Porque hoje é sábado, Nicole Kidman

Porque hoje é sábado, Nicole Kidman

Nicole Kidman deixa filme de Von Trier após saber que teria de fazer sexo de verdade”.

É verdade, está aqui.

Hitchcock disse uma vez — e se arrependeu depois — que atores são gado

Bergman escusava-se pelo que obrigava a seus atores, apesar de não pedir nada demais

Apesar de lamentar, respeito a opção tomada por Nicole Kidman

cada um sabe de si e de seu corpo

mas o que me leva a usar o mote da desistência para postar Nicole

é que sou totalmente indiferente a ela

claro que ela é belíssima e aí está a objeção: é perfeita demais, é barbie demais,

parece feita de uma material diferente, recém inventado, todo autolimpante.

nicole kidman

Por isso, tratei de pegar fotos que primem pelo desprimor

Nicole-Kidman-Hot1

pela nudez

nicole kidman gtgdg

e pela deselegância impossível

inimaginável em alguém tão exato, ideal e preciso.

Lamento mesmo que ela não tenha se permitido o filme de Trier

o qual colocaria uma mácula

na enorme brancura, esmero, pureza e requinte da moça.

Nicole, por favor, me diz que tu não és uma convencional wasp

Nicole-Kidman-68

e depois faz alguma coisa bem louca, suja ou vulgar pra gente ver.

Nicole-Kidman-Sexy-Black-Lingerie-Photoshoot2

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

Porque hoje é sábado, não me peçam explicações

Os analistas encontram razões para tudo,

então vejamos o que dirão disso:

eu encontrei um diretório em meu computador

com estas 22 fotos.

Não sei exatamente o que as unia

ou o sentido em estarem ali reunidas.

Que inteligência as liga?

O clips que as junta?

O que faz Camila Vallejo com Jean Seberg?

Ou Kathleen Turner com Keeley Hazell?

O que um analista diria desta aparente livre-associação?

Lembram que Lauren Hutton tinha um vão entre os incisivos?

(O vão mal aparece acima)

E o que desejaria ela com Monica Vitti?

Não é uma reunião de loiras.

Nem de morenas.

Não é uma coleção atual,

nem retrô,

o que é eu não sei,

o que posso garantir é que gosto delas.

Mariza 11

Pois tenho gostos pronunciados

e surpreendentes.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!

O mico que veio do espaço

Não sou jornalista nem publicitário, mas penso que meus 51 anos me deram um pingo de sabedoria para poder refletir sobre meus erros e os de outrem. Quando a agência W3Haus (aqui e aqui, posts alusivos no blog da agência) intermediou a compra do nome de uma estrela por parte do Grêmio, deveria ter pensado em todas as piadas e no simbolismo que envolveria um negócio estranho como este. Por exemplo, uma coisa que a agência deveria ter considerado é que nossos clubes costumam pôr estrelas em suas camisetas. É como se desejassem imprimir suas maiores realizações no firmamento. Até aí tudo bem, o ser humano é ridículo mesmo. Só que tais estrelas são conquistadas, nunca compradas. Será que não pensaram que estariam dando de graça uma piada aos colorados e expondo seu cliente ao ridículo ao adquirir uma estrela num ano sem títulos?

Para uma pessoa da minha geração, o fato também lembra aquele dilacerante e várias vezes repetido especial da Rede Globo sobre Elis Regina, produzido em 1983, um ano após sua morte. Chamava-se Agora sou uma estrela. O especial utilizava escritos que a própria Elis deixara em diários e que eram, no programa, interpretados por Irene Ravache. A frase agora sou uma estrela, repetida à exaustão nas propagandas e no especial, tinha claro significado: morri, agora estou no céu, agora sou uma estrela. Aquilo ficou na cabeça de minha geração, mas acredito que a relação não exista apenas para nós, pois se consultarmos os livros de História e relacionarmos todos os povos que pensavam em seus mortos ao olhar para o céu — ou nas religiões que os enviavam e enviam para o mesmo local após a morte –, concluiremos que é coisa atávica.

Há mais: falei que o torcedor gosta de estrelas na camiseta, mas gosta ainda mais de estrelas em campo. Uma equipe cheia delas é “galáctica” como o Real Madrid. Eu compreenderia que uma instituição riquíssima comprasse uma estrela no céu para demonstrar aos outros que já tem tudo o que deseja na Terra, eu entenderia também que um time recém campeão do mundo adquirisse uma estrela para significar que aguarda, quem sabe, agremiações marcianas capazes de vencê-la. Mas não entendo que qualquer endividado clube brasileiro — ainda mais um abstinente de títulos — faça uma compra tão estapafúrdia.

Mas há muito mais: se os compradores de nomes de estrelas tivessem alguma habilidade com a Internet, poderiam descobrir facilmente o mico total, integral, definitivo:

The International Star Registry is not in the business of officially assigning star names; it is in the business of finding people willing to part with their money for a piece of paper that in a scientific sense means precisely nothing.

“We produce a good product, a fun product. We may have planted a seed with people, educated them even slightly about astronomy, about the stars,” said Rocky Mosele, vice president of marketing and advertising for ISR. “For people to say, ‘Well, it’s not official’ — I think people are OK that it’s not official. I’m sure of it. I know because customers call again and again and again.”

Ou seja, o vice-presidente de marketing da ISR, sigla que lembra outra a qualquer gremista desta galáxia, admite que a compra de estrelas é um fun product, uma brincadeira ou talvez um presente de cunho romântico, como fez Nicole Kidman ao presentear Tom Cruise com a estrela “Forever Tom” ou Winona Ryder com Johnny Depp. A compra de nomes de estrelas não é oficial, nem reconhecida pelos astrônomos. A IAU (International Astronomical Union), fundada em 1919, com 8300 membros individuais e 66 países membros, é a única instituição autorizada a nomear corpos celestes. E o Grêmio comprou o seu da ISR.

Basta comparar os linques acima. Com toda a razão, a IAU declara que a ISR é um deplorável truque comercial. Fundada em 1979, a ISR já comercializou 1 milhão de estrelas por US$ 50 cada. Todos os donos receberam belos certificados. Como há mais de 400 bilhões de estrelas disponíveis apenas em nossa galáxia, é um baita negócio.

Porém, mesmo que a culpada seja a agência de propaganda que o induziu a um mico, acreditamos que o Grêmio tenha acesso à rede mundial para descobrir a fama da ISR e seja PLENAMENTE MERECEDOR de todas as piadas (eu descobri a farsa em 5 minutos). Afinal, na noite de 11 de dezembro de 2008, na Sociedade Libanesa, em Porto Alegre, a diretoria do Grêmio anunciou séria, feliz e em grande estilo a adoção de uma certa Estrela Grêmio, localizada na Constelação de Órion, a mais brilhante. Se isso em nenhum momento lhes soou como uma compra de indulgências – cujas vendas fez Martinho Lutero escrever 95 teses em 1517 –, CÉUS, afirmaria que são um bando de tolos. Ou siderados.

Quando os gremistas pensavam estar extinta a voz de Flávio Obino cantando as maravilhas do Trovão Azul e do site, quando silenciaram os comentários sobre a alegre poltrona 36, chega-lhes um curioso problema de outro mundo: a fama de comprador de uma grande e distante estrela paraguaia.

E dizem que nem pode ser vista a olho nu.

Gostou deste texto? Então ajude a divulgar!