Porque hoje é sábado e não quero personagem principal

Porque hoje é sábado e não quero personagem principal

Nu, de Manuel Bandeira

Quando estás vestida,
Ninguém imagina

Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.

(Assim, quando é dia,
Não temos noção

Dos astros que luzem
No profundo céu.

Mas a noite é nua,
E, nua na noite,

Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.

Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,

Brilha toda a tua
Lira abdominal.

Teus exíguos
– Como na rijeza

Do tronco robusto
Dois frutos pequenos –

Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!

Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!

Se nua, teus olhos
Ficam nus também:

Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.

Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto

Baixo num mergulho
Perpendicular.

Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde

Me sorri tu’alma
Nua, nua, nua…

Obs.: Os fotógrafos são desde Cartier-Bresson, Doisneau e Weston até anônimos; e as modelos são desde Georgia O’Keeffe até porn stars.

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Porque hoje é sexta-feira 13, Igor Stravinsky tira a roupa para as visitantes do blog

Stravinsky, imenso compositor russo de 1,60 m, era um danadinho. Abaixo, a Sagração da Primavara.

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Sempre na busca da verdade documental e indiscutível, Milton Ribeiro abriu e digitalizou a página 69 e as seguintes do livro Igor and Vera Stravinsky – a photograph album (presente de um amigo músico que sabe de minha admiração pela MÚSICA de Igor).

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Tudo isso para mostrar o homem, o macho alfa que era Igor Stravinsky, mesmo de fraldinhas.

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Mas vocês viram o tamanho… o tamanho… o tamanho da vaidade do bofe?

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Haja vaidade e neoclassicismo neste minúsculo e — ui! — musculoso pássaro de fogo.

stravinsky-new-york-december-1946Com todo o respeito, Igor Stravinsky (1882-1971).

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