-Gavras.

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Meu pai não tinha razão em tudo, mas tinha sobre Romy Schneider. Muita mulher e muita atriz para pouca sorte.

Porque hoje é sábado, mulheres lendo

Porque hoje é sábado, mulheres lendo

Eu tenho diretórios e mais diretórios cheios de fotografias

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eles são razoavelmente organizados, pois

daquelas figuras planas, vistas na tela

surgem ideias, desejos, estímulos… — para mim e para vocês, meus sete leitores —

e… o que mais posso dizer sem pisar a linha do vulgar?

Pois então eu abro o diretório Mulheres lendo

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e observo que há nele

427 imagens

Procuro por imagens de Marilyn Monroe lendo, encontro,

mas me parabenizo ao notar que há um diretório exclusivo para ela

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Porque hoje é sábado

Enquanto Sophia Loren lê,

Romy Schneider pisca,

Anna Karina olha,

Scarlett posa,

Ingrid aponta,

Florinda deita com discos (?),

Liv concentra-se,

e Mia e Sharon (pois Dean não nos interessa) divertem-se,

fico pensando no tremendo cansaço de hoje à noite — que me derrubou às 8.

Preciso de férias e, na semana que vem, a esta hora,

estarei na cidade de Juliette — estará ela lá? —

ou na de Julie

caminhando quilômetros por dia,

fugindo da correria insana que me persegue.

Não sei o que tenho que fazer

para apressar o tempo,

apenas sei

que ainda há algumas pendências

e alguma briga

para, enfim, desaparecer por 15 dias.

Três vezes Brahms: o Concerto da OSPA ontem à noite foi memorável e teve a presença de Romy Schneider

Aos colegas da OSPA.

Quero convidá-los para se divertirem nessa noite de BRAHMS. Apesar dos pesares somos músicos, é isso que amamos fazer, uns mais, outros menos, mas é o que amamos fazer, Música. E quando essa música está aliada a um bom maestro e uma excelente jovem solista, só nos resta uma coisa, nos divertir em tempos de luta por melhores condições de trabalho.

Israel Oliveira, trompista da OSPA, antes do concerto, no Facebook

Querem ouvir músicos felizes ? É só deixá-los tocar Brahms. Três vezes em um único dia é prenúncio de grande concerto.

Augusto Maurer, clarinetista da OSPA, antes do concerto, no Facebook

O programa de ontem, 6 de setembro, era este:

Johannes Brahms – Abertura Trágica, Op. 81
Johannes Brahms – Concerto para Violino e Orquestra, Op. 77
Johannes Brahms – Sinfonia Nº 3, Op. 90

A solista de violino foi a espantosa (e bela) Anna Matz — sósia mais magra e alta de Romy Schneider — e o regente foi o uruguaio Nicolás Pasquet.

Terminadas as apresentações, tenho que dizer que o concerto foi memorável, inesquecível. As interpretações da solista e da orquestra no Concerto e, depois da orquestra na Sinfonia, foram de cair o queixo. Grande regente, o Sr. Nicolás Pasquet.  Foi uma noite para a gente sair de lá feliz, mesmo que tenha sido no péssimo Auditório Dante Barone, mesmo que saibamos do local inadequado para ensaiar, mesmo com os barulhos estranhos que vinham do vestíbulo, mesmo com uma acústica de merda, a orquestra resiste aos maus tratos estaduais e federais. Afinal, a ministra Ana de Hollanda veio à Porto Alegre fazer o quê? Passear e prometer? Chega, né? Quanto mais batem, mais esta orquestra cresce, mas tudo tem limite.

Agora notem como a extraordinária solista de apenas 20 anos lembra Romy Schneider. Vão dizer que não?

Uma era austríaca, a outra é alemã
Anna e Romy nos dão uma olhada sobre o ombro
Uma lê na piscina, a outra, na sala de concerto
Ah, vai dizer que não são parecidas?
Romy Schneider, durante uma aula de violino para Anna Matz, dá uma pitadinha