Depois de uma noite consagradora para… mim, já que acertei 100% dos oscares principais (confira aqui), volto ao tapete vermelho para escolher as mais elegantes da noite.
Cate Blanchett recebe a medalha de bronze:
Scarlett Johansson recebe a de prata.
And the Oscar goes to… Naomi Watts!
Em outro nível, Emma Stone tenta esganar Jennifer Aniston. A luta pelo Oscar foi duríssima:
Não pensem que entendo de moda ou que deixei de ser daltônico, tá? Para que as mulheres não reclamem, deixo aqui uma foto do apresentador Neil Patrick Harris na noite de ontem.
Abro espaço para uma resenha escrita por minha filha Bárbara, de 18 anos.
Por Bárbara Jardim Ribeiro
Filho de pais britânicos, W. Somerset Maugham nasceu em Paris, em 1874. Na época, quando um homem nascia em território francês, era obrigatório fazer o serviço militar anos mais tarde. Portanto, seu pai, Robert Ormond Maugham, fez com que S.M. viesse a nascer na embaixada britânica da França – território tecnicamente inglês – para que este não precisasse se envolver em futuras guerras.
Perdendo a mãe com seis anos e, logo depois, seu pai, S.M. caiu nos braços de seu tio Henry, que o mandou para um internato na Inglaterra; onde, por ser ridicularizado em razão de seu sotaque, desenvolveu uma gagueira, que o acompanhou pelo resto da vida. Foi uma criança tímida e reservada, e logo aprendeu (talvez pela sua origem inglesa) a ter um humor sarcástico. Característica que acompanha personagens de seus livros como o clássico O véu pintado (1925).
Neste livro, S.M. consegue esculpir personagens muito complexas e trazer a tona seus sentimentos mais profundos e extremos. No prefácio, o narrador – imediatamente o identificamos como o autor – diz ter se inspirado numa personagem do Purgatório de Dante: Pia, cujo marido suspeita que fora infiel e a leva para seu castelo de Maremma, onde confia que os ares insalubres irão adoentá-la e, por fim, matá-la. É um plano de vingança atribuído a fatores externos, ou seja, tiram-lhe toda a responsabilidade por sua morte. Contudo, em ambas histórias – tanto na de S.M. quanto na de Pia – a vingança perfeita não acontece.
S.M., numa linguagem simples mas concisa, narra a história de Kitty, uma bela, fútil e cobiçada jovem da alta sociedade inglesa. Tem uma irmã mais jovem, cuja beleza não chega perto da de Kitty; uma mãe que apenas se preocupa com sua aparência e em arranjar um bom partido para as filhas; e, por fim, um pai que serve apenas como renda monetária. A nossa heroína, então, passa sua juventude negando pedidos de casamento (se tornando um fardo para a família) até o dia em que sua irmã aceita uma boa proposta. Kitty, aturdida com o fato, aceita se casar com um bacteriologista que não o ama, Walter.
Walter é um homem tímido, porém de grande inteligência e ainda maior capacidade de amar – sabe que se casou com uma tola que o acha entediante, mas está satisfeito em poder amá-la. Entretanto, como o marido de Pia, também é capaz de odiar além do limite.
Após dois infelizes anos de casamento, Kitty comete adultério com Charlie, homem importante na política e detentor de um apelo sexual irresistível, fazendo com que Kitty se apaixone cegamente sem perceber o homem dissimulado que é. Num dos inúmeros encontros clandestinos, o casal de amantes acaba sendo descoberto por Walter, que, calmamente, reúne provas contra Kitty e a propõe uma solução drástica.
À medida em que a leitura avança, Kitty começa a aprender mais sobre a dicotomia das personalidades dos dois homens. Está presa a um homem que, antes, a amava incondicionalmente e, agora, vem mostrando desejar a morte dela ao querer a levar a uma situação de perigo. E apaixonada por um homem que parece gostar dela, mas gosta mais dele mesmo; pois ela dramaticamente descobre que ele não tem a menor preocupação com ela nem a intenção de ajudá-la. Mostrando-se, também, experiente em se desviar de situações como aquela.
O véu pintado é um clássico do século XX, que originou três filmes: um em 1934, por Ryszard Boleslawski; outro em 1957, por Ronald Reame; e mais um em 2006, por John Curran. É um texto fluído e rápido, entretanto – como aconteceu comigo – capaz de emocionar pela sua crueza.
A partir da foto acima, de Monica Bellucci e sua filha, vista por mim na última segunda-feira…
… pensei num post de Dia das Mães, todo feito com grandes atrizes e seus filhos. (Angelina Jolie em pose de estrela enquanto seu filho Maddox detona).
Teria de ser algo na linha da primeira imagem, mas não tive quase nenhum tempo durante a semana para procurar fotos. (Acima, Cindy Crawford e sua filha num Halloween)
Ou então talvez tenha me apaixonado pelas fotos desglamourizadas do dia a dia destas belas mulheres. (Ingrid Bergman trazendo gêmeas para casa, uma delas chamava-se Isabella Rossellini).
Agora, fico na dúvida se minha homenagem falhada em razão do pouco tempo… (Ingrid Bergman, Roberto Rossellini e família)
… disponível não acabou ficando maior do que o projeto inicial. (Até que Julia Roberts está elegante acima, levando suas gêmeas).
Mas o que dizer de Julianne Moore, voltando das compras com sua filha, vestindo, mãe e filha, modelitos que eu – que não
entendo nada – classificaria de lamentáveis. À exceção dos simpáticos tênis.
Ou Kate Winslet com cara de quem está atrasada e louca que o filho ande mais rápido — o garoto não lhe dá a mínima.
Quem vê o “Porque hoje é sábado” sabe que quase todas essas mulheres, incluindo a Rachel Weisz acima,…
… já figuraram aqui em fotos bem mais interessantes do que a da barrigudinha e linda Catherine Zeta-Jones acima.
E o que dizer de Naomi Watts? Mas assim, desajeitada e realista, é que acabou saindo minha homenagem.
Então, neste atípico PHES, só me resta desejar um Feliz Dia das Mães. (Acima, Maria Fernanda Cândido)
As fotos mais bonitas vieram diretamente do genial, espetacular e necessário blog português …
… E Deus criou a Mulher (o melhor blog do mundo!). Olha só que beleza a Claudia Schiffer acima!
E Gisele, a maior injustiçada do PHES… Bem, Feliz Dia das Mães. (Amanhã, boa música e post alusivo).