Pergolesi, meus queridos, Giovanni Battista Pergolesi!

Pergolesi, meus queridos, Giovanni Battista Pergolesi!

Pergolesi morreu em 1736, aos 26 anos, de tuberculose. Tinha imenso talento e, é claro, jamais se saberá o que poderia ter feito se tivesse vivido mais.

Deste modo, a imagem de Pergolesi cristalizou-se com base em poucas obras — e algumas são obras-primas absolutas.

Suas melodias demonstram uma personalidade criativa extremamente sofisticada. As obras sacras são caracterizadas pela devoção e intimismo comovedor, onde o sagrado é entendido como fonte de experiência emocional.

Seus últimos meses de vida foram passados no mosteiro franciscano de Pozzuoli, para onde se retirou, aparentemente convencido de que a tuberculose não lhe permitiria regressar a Nápoles.

Foi no mosteiro e no ano de sua morte que escreveu o Stabat Mater. É uma peça sublime que a OSPA apresentará neste sábado, às 17h. (Aliás, a nova sede da orquestra está ficando linda, Evandro. E o novo logo ficou perfeito).

Para ficar ainda melhor, veremos Raquel Helen Fortes cantando, com a Elena no concertino e regência de César Bustamante.

Sábado, tá?

Dá para ir e dá para ver no YouTube, o que não dá é para não apoiar a Ospa.

P.S. — E ainda tem o Exsultate, Jubilate, de Mozart, no programa.

Raquel Fortes | Foto: Leandro Rodrigues
Elena Romanov

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Stravinsky e Pergolesi na OSPA

Tudo certo na Suite Pulcinella. Boa música de Stravinsky sobre temas de Pergolesi, orquestra animada, a pequena plateia feliz, divertindo-se.  Já no Pergolesi não. O efetivo enorme tornava o cravo e, às vezes, o sonolento soprano (sim, é substantivo masculino) inaudíveis. E sono pega, é incrível, apesar do bom desempenho de Angela Diel. Pessoal, quase toda música barroca é de câmara, Pergolesi incluído. A sonoridade pesada impedia que espreitássamos o Stabat Mater. Mais delicadeza, gente, por favor.

Delicadeza e sabor houve no excelente Bóris (esquina da Osvaldo Aranha com Santo Antônio). Idem, na conversa com o chef Pepe Laytano.

Programa de ontem:

I. Stravinsky/G. B. Pergolesi – Suite Pulcinella
II. G. B. Pergolesi – Stabat Mater

Elisa Machado (soprano)
Angela Diel (mezzo-soprano)
Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
Guilherme Bernstein, regente

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